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OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
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OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
Passaram-se três longos dias desde que seu pai o deixara lá. Ecatron, querido pai, eu juro por todos os infernos que um dia, lhe matarei... Pensou ele, enquanto caminhava pela margem da ilha. Morgdûn tinha 13 anos, foi criado por sua mãe, Laureana, uma plebéia que serviu as tropas do Rei Ecatron nos acampamentos da Guerra de Solenil. Ecatron não resistiu aos seus encantos, pois havia meses que estava distante de sua esposa, Elena. Deixou-se levar pelo tesão e a vontade de deitar-se com alguém. A noite para Ecatron e Laureana foi perfeita, trocaram carícias e abraços, tiveram uma noite de paixão fortemente recheada de prazer.
Porém, deste único momento entre os dois, nasceu Morgdûn. Rei Ecatron tinha agora um filho bastardo, sem sequer saber de sua existência. Mas no ano de 626, em uma festa anual onde ele atendia aos pedidos de seu povo em seu castelo, durante o amanhecer ao anoitecer, foi recebido com a maior surpresa indesejavel que poderia imaginar: Laureana. Com um pequeno garoto esguio, de pele parda, agarrado em sua mão.
- Rei Ecatron, senhor do Reino dos Magos, eu peço, perante a vós, que tenha o reconhecimento e assuma o seu filho. Lhe apresento, Morgdûn.
Aquele pronunciamento o desconfigurou por completo. Rei Ecatron era venerado por sua honra e lealdade. Isso mancharia completamente sua conduta. Os olhos de quem estava presente, fixaram-se apenas neles três. Elena apresentou uma expressão de desgosto, suas lágrimas momentâneas estavam carregadas de tristeza e dor, e seu coração... O rapaz bastardo foi arrancado de sua mãe pelo comando de Rei Ecatron, naquela madrugada. Planejou e executou a morte de Laureana. Porém, não conseguiu matar seu filho a sangue frio e obrigou-se a carregar o garoto para as Terras Áridas, onde lá o deixou. Na esperança que Morgdûn não sobrevivesse e fosse morto por criaturas desconhecidas daquela região.
Aqui estava ele, com fome e sede. Andando pela ilha e se abrigando em pequenos esteios encontrados pelo caminho. A sola de seus pés estava grossa, sangrenta e dolorida. Doía a cada passo, mas se recusava a desistir. Caminhava e continuava caminhando, até que o cansaço tomou conta de seu pequeno e magro corpo. Limitou-se a deitar a beira de uma grande rocha, perto da água do mar, tentou segurar o peso dos olhos mas não conseguiu. Quando acordou, estava com seu pescoço dolorido, suas costas estavam latejando e formigava seu braço direito. Ficou em pé e para seu alívio, seus pés não doíam mais. Era o quarto dia, sem comer e nem beber. Ao contrário do seu corpo, Morgdûn era extremamente forte. Pois apesar de tudo, ainda tinha forças para continuar. Mas até quando? Era o que ele pensava.
Seguiu caminhando por mais alguma distância, em direção ao norte da ilha. Quando de súbito, ouviu barulhos e sons vindos de uma pequena floresta a sua frente. Morgdûn que até então só havia escutado o barulho das ondas, assustou-se com aquilo. Passou a sentir medo e obrigou-se a se esconder em uma pequena ruína, que um dia foi uma caverna a beira-mar. Seu coração batia quase incansavelmente, quando o barulho se aproximou, logo imaginou que poderia ser criaturas místicas que poderiam ter sentido seu cheiro, e agora estava ali para devorá-lo. O barulho ficou mais perto mas também mais suave, Morgdûn permaneceu-se escondido até que uma súbita coragem possuiu seu corpo. Ele projetou-se para fora da ruína, deixando apenas que seus olhos ficasse descobertos. Não conseguiu enxergar nada e nem ninguém, mas para desespero dele, as criaturas haviam o enxergado. Morgdûn só teve tempo de virar a cabeça para que uma luz negra viesse contra seus olhos. E no exato momento, despencou, mole feito um trapo, sua cabeça bateu com força naquele chão de areia.
As criaturas que o pegaram, são conhecidas pelo continente de ERA, por Favaros. São criaturas de corpo muito semelhante aos humanos, porém sua altura mínima é cerca de 2,5m. Sua pele é composta por uma cartilagem cinza, que cobre totalmente o seu corpo. Seus olhos chegam a medir mais de 5cm de circunferência, com uma estranha marca no côncavo. Possuem narizes de formas aleatórias, não existe padrão na aparência de cada um da espécie. Uns possuem, outros não possuem. Uns são extremamente horríveis, mais parecidos com um grande tumor nos rostos, outros até pode-se encarar...
Levaram Morgdûn desacordado até o centro da ilha. Aquilo parecia ser uma grande metrópole... O centro da ilha possuía altos muros e pequenas cabanas. Havia uma praça central, e um grande templo: O templo de MalmsKorcs. Um lugar onde se produzia um fruto proibido. Jamais transportado ou consumido em nenhum lugar de toda ERA, um pequeno fruto vermelho, de forma arredondada que aumenta o nível extrassensorial do cérebro dos Favaros, fazendo com que sua inteligência seja levada a um limite mágico. Porém, após o efeito de 1 dia terminar, o Favaro que comeu do fruto, dormirá. Dormirá por incontáveis dias até seu cérebro curar-se da magia ou desintegrar-se inteiramente. Os dois Favaros levaram Morgdûn para esse templo.
Lá dentro, foi jogado em uma arena circular. Com tochas e correntes presas em muro com mais de 10m de altura. De dentro de uma espécie de jaula escura, no centro da arena, surge um Favaro, vestindo um manto negro, cobrindo seu rosto com um enorme capuz. Caminhava lentamente em direção a Morgdûn, jogado no chão em sua frente. Quando chegou perto do garoto, usou apenas dois dedos de sua mão direita e o tocou em sua testa. Morgdûn um pouco desorientado acorda, e logo vê aquele ser em sua frente. Sua emoção vai no limite, ele grita e tenta correr:
- Ajudem-me! Ajudem-me! Tem alguém nesse lugar? - Ele apresentava-se nervoso e com medo. Onde estou? Que lugar é esse? O que é essa criatura? Pensava apressadamente Morgdûn. O Favaro a sua frente, friamente tirou o seu capuz e se revelou. Aquela massa cinza com grandes olhos e buracos no lugar de narizes. Gritou algo em algum idioma desconhecido e no mesmo instante todo o redor da arena foi contemplado por outros Favaros, o que deixou Morgdûn mais nervoso e com ainda mais medo. Ao observar todas aquelas coisas, Morgdûn percebeu que não era compreendido, e limitou-se a ficar calado.
Estranhamente o Favaro que estava em sua frente na arena, caminhou em sua direção. Morgdûn não queria fugir mas seu medo teve total controle de seus membros. Sendo assim, recuou. O Favaro o encara atentamente, até que gentilmente diz:
- Está longe de casa garoto. Eu senti uma presença em nossa ilha, mas não achei que seria um garoto magro e esguio. De onde você é? - o Favaro tentou fazer uma expressão neutra, mas não convence. Os traços de seus rostos se misturavam, fazendo com que cada expressão fosse ainda mais estranha que outra.
- Meu nome é Morgdûn. Fui deixado na costa norte da ilha pelo Rei Ecatron, meu pai. Vou me vingar de ter feito isso contra mim e de ter matado minha mãe. Eu matarei com as minhas próprias mãos. - Apesar de apresentar-se corajoso, seu coração estava tomando por inúmeros sentimentos: medo, angústia, raiva, dúvida é ainda fome e sede...
- Deixado? Foi abandonado pelo próprio pai. Que crueldade. - O Favaro tentava aproximar-se de Morgdûn, que aos poucos não estava mais hesitando. - Diga-me, a quanto tempo está na ilha?
