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AMBIENTAÇÃO E RPG
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RPGBrasil.Org :: PROJETOS INDEPENDENTES :: Hero Quest - Projeto :: HQ 2.0 - O JOGO NAS VERSÕES ANTIGAS
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AMBIENTAÇÃO E RPG
Correlação com os jogos de interpretação (RPG):
A maioria das pessoas classifica HeroQuest como um jogo introdutório aos RPGs. Além disto, surgem muitas especulações, alguns entendendo ser um RPG por encontrarem alguns elementos característicos, enquanto outros afastam-no por considerar ausentes determinados requisitos de um RPG.
Abstraindo-se tal discussão, o que importa saber são quais características presentes no jogo lembram-nos do estilo de jogos de RPG:
1) Ambientação: o jogo baseia-se no universo fictício de Glorantha, de fantasia medieval. Este universo é minuciosamente descrito nos jogos como Warhammer Quest, Hero Wars e HeroQuest (de mesmo nome porém é um típico jogo de RPG criado por outra empresa norte-americana a Issaries). No HQ, há uma descrição muito sucinta.
Jogos de RPG costumam possuir, ao menos, algumas páginas (geralmente centenas delas) descrevendo o universo onde vivem os heróis, as civilizações recentes e anteriores, a geografia, história, política, economia, costumes, bibliografias dos principais personagens, etc. A ambientação é importante para dar elementos para a interpretação dos personagens e desenvolver tramas para as aventuras. Todavia, as expansões do HeroQuest e algumas publicações específicas para este sistema (vide item de material diverso), expandem substancialmente a ambientação, podendo-se superar a falta inicial. E caso entenda necessário, pelos livros dos demais jogos acima mencionados, a ambientação pode ser bem expandida. Além dito, nada impede que possa ser utilizado qualquer outra ambientação de jogos de fantasia medieval.
2) Interpretação: Apesar dos jogos de RPG comumente solicitarem que os jogadores interpretem seus personagens, e graças a tais atuações, muitas vezes são premiados com bonificações, as regras do HQ não exigem que os jogadores interpretem seus personagens, até porque o jogo básico, por si só, não fornece tais elementos de ambientação e caracterização para tal fim. Porém, com leituras complementares é facilmente suprível, dependendo, em verdade, mais da vontade dos jogadores em interpretarem do que da necessidade em fazê-lo, pois, HQ é um jogo de tabuleiro, e assim sendo, não gera a necessidade de interpretação, que devido à simplicidade do HQ, realmente, não estaria incluído ao espírito do jogo. A inclusão de maiores informações quanto à ambientação e raças, visa suprir, em parte, demandas de jogadores mais exigentes. Alguns exemplos:
2.1) O bárbaro, por se destacar nos combates, não se espera que tome uma posição defensiva e sim enfrente diretamente os monstros. Pelo fato de ser o herói com menor número de pontos mentais, se poderia interpretar como uma menor intelectualidade. Assim, uma interpretação de acordo seria de um homem forte, bruto e grosso, nem um pouco educado ou inteligente, mas ótimo combatente.
2.2) O mago possui pouca força e resistência física, logo deve se comportar como um “covarde” na maioria dos combates, ainda quando lança suas magias (pois geralmente faz há uma distância bem razoável). Não que seja impossível ao mago realizar ataques corpo-a-corpo, mas há poucas chances de sucesso e pior, por estar diante do inimigo, sofrerá o ataque do monstro e terá uma grande chance de não se defender, senso atingido. Como é o personagem com menor número de pontos físicos, a chance de morrer aumenta rapidamente enquanto o mago se utiliza desse comportamento. Uma interpretação plausível seria daquele personagem que sempre implora por ajuda e proteção, porém recompensa-os com uma mente avançada, utilizando-se de encantamentos para ajudar seus amigos, porém com muita sabedoria, pois possui apenas 9 magias de uso único na aventura.
2.3) Em leituras básicas sobre RPGs há certas noções gerais sobre o relacionamento entre as 3 raças presentes no jogo: humanos (bárbaro e mago), anões e elfos. Há um consenso que os humanos são razoavelmente bem aceitos pelas outras raças (apesar de às vezes haver certo desprezo). Já os anões, além de serem muito ambiciosos, não se relacionam bem com os elfos. E como isto poderia repercutir no jogo? Talvez o anão, pela ambição, não deseje repartir alguns tesouros encontrados ou queira vender equipamentos que não lhe prestam aos demais heróis (ao invés de doá-los) e pela rivalidade, um elfo pode não desejar ajudar um anão que corra perigo (ou vice-verso).
