CLIMA E CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS - Anexo [FALTA: CORREÇÃO]

Élisson Machado escreveu:


- O Reino dos Mortos... Nossa! Isso é mais difícil do que imaginava. Descreve-lo?... Ao tentar recuperar minhas memórias e transcreve-las nesse papiro velho, percebi que é severamente mais fácil enfiar uma espada em um inimigo do que realizar isso. Mas, se eu consegui matar meus inimigos, creio que escrever um pouco eu consiga também...
- Vou começar pelo frio. Ele é agoniante. E como é. Você pode passar anos desarmado aqui e talvez sobreviva aos ataques das criaturas existentes desse reino. Agora, não ouse não ficar completamente agasalhado: couro fervido,
zibelina, etc. Não existirá talvez, não existirá dúvidas de que sua morte será certa. O frio mata. Ah, se mata...
- A agonia de ser derrotado por um inimigo invisível percorre todo seu corpo. Esse lugar é cruel. Ah, como é cruel. Não existe neve, você não sabe quando será abatido pelo frio. Não entendo como ele tem tanto poder assim. Ele queima. Ah, como queima. Depois que toma seu corpo por inteiro. Depois que venceu todas suas contorções e o bater dos dentes. Ele domina seus movimentos, ele acomoda-se como se seu corpo fosse um tronco oco... Daí só resta deitar. A sensação é como se estivesse em um mar de leite materno...
- Mas não é só seu corpo que sofre. Se estiver com mantimentos e provisões contra o frio, não sinta-se protegido. Além dele e das criaturas que podem lhe estripar enquanto dorme, existe outros inimigos que podem lhe causar o mal... O mal em sua mente. Na sua consciência. São elas: As Ruínas de Ecatron...
- Grandes amontoados de pedra, arenito, quartzo e demais rochas, cinzas como metal. Projetam-se como longas garras de Dragão do solo. Suas extremidades lembram os finos tentáculos contorcido dos monstros dos mares. As ruínas movem-se. Ah, como se movem. Sua constituição mental enfraquece ao encara-las. Elas estão destruídas, estão mortas. Um dia foi um reino tão cheio de vida, agora é um aglomerado de almas. E as almas chamam, elas perseguem, elas vivem. Ah, como vivem. O medo as fortalecem. Não tenha medo...
- Existe o perigo abaixo dos pés. As areias da Ilha Morta. Brancas feito a neve inexistente. Nelas escondem-se as piores espécies de animais de pequeno porte. Não se engane apenas pelo fato que está escrito "pequeno porte", sua estatura pode ser baixa, mas sua força pode equivaler a dez homens. Em qualquer momento pode-se perder os pés andando cegamente. Cuide-se muito bem aqui...
- Se perceber que está parado a um longo tempo, escondido, sem sair do lugar, é sinal de que sua consciência foi injuriada. Mesmo com grande número de predadores de carne presentes, o Reino dos Mortos tem o foco em destruir a mente de quem nele habita... Ou de quem nele passou a habitar...
- Manchas citoplasmáticas flutuam por toda a extensão do reino; concentrações de nuvens negras como a noite, percorrem o solo da floresta próximo a ilha. Ah... A floresta. Gritos, sussuros, grunhidos, gemidos... Verdadeiramente é um lugar que corrói seus sentidos...
- A ilha... Ó céus, a ilha... Ela é contemplada pela morte, pelo sangue e pelo frio... Ah, o frio. Já falei dele?...
A Ilha Morta não é vazia. NÃO! É residida por eles, aquilo,
essas coisas que não apresentam ter coração é menos ainda vida cerebral. Macabros e sanguinários, verdadeiras obras do inferno. Deles não há como fugir...
- Lembro-me quando estive na ilha. Estava achando que ia morrer. Na companhia do luar, iluminado a areia branca em minha frente e das irregulares dunas que tangenciavam  a costa do mar. O cheiro era salgado. Ah, como era salgado. Estava achando que ia morrer até que vi eles, eles... Estava achando que ia morrer. Passei a ter certeza...