- Quatro dias. - O garoto respondeu secamente. Sem nem ao menos olhar nos olhos do grande ser em frente.
Após ouvir a resposta de Morgdûn, o Favaro sente em seu coração um sentimento que aumentava lentamente e calorosamente. - Quatro dias sem comer nada? Como sobreviveu? - Sem esperar as respostas ele caminhou em um ritmo mais acelerado em frente, buscando tocar em Morgdûn. Dessa vez o garoto não recuou.
- Venha conosco. Será parte de nós. Apesar da aparência estranha e termos um forte apego pela morte, os Favaros possuem um bom coração. Jamais deixaríamos qualquer ser morrer sem ao menos lutar. E você, pequeno garoto, não está em condições de realizar nada que planeja. Venha, vamos alimentá-lo. - O Favaro esperou atentamente, e ficou olhando fixamente para os olhos do pequeno garoto. Morgdûn, estava pensando em recusar, mas se fizesse poderia morrer de fome. Estava com medo de aceitar, pois aquelas coisas poderiam matá-lo. Entre morrer de fome e morrer de barriga cheia, Morgdûn decide o que fazer quando responde:
- Vamos. Eu realmente estou com fome.
O tempo passou. Passou-se dias, seguidos por semana e chegaram em meses. Até que se concretizaram em anos. Morgdûn foi acolhido e criado pelo povo Favaros, aprendeu o idioma nativo e começou a treinar para sua tão esperada vingança. Passou-se então quatro anos, Morgdûn não era mais uma criança, agora um belo rapaz. Não era mais tão magro e esguio, seu corpo agora era grande e possuía grandes músculos. Andava sempre com os dois Favaros, seus fieis amigos: Gramarcel e Ezrus. Ambos, foram que trouxeram Morgdûn ao templo, quando ainda andava perdido pela ilha.
Morgdûn tornou-se líder de toda ilha. Os Favaros o elegeram por unanimidade. Foi uma excelente homenagem ao agora, rapaz. Presentiaram de diferentes formas, até que o Favaro que o acolheceu na arena lhe surpreende ainda mais: Um grande cavalo negro. Forte e rápido. Sua cor era tão negra quanto a própria morte. Morgdûn ficou grato pelo cavalo, agradeceu ao Favaro e continuou a festejar.
Mais um ano se passou, Morgdûn agora sabia cavalgar. Algo aconteceu que o deixou deprimido. O grande Favaro que tinha lhe dado o cavalo, havia morrido naquela tarde. O festival foi melancólico mas também divertido, pois os Favaros tinham uma outra visão sobre a morte. Acreditavam que a morte não era uma tragédia, e sim algo para ser amado. Todos os Favaros acreditavam que na morte existia amor, e por isso, a amavam. Passou a noite com Gramarcel e Ezrus, próximo a uma floresta do centro da ilha. Deixou-os ali quando decidiu cavalgar pela floresta. Atravessou toda extensão florestal existente naquela parte da ilha, chegando ao litoral norte. Quando seu cavalo assustou-se com algo e começou a se agitar freneticamente, derrubando Morgdûn ao chão. O grande cavalo negro fugiu, retornando floresta a dentro. Ele ainda estava ao chão quando sentiu a presença de alguém se aproximando. Morgdûn levanta-se imediatamente mas logo vai novamente, mas dessa vez de joelhos, pois estava a sua frente O Senhor da Morte. Uma criatura extremamente maquiavélica, não havia pés, flutuava macabramente diante de seus olhos. Morgdûn não conseguia se mexer e muito menos gritar, a criatura o dominou sem nem ao menos o tocar.
- Vejo que queres uma vingança. Eu posso lhe ajudar. Me prometa algo que me trará e lhe darei o poder que necessite.
Morgdûn teve o mesmo pensamento quando estava com seu acolhedor, lá na arena. Quando ainda era uma criança, a cinco anos atrás. Agora, estava diante de uma situação semelhante porém, claramente essa envolvia a vida de alguém. Morgdûn não pensou por muito tempo, logo pronunciou:
- Prometo - lhe o coração do Rei Ecatron.
O Senhor da morte aceitou a oferta. No mesmo instante lançou sobre Morgdûn uma magia negra e espessa, o rapaz apenas se debatia quanto sua humanidade estava sendo consumida. Sua carne estava sendo queimada, os seus olhos foram extintos e sua alma foi aprisionada. O processo concluiu alguns segundos depois. Logo, o Senhor da Morte lhe disse:
- Você agora é Morderôn, o mestre dos mortos. Manipulador de almas e corpos. Faça sua vingança e me traga o que me prometeu. Se falhar, passará a eternidade sofrendo com seus pecados. - Logo que pronunciou, a criatura plasmática sumiu em meio a escuridão.
Nesta noite, os mortos de toda a ilha se levantaram. Os Favaros que apresentavam-se simplesmente como guerreiros espirituais, agora suas vontades de matar, estavam a um nível surreal. E estavam obstinados a obedecer apenas alguém: Morderôn, o mestre dos Mortos.
Passaram-se três longos dias desde que seu pai o deixara na Ilha da Morte, “Ecatron, meu pai, eu juro por todos os infernos que um dia, lhe matarei...” pensou o jovem garoto enquanto caminhava solitário pela margem da ilha, resignado com sua raiva, pois tudo o que ele esperara naquela noite era ser reconhecido como um filho e ter alguém a quem chamar de pai.
Morgdûn tinha apenas treze anos quanto tudo aconteceu. Foi criado por sua mãe, Laureana, uma plebeia que serviu as tropas do Rei Ecatron nos acampamentos da Guerra de Solenil. Ecatron não resistiu aos seus encantos, pois havia meses que estava distante de sua esposa, a bela rainha Elena. Deixando-se levar pela luxúria ele tomou Laureana naquela noite. A noite para Ecatron e Laureana foi perfeita, trocaram carícias e abraços, tiveram uma noite de paixão fortemente recheada de prazer. Deste único momento entre os dois, nasceu Morgdûn.
Rei Ecatron tinha agora um filho bastardo que ele sequer sabia de sua existência. Mas no ano de 626, em uma festa anual onde ele atendia aos pedidos de seu povo, foi recebido com uma surpresa indesejável: Laureana. Com ela, um pequeno garoto esguio, de pele parda, agarrado em sua mão, mostrando toda a sua insegurança e ansiedade do momento poderia causar em uma criança.
- Rei Ecatron, senhor do Reino dos Magos, senhor entre homens e anões, venho até vós lhe perdir um único e humilde desejo de meu coração. Este garoto que lhe apresento como Morgdûn é fruto de nosso encontro. – ela para, respira, como se estivesse pensando nas palavras seguintes, então conclui. - Então lhe peço que receba e reconheça Morgdûn como seu filho.
Aquele pronunciamento o desconfigurou por completo, seu semblante estava paralisado, atônito olhando para aquela plebeia e para o jovem garoto, buscando algum traço seu no rosto daquele menino.
Rei Ecatron era venerado por sua honra e lealdade e isso mancharia completamente sua conduta. Os olhares de todos que estavam presentes fixaram-se apenas nos três e um silêncio mortal percorreu todo o salão. Elena olhava para Ecatron com uma expressão que misturava desgosto e raiva, suas lágrimas, que ela fez grande esforço para segurar finalmente escorreram por sua face carregadas de tristeza e dor. O rapaz bastardo foi arrancado de sua mãe pelo comandante do Rei, mesmo sem receber nenhuma ordem para tal ação. Era como se seus homens lessem seus pensamentos e agissem como deveriam, antes mesmo de serem ordenados.
Laureana gritou e tal grito trouxe Ecatron de volta a toda a situação em que se encontrava, ele se recompôs levantando-se e dizendo:
- Como ousa mulher, dizer tal injúria contra teu rei? Tirem essa mulher da minha presença.