3) Evolução do personagem: No jogo básico apenas há duas formas de evoluir: a) subida de status de simples aventureiro para um condecorado campeão nomeado pelo Imperador, caso consiga completar 3 aventuras com o mesmo personagem; b) itens: compras no armorial (armas, itens, escudos ou elmos) ou encontrando tesouros e artefatos especiais durante as buscas.
4) Ações e Habilidades: se compararmos aos RPGs tradicionais onda há inúmeras possibilidades (geralmente podem fazer tudo que o personagem interpretado poderia), os heróis possuem poucas habilidades e ações possíveis durante o jogo, quais sejam: mover ou realizar ataques (com armas ou magias), procurar por tesouros, passagens secretas e armadilhas. Há outras ações como pedir para abrir portas, usar poções e tentar pular armadilhas, porém estas não são contabilizadas para o limite de uma ação ou movimento no seu turno. Os monstros podem apenas se mover ou atacar os heróis.
Sua característica mais valorizada é a simplicidade nas regras. Isto permite uma breve explicação, agilidade durante o jogo e facilidade para criar novas aventuras, sem gastar horas a fio, como ocorre no RPG tradicional, necessitando consultar dezenas de tabelas de resolução e sem um setup tão extenso como em alguns jogos de tabuleiro. Além disto, permite que todos joguem de forma nivelada, independente do número de vezes que alguém já tenha jogado, não gerando fortes contrastes ao reunir jogadores experientes a iniciantes, diferente do que ocorre em muitos outros jogos. Já as limitações na interpretação, nas ações e na ambientação, tornam-no mais restrito que jogos de RPG tradicionais. Porém, isto comumente ocorre quando se converte cenários típicos de RPG a um jogo de tabuleiro.
Observe-se que a falta de complexidade não torna um jogo ruim, ao contrário, sua simplicidade é um grande estímulo a quem não deseja jogos mais cerebrais, podendo se enquadrar em um ótimo passatempo.
Abstraindo-se tal discussão, o que importa saber são quais características presentes no jogo lembram-nos do estilo de jogos de RPG:
1) Ambientação: o jogo baseia-se no universo fictício de Glorantha, de fantasia medieval. Este universo é minuciosamente descrito nos jogos como Warhammer Quest, Hero Wars e HeroQuest (de mesmo nome porém é um típico jogo de RPG criado por outra empresa norte-americana a Issaries). No HQ, há uma descrição muito sucinta.
Jogos de RPG costumam possuir, ao menos, algumas páginas (geralmente centenas delas) descrevendo o universo onde vivem os heróis, as civilizações recentes e anteriores, a geografia, história, política, economia, costumes, bibliografias dos principais personagens, etc. A ambientação é importante para dar elementos para a interpretação dos personagens e desenvolver tramas para as aventuras. Todavia, as expansões do HeroQuest e algumas publicações específicas para este sistema (vide item de material diverso), expandem substancialmente a ambientação, podendo-se superar a falta inicial. E caso entenda necessário, pelos livros dos demais jogos acima mencionados, a ambientação pode ser bem expandida. Além dito, nada impede que possa ser utilizado qualquer outra ambientação de jogos de fantasia medieval.
2) Interpretação: Apesar dos jogos de RPG comumente solicitarem que os jogadores interpretem seus personagens, e graças a tais atuações, muitas vezes são premiados com bonificações, as regras do HQ não exigem que os jogadores interpretem seus personagens, até porque o jogo básico, por si só, não fornece tais elementos de ambientação e caracterização para tal fim. Porém, com leituras complementares é facilmente suprível, dependendo, em verdade, mais da vontade dos jogadores em interpretarem do que da necessidade em fazê-lo, pois, HQ é um jogo de tabuleiro, e assim sendo, não gera a necessidade de interpretação, que devido à simplicidade do HQ, realmente, não estaria incluído ao espírito do jogo. A inclusão de maiores informações quanto à ambientação e raças, visa suprir, em parte, demandas de jogadores mais exigentes. Alguns exemplos:
2.1) O bárbaro, por se destacar nos combates, não se espera que tome uma posição defensiva e sim enfrente diretamente os monstros. Pelo fato de ser o herói com menor número de pontos mentais, se poderia interpretar como uma menor intelectualidade. Assim, uma interpretação de acordo seria de um homem forte, bruto e grosso, nem um pouco educado ou inteligente, mas ótimo combatente.