Mas naquela mesma noite Ecatron ordenou a execução de Laureana e não teve coragem de fazer o mesmo com seu filho. Pediu então que alguns soldados de sua confiança o levassem até a Ilha Árida e lá o deixasse a própria sorte.
E aqui estava ele, com fome, sede, medo, sozinho, caminhando pelo litoral da ilha, abrigando-se entre rochas e estreitos, sem coragem de adentrar a seu interior, repleto de lendas que ele tanto ouvira desde muito pequeno.
A sola de seus pés estava grossa, sangrenta e dolorida. Doía a cada passo entre as rochas pontiagudas que formavam o litoral, mas ele se recusava a desistir. Caminhava e continuava caminhando, até que o cansaço tomou conta de seu pequeno corpo magro e fraco pela falta de alimentos e água.
Limitou-se a deitar a beira de uma grande rocha, perto da água do mar, tentou concentrar-se apenas no som do mar e afastar as dores que sentia pelo corpo, a sede e a fome. Tentou manter sua consciência, mas não conseguiu, a escuridão turvou seus olhos e ele desmaiou.
A consciência de Morgdûn começou a voltar, ele sentia um chão frio abaixo de seu corpo, mas já não sentia dor. Abriu os olhos, mas sua visão ainda estava desfocada, tentou reconhecer o que estava a sua volta. Inicialmente viu alguns pontos de luz e em seguida alguns vultos em pé formando um círculo a uns dois metros a sua volta. Levantou seu corpo o mais rápido que pode e percebeu que tinha os pulsos presos por uma corrente que estava fixa ao chão.
Seu coração disparou ao perceber as criaturas que lhe observavam. Seres com cerca de dois metros de altura, usando mantos negros e esfarrapados, com capuz que cobriam suas cabeças, mas deixavam seus horripilantes rostos a mostra. Seres que lembravam a podridão. Seus rostos cinzentos, com aparência disformes, como se enormes pústulas se sobrepusessem uma sobre as outras, encaravam o jovem. Cada qual com um padrão disforme de “nariz” – se é que podemos chamar aquilo de nariz – alguns nem mesmo o tinham, com apenas dois orifícios no lugar onde deveria existir um. Os diversos olhos negros que o olhavam, eram enormes, grandes circunferências com até cinco centímetros e uma estranha marca no côncavo.
A visão lhe deu náuseas. Não sabia se era o medo, o cheiro do lugar - um misto de mofo, podridão e velhice - ou se era fraqueza. Mesmo assim ele se levantou, mostrando uma força superior a que seu corpo magro e frágil apresentava.
Uma das criaturas deixou o grupo que o observava e começou a aproximar-se. Parou em frente ao garoto e se abaixou para ficar na mesma altura que ele. A criatura posicionou-se a poucos centímetros do garoto que pode sentir seu cheiro peculiar, um misto de mofo e livros envelhecidos.
Estendendo sua mão, ele mostrou dedos longos e cinzentos e com eles tocou a testa do garoto por alguns segundo. O toque era gelado, mas algo nele era reconfortante e um pouco do medo que Morgdûn sentia foi-se embora com esse toque.
Morgdûn analisou o rosto daquela criatura, seus grandes olhos, seu rosto que parecia uma massa cinza e disforme, dois orifícios no lugar onde deveria existir um nariz, por um instante, sentiu uma mistura de pena e satisfação ao contemplar aquele ser.
A criatura se levantou e então gritou algo em um idioma desconhecido, gutural e profano e no mesmo instante todos os que observavam seguiram a criatura neste som que assustava e incomodava o garoto que voltou a se sentir assustado. Ele não queria demonstrar esse medo, mas não tinha controle sobre seu corpo e acabou se afastando até onde a corrente permitia.
A criatura voltou a encará-lo e desta vez, com uma voz grave, porém com certa gentileza. Disse no idioma do Reino dos Magos:
- Esta longe de sua casa garoto. Sentimos sua presença em nossa ilha, mas quando lhe encontramos, alguns acharam que estivéssemos errado. Sua aparência não condiz com o que esperávamos encontrar. Mas o grande lorde tem suas próprias formas de se manifestar.
A criatura tentava manter uma expressão neutra naquele rosto disforme, mas os traços de seu rosto se misturavam criando uma expressão mais estranha que a outra a medida que falava.
Criando coragem o garoto falou:
- Meu nome é Morgdûn, fui deixado nesta ilha pelo rei Ecatron. Mas terei minha vingança e o matarei com minhas próprias mãos.
As palavras do garoto eram de certa forma infantis e inseguras, tomado por sentimentos que se misturavam em seu coração. Mas as criaturas a sua volta podiam sentir o poder que vinha destas palavras.
- Deixado não é a palavra correta, você foi abandonado e terá a vingança que deseja no momento certo. A quantos dias está na ilha?
- Até onde sei, foram quatro dias. Não sei quanto tempo fiquei desacordado.
Quatro dias sem comida nem água. Uma força corria no corpo daquele jovem e as criaturas podiam sentir esse poder e quase se alimentar dele.
A criatura move a boca em uma forma que Morgdûn imaginou ser um sorriso. Então, com um movimento de mão ao ar, as correntes se soltaram dos pulsos do garoto como se fossem mágicas – ou realmente seriam? – e a criatura olhou profundamente nos olhos do garoto e disse:
- Venha conosco. Você precisa receber os ensinamentos necessários para que cumpra aquilo pelo qual foi-nos enviado.
O tempo passou! Dias tornaram-se semanas, que tornaram-se meses e por fim anos. Morgdûn descobriu que aquelas estranhas criaturas eram chamadas de Favaros e eram muito antigas naquela ilha. Viviam no centro da mesma em uma cidade que lembrava uma necrópole, formada por construções que lembravam tumbas com galerias subterrâneas escavadas na própria estrutura rochosa da ilha.
No centro desta cidade, numa grande abóbada subterrânea ficava o templo de MalmsKorcs, um lugar sagrado onde os Favaros se reuniam e também cultivavam e faziam uso de um fruto vermelho chamado por ele de NomcNordem. Tal fruto nascia de um grande fungo e quando consumido aumentava a capacidade sensorial das criaturas, que passavam a sentir não só as sensações do plano material, mas de diversos outros planos. Acreditava-se que tais frutos também prolongavam a vida destas criaturas.
Neste tempo Morgdûn cresceu, deixando aquele garoto franzino para trás. Agora ele era um belo homem, aprendeu a língua antiga, aprendeu a adorar a morte e a lutar. Os Favaros Gramarcel e Ezrus eram seus mestres e se tornaram para ele os pais que nunca teve. Logo Mordgûn tornou-se um líder na ilha, não apenas dos Favaros, mas também de outras criaturas que ali viviam.
Morgdûn nunca exigiu tal liderança, mas os Favaros podiam sentiam seu poder crescente e o elegeram em unanimidade como seu líder e este fato foi consumado quando na noite da eleição surgiu um grande cavalo, negro como a noite, ele se aproximou de Morgdûn que tocou seu focinho. Aquilo foi a revelação que os Favaros esperavam. Aquele cavalo só poderia ter sido enviado por Wisllow – o senhor da morte.
Mais alguns anos haviam se passado e então Gramarcel, considerado um pai para Morgdûn veio a morrer, algo raro entre os Favaros. Apesar da tristeza da perda, os Favaros viam aquilo como algo natural, uma sequência e uma libertação. Mas Morgdûn não estava preparado, ele então subiu em seu cavalo e deixou que esse o guiasse sem rumo pela ilha.
Cavalgou por um longo tempo até chegar ao litoral norte, então, sem aviso algum o cavalo empinou derrubando-o ao chão e se afastou, mas não fugiu, como se aguardasse e observasse os acontecimentos que viriam.
Morgdûn levantou-se rapidamente e sacou sua espada. Uma atmosfera pesada podia ser sentida e os pelos de sua nuca estavam eriçados, mas alguma coisa o acalmava. Então uma voz de trovão cortou o céu, vinda de todos os lugares a sua volta. Ela disse pausadamente:
- Porque a espada Morgdûn? Você chama por meu nome todos os dias clamando por sua vingança e quando eu respondo você me teme?
Morgdûn olhava a sua volta, um frio percorria sua espinha. No fundo ele achava que nunca seria respondido em suas preces e agora estava ali, com sua resposta, sem saber a pergunta.
A noite pareceu ficar mais escura, uma névoa fria veio do mar e no meio da mesma uma forma se configurou. Como se uma fumaça negra formasse em meio a névoa e aproximasse dele. Morgdûn pode sentir este poder e caiu de joelhos.
- Você quer sua vingança e eu lhe darei. Mas em troca você será meu servo, aguardará o momento para ser a chave para minha passagem, será aquele que despertará minha chegada. ACEITA ME SERVIR MORGDÛN? – a voz parecia fazer o chão tremer e o jovem mal conseguia olhar para a forma disforme que materializada a sua frente.
- EU ACEITO! – Gritou, como se precisasse dizer alto para ser ouvido.
No mesmo instantes a voz disse:
- Você agora é Morderôn, mestre dos mortos, manipulador de almas e corpos. Tenha a sua vingança e sirva-me quando eu exigir.
Ao dizer tais palavras a névoa negra avançou e envolveu o corpo de Morgdûn que levitou e girou no ar. Carne e alma eram consumidos pela névoa enquanto seu corpo girava e o grito de dor de Morgdûn podia ser ouvido por toda ilha, o processo terminou e Morgdûn não estava mais ali, agora só restara Morderôn, o senhor dos mortos.
Morderôn voltou a necrópole e todos os Favaros caíram de joelhos quando o viram. E naquela noite, que todos os mortos levantavam-se para servi-lo.
NECESSÁRIO PARA APROVAÇÃO: 50%
NÚMERO DE CONSELHEIRO NA VOTAÇÃO: 5
TOTAL DE VOTOS APROVADOS: 5 (100%)
TOTAL DE VOTOS REPROVADOS: 0
CONSELHEIROS COMPUTARAM OS VOTOS: Druidadp - Élisson - AzorHexx - Fininho - Bordini
CONSELHEIROS QUE NÃO COMPUTARAM OS VOTOS: TUK
Porém, deste único momento entre os dois, nasceu Morgdûn. Rei Ecatron tinha agora um filho bastardo, sem sequer saber de sua existência. Mas no ano de 626, em uma festa anual onde ele atendia aos pedidos de seu povo em seu castelo, durante o amanhecer ao anoitecer, foi recebido com a maior surpresa indesejavel que poderia imaginar: Laureana. Com um pequeno garoto esguio, de pele parda, agarrado em sua mão.
- Rei Ecatron, senhor do Reino dos Magos, eu peço, perante a vós, que tenha o reconhecimento e assuma o seu filho. Lhe apresento, Morgdûn.
Aquele pronunciamento o desconfigurou por completo. Rei Ecatron era venerado por sua honra e lealdade. Isso mancharia completamente sua conduta. Os olhos de quem estava presente, fixaram-se apenas neles três. Elena apresentou uma expressão de desgosto, suas lágrimas momentâneas estavam carregadas de tristeza e dor, e seu coração... O rapaz bastardo foi arrancado de sua mãe pelo comando de Rei Ecatron, naquela madrugada. Planejou e executou a morte de Laureana. Porém, não conseguiu matar seu filho a sangue frio e obrigou-se a carregar o garoto para as Terras Áridas, onde lá o deixou. Na esperança que Morgdûn não sobrevivesse e fosse morto por criaturas desconhecidas daquela região.
Aqui estava ele, com fome e sede. Andando pela ilha e se abrigando em pequenos esteios encontrados pelo caminho. A sola de seus pés estava grossa, sangrenta e dolorida. Doía a cada passo, mas se recusava a desistir. Caminhava e continuava caminhando, até que o cansaço tomou conta de seu pequeno e magro corpo. Limitou-se a deitar a beira de uma grande rocha, perto da água do mar, tentou segurar o peso dos olhos mas não conseguiu. Quando acordou, estava com seu pescoço dolorido, suas costas estavam latejando e formigava seu braço direito. Ficou em pé e para seu alívio, seus pés não doíam mais. Era o quarto dia, sem comer e nem beber. Ao contrário do seu corpo, Morgdûn era extremamente forte. Pois apesar de tudo, ainda tinha forças para continuar. Mas até quando? Era o que ele pensava.
Seguiu caminhando por mais alguma distância, em direção ao norte da ilha. Quando de súbito, ouviu barulhos e sons vindos de uma pequena floresta a sua frente. Morgdûn que até então só havia escutado o barulho das ondas, assustou-se com aquilo. Passou a sentir medo e obrigou-se a se esconder em uma pequena ruína, que um dia foi uma caverna a beira-mar. Seu coração batia quase incansavelmente, quando o barulho se aproximou, logo imaginou que poderia ser criaturas místicas que poderiam ter sentido seu cheiro, e agora estava ali para devorá-lo. O barulho ficou mais perto mas também mais suave, Morgdûn permaneceu-se escondido até que uma súbita coragem possuiu seu corpo. Ele projetou-se para fora da ruína, deixando apenas que seus olhos ficasse descobertos. Não conseguiu enxergar nada e nem ninguém, mas para desespero dele, as criaturas haviam o enxergado. Morgdûn só teve tempo de virar a cabeça para que uma luz negra viesse contra seus olhos. E no exato momento, despencou, mole feito um trapo, sua cabeça bateu com força naquele chão de areia.
As criaturas que o pegaram, são conhecidas pelo continente de ERA, por Favaros. São criaturas de corpo muito semelhante aos humanos, porém sua altura mínima é cerca de 2,5m. Sua pele é composta por uma cartilagem cinza, que cobre totalmente o seu corpo. Seus olhos chegam a medir mais de 5cm de circunferência, com uma estranha marca no côncavo. Possuem narizes de formas aleatórias, não existe padrão na aparência de cada um da espécie. Uns possuem, outros não possuem. Uns são extremamente horríveis, mais parecidos com um grande tumor nos rostos, outros até pode-se encarar...
Levaram Morgdûn desacordado até o centro da ilha. Aquilo parecia ser uma grande metrópole... O centro da ilha possuía altos muros e pequenas cabanas. Havia uma praça central, e um grande templo: O templo de MalmsKorcs. Um lugar onde se produzia um fruto proibido. Jamais transportado ou consumido em nenhum lugar de toda ERA, um pequeno fruto vermelho, de forma arredondada que aumenta o nível extrassensorial do cérebro dos Favaros, fazendo com que sua inteligência seja levada a um limite mágico. Porém, após o efeito de 1 dia terminar, o Favaro que comeu do fruto, dormirá. Dormirá por incontáveis dias até seu cérebro curar-se da magia ou desintegrar-se inteiramente. Os dois Favaros levaram Morgdûn para esse templo.
Lá dentro, foi jogado em uma arena circular. Com tochas e correntes presas em muro com mais de 10m de altura. De dentro de uma espécie de jaula escura, no centro da arena, surge um Favaro, vestindo um manto negro, cobrindo seu rosto com um enorme capuz. Caminhava lentamente em direção a Morgdûn, jogado no chão em sua frente. Quando chegou perto do garoto, usou apenas dois dedos de sua mão direita e o tocou em sua testa. Morgdûn um pouco desorientado acorda, e logo vê aquele ser em sua frente. Sua emoção vai no limite, ele grita e tenta correr:
- Ajudem-me! Ajudem-me! Tem alguém nesse lugar? - Ele apresentava-se nervoso e com medo. Onde estou? Que lugar é esse? O que é essa criatura? Pensava apressadamente Morgdûn. O Favaro a sua frente, friamente tirou o seu capuz e se revelou. Aquela massa cinza com grandes olhos e buracos no lugar de narizes. Gritou algo em algum idioma desconhecido e no mesmo instante todo o redor da arena foi contemplado por outros Favaros, o que deixou Morgdûn mais nervoso e com ainda mais medo. Ao observar todas aquelas coisas, Morgdûn percebeu que não era compreendido, e limitou-se a ficar calado.