2.2) O mago possui pouca força e resistência física, logo deve se comportar como um “covarde” na maioria dos combates, ainda quando lança suas magias (pois geralmente faz há uma distância bem razoável). Não que seja impossível ao mago realizar ataques corpo-a-corpo, mas há poucas chances de sucesso e pior, por estar diante do inimigo, sofrerá o ataque do monstro e terá uma grande chance de não se defender, senso atingido. Como é o personagem com menor número de pontos físicos, a chance de morrer aumenta rapidamente enquanto o mago se utiliza desse comportamento. Uma interpretação plausível seria daquele personagem que sempre implora por ajuda e proteção, porém recompensa-os com uma mente avançada, utilizando-se de encantamentos para ajudar seus amigos, porém com muita sabedoria, pois possui apenas 9 magias de uso único na aventura.
2.3) Em leituras básicas sobre RPGs há certas noções gerais sobre o relacionamento entre as 3 raças presentes no jogo: humanos (bárbaro e mago), anões e elfos. Há um consenso que os humanos são razoavelmente bem aceitos pelas outras raças (apesar de às vezes haver certo desprezo). Já os anões, além de serem muito ambiciosos, não se relacionam bem com os elfos. E como isto poderia repercutir no jogo? Talvez o anão, pela ambição, não deseje repartir alguns tesouros encontrados ou queira vender equipamentos que não lhe prestam aos demais heróis (ao invés de doá-los) e pela rivalidade, um elfo pode não desejar ajudar um anão que corra perigo (ou vice-verso).
3) Evolução do personagem: No jogo básico apenas há duas formas de evoluir: a) subida de status de simples aventureiro para um condecorado campeão nomeado pelo Imperador, caso consiga completar 3 aventuras com o mesmo personagem; b) itens: compras no armorial (armas, itens, escudos ou elmos) ou encontrando tesouros e artefatos especiais durante as buscas.
4) Ações e Habilidades: se compararmos aos RPGs tradicionais onda há inúmeras possibilidades (geralmente podem fazer tudo que o personagem interpretado poderia), os heróis possuem poucas habilidades e ações possíveis durante o jogo, quais sejam: mover ou realizar ataques (com armas ou magias), procurar por tesouros, passagens secretas e armadilhas. Há outras ações como pedir para abrir portas, usar poções e tentar pular armadilhas, porém estas não são contabilizadas para o limite de uma ação ou movimento no seu turno. Os monstros podem apenas se mover ou atacar os heróis.
Sua característica mais valorizada é a simplicidade nas regras. Isto permite uma breve explicação, agilidade durante o jogo e facilidade para criar novas aventuras, sem gastar horas a fio, como ocorre no RPG tradicional, necessitando consultar dezenas de tabelas de resolução e sem um setup tão extenso como em alguns jogos de tabuleiro. Além disto, permite que todos joguem de forma nivelada, independente do número de vezes que alguém já tenha jogado, não gerando fortes contrastes ao reunir jogadores experientes a iniciantes, diferente do que ocorre em muitos outros jogos. Já as limitações na interpretação, nas ações e na ambientação, tornam-no mais restrito que jogos de RPG tradicionais. Porém, isto comumente ocorre quando se converte cenários típicos de RPG a um jogo de tabuleiro.
Observe-se que a falta de complexidade não torna um jogo ruim, ao contrário, sua simplicidade é um grande estímulo a quem não deseja jogos mais cerebrais, podendo se enquadrar em um ótimo passatempo.
KpaxViajante -
Número de Mensagens : 91
Idade : 47
Localização : Brasil
Desde quando você joga RPG? : 1992
Reputação : 4
Pontos : 5601
Data de inscrição : 05/01/2010
Re: AMBIENTAÇÃO E RPG
Também achei muito legal.
Parabens Kpax pelo desenvolvimento do HQ 2.0 e dos materias postado. esse "suplemento" (posso chamar assim ?) é muito interessante se incorporado aos iniciantes.
Parabens Kpax pelo desenvolvimento do HQ 2.0 e dos materias postado. esse "suplemento" (posso chamar assim ?) é muito interessante se incorporado aos iniciantes.
Re: AMBIENTAÇÃO E RPG
Grato, amigo, a intenção é que todo o conjunto crie uma experiência totalmente nova.
KpaxViajante -
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