Estranhamente o Favaro que estava em sua frente na arena, caminhou em sua direção. Morgdûn não queria fugir mas seu medo teve total controle de seus membros. Sendo assim, recuou. O Favaro o encara atentamente, até que gentilmente diz:
- Está longe de casa garoto. Eu senti uma presença em nossa ilha, mas não achei que seria um garoto magro e esguio. De onde você é? - o Favaro tentou fazer uma expressão neutra, mas não convence. Os traços de seus rostos se misturavam, fazendo com que cada expressão fosse ainda mais estranha que outra.
- Meu nome é Morgdûn. Fui deixado na costa norte da ilha pelo Rei Ecatron, meu pai. Vou me vingar de ter feito isso contra mim e de ter matado minha mãe. Eu matarei com as minhas próprias mãos. - Apesar de apresentar-se corajoso, seu coração estava tomando por inúmeros sentimentos: medo, angústia, raiva, dúvida é ainda fome e sede...
- Deixado? Foi abandonado pelo próprio pai. Que crueldade. - O Favaro tentava aproximar-se de Morgdûn, que aos poucos não estava mais hesitando. - Diga-me, a quanto tempo está na ilha?
- Quatro dias. - O garoto respondeu secamente. Sem nem ao menos olhar nos olhos do grande ser em frente.
Após ouvir a resposta de Morgdûn, o Favaro sente em seu coração um sentimento que aumentava lentamente e calorosamente. - Quatro dias sem comer nada? Como sobreviveu? - Sem esperar as respostas ele caminhou em um ritmo mais acelerado em frente, buscando tocar em Morgdûn. Dessa vez o garoto não recuou.
- Venha conosco. Será parte de nós. Apesar da aparência estranha e termos um forte apego pela morte, os Favaros possuem um bom coração. Jamais deixaríamos qualquer ser morrer sem ao menos lutar. E você, pequeno garoto, não está em condições de realizar nada que planeja. Venha, vamos alimentá-lo. - O Favaro esperou atentamente, e ficou olhando fixamente para os olhos do pequeno garoto. Morgdûn, estava pensando em recusar, mas se fizesse poderia morrer de fome. Estava com medo de aceitar, pois aquelas coisas poderiam matá-lo. Entre morrer de fome e morrer de barriga cheia, Morgdûn decide o que fazer quando responde:
- Vamos. Eu realmente estou com fome.
O tempo passou. Passou-se dias, seguidos por semana e chegaram em meses. Até que se concretizaram em anos. Morgdûn foi acolhido e criado pelo povo Favaros, aprendeu o idioma nativo e começou a treinar para sua tão esperada vingança. Passou-se então quatro anos, Morgdûn não era mais uma criança, agora um belo rapaz. Não era mais tão magro e esguio, seu corpo agora era grande e possuía grandes músculos. Andava sempre com os dois Favaros, seus fieis amigos: Gramarcel e Ezrus. Ambos, foram que trouxeram Morgdûn ao templo, quando ainda andava perdido pela ilha.
Morgdûn tornou-se líder de toda ilha. Os Favaros o elegeram por unanimidade. Foi uma excelente homenagem ao agora, rapaz. Presentiaram de diferentes formas, até que o Favaro que o acolheceu na arena lhe surpreende ainda mais: Um grande cavalo negro. Forte e rápido. Sua cor era tão negra quanto a própria morte. Morgdûn ficou grato pelo cavalo, agradeceu ao Favaro e continuou a festejar.
Mais um ano se passou, Morgdûn agora sabia cavalgar. Algo aconteceu que o deixou deprimido. O grande Favaro que tinha lhe dado o cavalo, havia morrido naquela tarde. O festival foi melancólico mas também divertido, pois os Favaros tinham uma outra visão sobre a morte. Acreditavam que a morte não era uma tragédia, e sim algo para ser amado. Todos os Favaros acreditavam que na morte existia amor, e por isso, a amavam. Passou a noite com Gramarcel e Ezrus, próximo a uma floresta do centro da ilha. Deixou-os ali quando decidiu cavalgar pela floresta. Atravessou toda extensão florestal existente naquela parte da ilha, chegando ao litoral norte. Quando seu cavalo assustou-se com algo e começou a se agitar freneticamente, derrubando Morgdûn ao chão. O grande cavalo negro fugiu, retornando floresta a dentro. Ele ainda estava ao chão quando sentiu a presença de alguém se aproximando. Morgdûn levanta-se imediatamente mas logo vai novamente, mas dessa vez de joelhos, pois estava a sua frente O Senhor da Morte. Uma criatura extremamente maquiavélica, não havia pés, flutuava macabramente diante de seus olhos. Morgdûn não conseguia se mexer e muito menos gritar, a criatura o dominou sem nem ao menos o tocar.
- Vejo que queres uma vingança. Eu posso lhe ajudar. Me prometa algo que me trará e lhe darei o poder que necessite.
Morgdûn teve o mesmo pensamento quando estava com seu acolhedor, lá na arena. Quando ainda era uma criança, a cinco anos atrás. Agora, estava diante de uma situação semelhante porém, claramente essa envolvia a vida de alguém. Morgdûn não pensou por muito tempo, logo pronunciou:
- Prometo - lhe o coração do Rei Ecatron.
O Senhor da morte aceitou a oferta. No mesmo instante lançou sobre Morgdûn uma magia negra e espessa, o rapaz apenas se debatia quanto sua humanidade estava sendo consumida. Sua carne estava sendo queimada, os seus olhos foram extintos e sua alma foi aprisionada. O processo concluiu alguns segundos depois. Logo, o Senhor da Morte lhe disse:
- Você agora é Morderôn, o mestre dos mortos. Manipulador de almas e corpos. Faça sua vingança e me traga o que me prometeu. Se falhar, passará a eternidade sofrendo com seus pecados. - Logo que pronunciou, a criatura plasmática sumiu em meio a escuridão.
Nesta noite, os mortos de toda a ilha se levantaram. Os Favaros que apresentavam-se simplesmente como guerreiros espirituais, agora suas vontades de matar, estavam a um nível surreal. E estavam obstinados a obedecer apenas alguém: Morderôn, o mestre dos Mortos.
VERSÃO EDITADA POR DRUIDA DAS PRADARIAS:
Correção do texto e melhor adaptação ao cenário proposto!
Passaram-se três longos dias desde que seu pai o deixara na Ilha da Morte, “Ecatron, meu pai, eu juro por todos os infernos que um dia, lhe matarei...” pensou o jovem garoto enquanto caminhava solitário pela margem da ilha, resignado com sua raiva, pois tudo o que ele esperara naquela noite era ser reconhecido como um filho e ter alguém a quem chamar de pai.
Morgdûn tinha apenas treze anos quanto tudo aconteceu. Foi criado por sua mãe, Laureana, uma plebeia que serviu as tropas do Rei Ecatron nos acampamentos da Guerra de Solenil. Ecatron não resistiu aos seus encantos, pois havia meses que estava distante de sua esposa, a bela rainha Elena. Deixando-se levar pela luxúria ele tomou Laureana naquela noite. A noite para Ecatron e Laureana foi perfeita, trocaram carícias e abraços, tiveram uma noite de paixão fortemente recheada de prazer. Deste único momento entre os dois, nasceu Morgdûn.
Rei Ecatron tinha agora um filho bastardo que ele sequer sabia de sua existência. Mas no ano de 626, em uma festa anual onde ele atendia aos pedidos de seu povo, foi recebido com uma surpresa indesejável: Laureana. Com ela, um pequeno garoto esguio, de pele parda, agarrado em sua mão, mostrando toda a sua insegurança e ansiedade do momento poderia causar em uma criança.
- Rei Ecatron, senhor do Reino dos Magos, senhor entre homens e anões, venho até vós lhe perdir um único e humilde desejo de meu coração. Este garoto que lhe apresento como Morgdûn é fruto de nosso encontro. – ela para, respira, como se estivesse pensando nas palavras seguintes, então conclui. - Então lhe peço que receba e reconheça Morgdûn como seu filho.
Aquele pronunciamento o desconfigurou por completo, seu semblante estava paralisado, atônito olhando para aquela plebeia e para o jovem garoto, buscando algum traço seu no rosto daquele menino.
Rei Ecatron era venerado por sua honra e lealdade e isso mancharia completamente sua conduta. Os olhares de todos que estavam presentes fixaram-se apenas nos três e um silêncio mortal percorreu todo o salão. Elena olhava para Ecatron com uma expressão que misturava desgosto e raiva, suas lágrimas, que ela fez grande esforço para segurar finalmente escorreram por sua face carregadas de tristeza e dor. O rapaz bastardo foi arrancado de sua mãe pelo comandante do Rei, mesmo sem receber nenhuma ordem para tal ação. Era como se seus homens lessem seus pensamentos e agissem como deveriam, antes mesmo de serem ordenados.
Laureana gritou e tal grito trouxe Ecatron de volta a toda a situação em que se encontrava, ele se recompôs levantando-se e dizendo:
- Como ousa mulher, dizer tal injúria contra teu rei? Tirem essa mulher da minha presença.
Mas naquela mesma noite Ecatron ordenou a execução de Laureana e não teve coragem de fazer o mesmo com seu filho. Pediu então que alguns soldados de sua confiança o levassem até a Ilha Árida e lá o deixasse a própria sorte.
***
E aqui estava ele, com fome, sede, medo, sozinho, caminhando pelo litoral da ilha, abrigando-se entre rochas e estreitos, sem coragem de adentrar a seu interior, repleto de lendas que ele tanto ouvira desde muito pequeno.
A sola de seus pés estava grossa, sangrenta e dolorida. Doía a cada passo entre as rochas pontiagudas que formavam o litoral, mas ele se recusava a desistir. Caminhava e continuava caminhando, até que o cansaço tomou conta de seu pequeno corpo magro e fraco pela falta de alimentos e água.
Limitou-se a deitar a beira de uma grande rocha, perto da água do mar, tentou concentrar-se apenas no som do mar e afastar as dores que sentia pelo corpo, a sede e a fome. Tentou manter sua consciência, mas não conseguiu, a escuridão turvou seus olhos e ele desmaiou.
***
A consciência de Morgdûn começou a voltar, ele sentia um chão frio abaixo de seu corpo, mas já não sentia dor. Abriu os olhos, mas sua visão ainda estava desfocada, tentou reconhecer o que estava a sua volta. Inicialmente viu alguns pontos de luz e em seguida alguns vultos em pé formando um círculo a uns dois metros a sua volta. Levantou seu corpo o mais rápido que pode e percebeu que tinha os pulsos presos por uma corrente que estava fixa ao chão.
Seu coração disparou ao perceber as criaturas que lhe observavam. Seres com cerca de dois metros de altura, usando mantos negros e esfarrapados, com capuz que cobriam suas cabeças, mas deixavam seus horripilantes rostos a mostra. Seres que lembravam a podridão. Seus rostos cinzentos, com aparência disformes, como se enormes pústulas se sobrepusessem uma sobre as outras, encaravam o jovem. Cada qual com um padrão disforme de “nariz” – se é que podemos chamar aquilo de nariz – alguns nem mesmo o tinham, com apenas dois orifícios no lugar onde deveria existir um. Os diversos olhos negros que o olhavam, eram enormes, grandes circunferências com até cinco centímetros e uma estranha marca no côncavo.
A visão lhe deu náuseas. Não sabia se era o medo, o cheiro do lugar - um misto de mofo, podridão e velhice - ou se era fraqueza. Mesmo assim ele se levantou, mostrando uma força superior a que seu corpo magro e frágil apresentava.
Uma das criaturas deixou o grupo que o observava e começou a aproximar-se. Parou em frente ao garoto e se abaixou para ficar na mesma altura que ele. A criatura posicionou-se a poucos centímetros do garoto que pode sentir seu cheiro peculiar, um misto de mofo e livros envelhecidos.
Estendendo sua mão, ele mostrou dedos longos e cinzentos e com eles tocou a testa do garoto por alguns segundo. O toque era gelado, mas algo nele era reconfortante e um pouco do medo que Morgdûn sentia foi-se embora com esse toque.
Morgdûn analisou o rosto daquela criatura, seus grandes olhos, seu rosto que parecia uma massa cinza e disforme, dois orifícios no lugar onde deveria existir um nariz, por um instante, sentiu uma mistura de pena e satisfação ao contemplar aquele ser.
A criatura se levantou e então gritou algo em um idioma desconhecido, gutural e profano e no mesmo instante todos os que observavam seguiram a criatura neste som que assustava e incomodava o garoto que voltou a se sentir assustado. Ele não queria demonstrar esse medo, mas não tinha controle sobre seu corpo e acabou se afastando até onde a corrente permitia.
A criatura voltou a encará-lo e desta vez, com uma voz grave, porém com certa gentileza. Disse no idioma do Reino dos Magos:
- Esta longe de sua casa garoto. Sentimos sua presença em nossa ilha, mas quando lhe encontramos, alguns acharam que estivéssemos errado. Sua aparência não condiz com o que esperávamos encontrar. Mas o grande lorde tem suas próprias formas de se manifestar.
A criatura tentava manter uma expressão neutra naquele rosto disforme, mas os traços de seu rosto se misturavam criando uma expressão mais estranha que a outra a medida que falava.
Criando coragem o garoto falou:
- Meu nome é Morgdûn, fui deixado nesta ilha pelo rei Ecatron. Mas terei minha vingança e o matarei com minhas próprias mãos.
As palavras do garoto eram de certa forma infantis e inseguras, tomado por sentimentos que se misturavam em seu coração. Mas as criaturas a sua volta podiam sentir o poder que vinha destas palavras.
- Deixado não é a palavra correta, você foi abandonado e terá a vingança que deseja no momento certo. A quantos dias está na ilha?
- Até onde sei, foram quatro dias. Não sei quanto tempo fiquei desacordado.
Quatro dias sem comida nem água. Uma força corria no corpo daquele jovem e as criaturas podiam sentir esse poder e quase se alimentar dele.
A criatura move a boca em uma forma que Morgdûn imaginou ser um sorriso. Então, com um movimento de mão ao ar, as correntes se soltaram dos pulsos do garoto como se fossem mágicas – ou realmente seriam? – e a criatura olhou profundamente nos olhos do garoto e disse:
- Venha conosco. Você precisa receber os ensinamentos necessários para que cumpra aquilo pelo qual foi-nos enviado.
***
O tempo passou! Dias tornaram-se semanas, que tornaram-se meses e por fim anos. Morgdûn descobriu que aquelas estranhas criaturas eram chamadas de Favaros e eram muito antigas naquela ilha. Viviam no centro da mesma em uma cidade que lembrava uma necrópole, formada por construções que lembravam tumbas com galerias subterrâneas escavadas na própria estrutura rochosa da ilha.
No centro desta cidade, numa grande abóbada subterrânea ficava o templo de MalmsKorcs, um lugar sagrado onde os Favaros se reuniam e também cultivavam e faziam uso de um fruto vermelho chamado por ele de NomcNordem. Tal fruto nascia de um grande fungo e quando consumido aumentava a capacidade sensorial das criaturas, que passavam a sentir não só as sensações do plano material, mas de diversos outros planos. Acreditava-se que tais frutos também prolongavam a vida destas criaturas.
Neste tempo Morgdûn cresceu, deixando aquele garoto franzino para trás. Agora ele era um belo homem, aprendeu a língua antiga, aprendeu a adorar a morte e a lutar. Os Favaros Gramarcel e Ezrus eram seus mestres e se tornaram para ele os pais que nunca teve. Logo Mordgûn tornou-se um líder na ilha, não apenas dos Favaros, mas também de outras criaturas que ali viviam.
Morgdûn nunca exigiu tal liderança, mas os Favaros podiam sentiam seu poder crescente e o elegeram em unanimidade como seu líder e este fato foi consumado quando na noite da eleição surgiu um grande cavalo, negro como a noite, ele se aproximou de Morgdûn que tocou seu focinho. Aquilo foi a revelação que os Favaros esperavam. Aquele cavalo só poderia ter sido enviado por Wisllow – o senhor da morte.
Mais alguns anos haviam se passado e então Gramarcel, considerado um pai para Morgdûn veio a morrer, algo raro entre os Favaros. Apesar da tristeza da perda, os Favaros viam aquilo como algo natural, uma sequência e uma libertação. Mas Morgdûn não estava preparado, ele então subiu em seu cavalo e deixou que esse o guiasse sem rumo pela ilha.
Cavalgou por um longo tempo até chegar ao litoral norte, então, sem aviso algum o cavalo empinou derrubando-o ao chão e se afastou, mas não fugiu, como se aguardasse e observasse os acontecimentos que viriam.
Morgdûn levantou-se rapidamente e sacou sua espada. Uma atmosfera pesada podia ser sentida e os pelos de sua nuca estavam eriçados, mas alguma coisa o acalmava. Então uma voz de trovão cortou o céu, vinda de todos os lugares a sua volta. Ela disse pausadamente:
- Porque a espada Morgdûn? Você chama por meu nome todos os dias clamando por sua vingança e quando eu respondo você me teme?
Morgdûn olhava a sua volta, um frio percorria sua espinha. No fundo ele achava que nunca seria respondido em suas preces e agora estava ali, com sua resposta, sem saber a pergunta.
A noite pareceu ficar mais escura, uma névoa fria veio do mar e no meio da mesma uma forma se configurou. Como se uma fumaça negra formasse em meio a névoa e aproximasse dele. Morgdûn pode sentir este poder e caiu de joelhos.
- Você quer sua vingança e eu lhe darei. Mas em troca você será meu servo, aguardará o momento para ser a chave para minha passagem, será aquele que despertará minha chegada. ACEITA ME SERVIR MORGDÛN? – a voz parecia fazer o chão tremer e o jovem mal conseguia olhar para a forma disforme que materializada a sua frente.
- EU ACEITO! – Gritou, como se precisasse dizer alto para ser ouvido.
No mesmo instantes a voz disse:
- Você agora é Morderôn, mestre dos mortos, manipulador de almas e corpos. Tenha a sua vingança e sirva-me quando eu exigir.
Ao dizer tais palavras a névoa negra avançou e envolveu o corpo de Morgdûn que levitou e girou no ar. Carne e alma eram consumidos pela névoa enquanto seu corpo girava e o grito de dor de Morgdûn podia ser ouvido por toda ilha, o processo terminou e Morgdûn não estava mais ali, agora só restara Morderôn, o senhor dos mortos.
Morderôn voltou a necrópole e todos os Favaros caíram de joelhos quando o viram. E naquela noite, que todos os mortos levantavam-se para servi-lo.
________________________________________________________________________
PROJETO APROVADO!
NECESSÁRIO PARA APROVAÇÃO: 50%
NÚMERO DE CONSELHEIRO NA VOTAÇÃO: 5
TOTAL DE VOTOS APROVADOS: 5 (100%)
TOTAL DE VOTOS REPROVADOS: 0
CONSELHEIROS COMPUTARAM OS VOTOS: Druidadp - Élisson - AzorHexx - Fininho - Bordini
CONSELHEIROS QUE NÃO COMPUTARAM OS VOTOS: TUK
Última edição por Élisson Machado em Seg Jan 08, 2018 10:09 pm, editado 1 vez(es)
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
Olá Élisson, primeiramente curti muito o seu conto.... gostei muito da ideia do FRUTO que aumenta o efeito extrassensorial.
Porém há um erro na história, Morgdûn foi deixado na ilha com 13 anos e não quando era um bebê. Tal história pode ser lida na história do REINO DOS MAGOS - http://goo.gl/ONRnXz - precisa corrigir isso no conto para que o material seja aprovado.
CRONOLOGIA PARA AJUDÁ-LO:
613: Ecatron tem um filho bastardo na Guerra de Solenil.
625: Cidade Morta é descoberta pelo explorador Jacol. É um espanto para todos.
626: Ecatron manda exilar seu filho bastardo nas terras áridas, atual Ilha da Morte.
630: Uma chacina ocorre em Lamart, onde todos os elfos são assassinados e impedidos de voltar a cidade.
632: Ecatron trava batalha na Ilha do Dragão contra Piratas e Cosários
633: Retorna rapidamente ao reino devido a mensagem de Mortos atacando a região.
Morgdûn recebe a visita da Morte e passa a se chamar Morderôn.
O Combate chamado "As seis noites sem dia", onde Ecatron desaparece e o Reino dos Magos é dividido entre Reino dos Anões e Reino dos Humanos.
- Fundada a cidade da Ponte.
Porém há um erro na história, Morgdûn foi deixado na ilha com 13 anos e não quando era um bebê. Tal história pode ser lida na história do REINO DOS MAGOS - http://goo.gl/ONRnXz - precisa corrigir isso no conto para que o material seja aprovado.
CRONOLOGIA PARA AJUDÁ-LO:
613: Ecatron tem um filho bastardo na Guerra de Solenil.
625: Cidade Morta é descoberta pelo explorador Jacol. É um espanto para todos.
626: Ecatron manda exilar seu filho bastardo nas terras áridas, atual Ilha da Morte.
630: Uma chacina ocorre em Lamart, onde todos os elfos são assassinados e impedidos de voltar a cidade.
632: Ecatron trava batalha na Ilha do Dragão contra Piratas e Cosários
633: Retorna rapidamente ao reino devido a mensagem de Mortos atacando a região.
Morgdûn recebe a visita da Morte e passa a se chamar Morderôn.
O Combate chamado "As seis noites sem dia", onde Ecatron desaparece e o Reino dos Magos é dividido entre Reino dos Anões e Reino dos Humanos.
- Fundada a cidade da Ponte.
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
Boa Tarde... Obrigado por avisar. Peço desculpa mas realmente passou batido. Perdão. Irei corrigi-lo e tentar adapta-lo.
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
ANÁLISE DA ADAPTAÇÃO DE DRUIDA DAS PRADARIAS
Boa noite, tudo bem?
Segue abaixo algumas considerações feitas por: Élisson Machado "MrDwarf"
"...Passaram-se três longos dias desde que seu pai o deixara na Ilha da Morte, “Ecatron, meu pai, eu juro por todos os infernos que um dia, lhe matarei...” pensou o jovem garoto enquanto caminhava solitário pela margem da ilha, resignado com sua raiva, pois tudo o que ele esperara naquela noite era ser reconhecido como um filho e ter alguém a quem chamar de pai." - Perfeito. Nesse primeiro parágrafo, fica evidente que o personagem foi deixado lá, ao meu ponto de vista, injustamente. Pois ele não teve culpa de nascer um bastardo.
"...Mas no ano de 626, em uma festa anual onde ele atendia aos pedidos de seu povo, foi recebido com uma surpresa indesejável: Laureana. Com ela, um pequeno garoto esguio, de pele parda, agarrado em sua mão, mostrando toda a sua insegurança e ansiedade do momento poderia causar em uma criança." - Basicamente, achei que poderia ter uma vírgula onde está em vermelho.
"...- Rei Ecatron, senhor do Reino dos Magos, senhor entre homens e anões, venho até vós lhe pedir um único e humilde desejo de meu coração. Este garoto que lhe apresento como Morgdûn é fruto de nosso encontro."
- Aqui, simplesmente foi a troca do lugar da letra "R".
"...- ela para, respira, como se estivesse pensando nas palavras seguintes, então conclui: " - Só o que encontra-se em vermelho.
"...atônito olhando para aquela plebeia e para o jovem garoto, buscando algum traço seu no rosto daquele menino...". - Nesta parte coloquei vírgula onde eu acho que teria e sugeri uma pequena troca de palavra no fim da frase.
"...tentou concentrar-se apenas no som do mar..." - Apenas a falta da letra "R".
"...Seu coração disparou ao perceber as criaturas que lhe observavam. - Aqui nesta frase, tomei a liberdade de trocar de palavra novamente."
"...como se enormes pústulas se sobrepusessem uma sobre as outras, encaravam o jovem." - Colocação da vírgula onde eu acredito que poderia ter.
"...A criatura voltou a encará-lo e desta vez, com uma voz grave, porém com certa gentileza. Disse no idioma do Reino dos Magos: " - Só a pontuação.
"...- Porque a espada Morgdûn? Você chama por meu nome todos os dias clamando por sua vingança e quando eu respondo você me teme? " - Ponto de interrogação no início.
"...- Você agora é Morderôn, mestre dos mortos, manipulador de almas e corpos. Tenha a sua vingança e sirva-me quando eu exigir."[/i] - Substituição de letra.
"...Morderôn voltou a necrópole e todos os Favaros caíram de joelhos quando o viram. E naquela noite, todos os mortos levantaram-se para servi-lo."
- Uma pequena adaptação na frase.
CONCLUSÃO: Está ótima. Em todos os aspectos, me senti feliz por colaborar com a história. Essa adaptação, na minha opinião, está aprovada.
Boa noite, tudo bem?
Segue abaixo algumas considerações feitas por: Élisson Machado "MrDwarf"
"...Passaram-se três longos dias desde que seu pai o deixara na Ilha da Morte, “Ecatron, meu pai, eu juro por todos os infernos que um dia, lhe matarei...” pensou o jovem garoto enquanto caminhava solitário pela margem da ilha, resignado com sua raiva, pois tudo o que ele esperara naquela noite era ser reconhecido como um filho e ter alguém a quem chamar de pai." - Perfeito. Nesse primeiro parágrafo, fica evidente que o personagem foi deixado lá, ao meu ponto de vista, injustamente. Pois ele não teve culpa de nascer um bastardo.
"...Mas no ano de 626, em uma festa anual onde ele atendia aos pedidos de seu povo, foi recebido com uma surpresa indesejável: Laureana. Com ela, um pequeno garoto esguio, de pele parda, agarrado em sua mão, mostrando toda a sua insegurança e ansiedade do momento poderia causar em uma criança." - Basicamente, achei que poderia ter uma vírgula onde está em vermelho.
"...- Rei Ecatron, senhor do Reino dos Magos, senhor entre homens e anões, venho até vós lhe pedir um único e humilde desejo de meu coração. Este garoto que lhe apresento como Morgdûn é fruto de nosso encontro."
- Aqui, simplesmente foi a troca do lugar da letra "R".
"...- ela para, respira, como se estivesse pensando nas palavras seguintes, então conclui: " - Só o que encontra-se em vermelho.
"...atônito olhando para aquela plebeia e para o jovem garoto, buscando algum traço seu no rosto daquele menino...". - Nesta parte coloquei vírgula onde eu acho que teria e sugeri uma pequena troca de palavra no fim da frase.
"...tentou concentrar-se apenas no som do mar..." - Apenas a falta da letra "R".
"...Seu coração disparou ao perceber as criaturas que lhe observavam. - Aqui nesta frase, tomei a liberdade de trocar de palavra novamente."
"...como se enormes pústulas se sobrepusessem uma sobre as outras, encaravam o jovem." - Colocação da vírgula onde eu acredito que poderia ter.
"...A criatura voltou a encará-lo e desta vez, com uma voz grave, porém com certa gentileza. Disse no idioma do Reino dos Magos: " - Só a pontuação.
"...- Porque a espada Morgdûn? Você chama por meu nome todos os dias clamando por sua vingança e quando eu respondo você me teme? " - Ponto de interrogação no início.
"...- Você agora é Morderôn, mestre dos mortos, manipulador de almas e corpos. Tenha a sua vingança e sirva-me quando eu exigir."[/i] - Substituição de letra.
"...Morderôn voltou a necrópole e todos os Favaros caíram de joelhos quando o viram. E naquela noite, todos os mortos levantaram-se para servi-lo."
- Uma pequena adaptação na frase.
CONCLUSÃO: Está ótima. Em todos os aspectos, me senti feliz por colaborar com a história. Essa adaptação, na minha opinião, está aprovada.
Última edição por Élisson Machado em Ter Jan 09, 2018 9:11 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : ANÁLISE E CORREÇÕES NA ADAPTAÇÃO FEITA POR DRUIDA DAS PRADARIAS)
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
Que ótimo que gostou da adaptação. O que fiz foi manter a história, mas dar um ar mais sombrio ao final, para deixar o conto mais condizente com o clima do reino.
Ótimas observações, todas corrigidas
Parabéns pelo texto criativo, está aprovado.
Ótimas observações, todas corrigidas
Parabéns pelo texto criativo, está aprovado.
Última edição por druidadp em Ter Jan 09, 2018 10:19 pm, editado 1 vez(es)
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [EM VOTAÇÃO]
Claramente o clima da história ficou mais sombrio. A narrativa tornou-se enigmática, cautelosa, condutora e empolgante... A forma como foi descrita o menor dos detalhes que seja, enriqueceu ainda mais o ambiente caótico e macabro que é a ilha.
Parabéns
Enviado pelo Topic'it
Parabéns
Enviado pelo Topic'it
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
Boa noite, tudo bem?
Apenas oficializando meus comentários anteriores sobre a adaptação.
APROVO!
Apenas oficializando meus comentários anteriores sobre a adaptação.
APROVO!
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
Show... ficou muito bom.. tb gostei... tanto do texto original qto a adaptação que deixou mais condizente com o reino.
Aprovado e parabéns.
Aprovado e parabéns.
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
Texto mais encorpado, Trazendo ainda mais possibilidades de criação, e gancho para outras histórias paralelas. Curti
BordiniCamponês -
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Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
Bordini escreveu:Texto mais encorpado, Trazendo ainda mais possibilidades de criação, e gancho para outras histórias paralelas. Curti
Acaba sendo um complemento da história e mostrando um pouco quem eram o Favaros, apesar de deixar muita coisa oculta ali, deixando ainda muita coisa a ser explorada.
Re: OS ACOLHEDORES DA MORTE [APROVADO]
PROJETO APROVADO!
NECESSÁRIO PARA APROVAÇÃO: 50%
NÚMERO DE CONSELHEIRO NA VOTAÇÃO: 5
TOTAL DE VOTOS APROVADOS: 5 (100%)
TOTAL DE VOTOS REPROVADOS: 0
CONSELHEIROS COMPUTARAM OS VOTOS: Druidadp - Élisson - AzorHexx - Fininho - Bordini
CONSELHEIROS QUE NÃO COMPUTARAM OS VOTOS: TUK
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