Últimos assuntos
Os membros mais ativos da semana
Nenhum usuário |
Os membros mais ativos do mês
Nenhum usuário |
Quem está conectado?
Há 6 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 6 visitantes Nenhum
[ Ver toda a lista ]
O recorde de usuários online foi de 162 em Sáb Fev 26, 2011 7:45 am
Entrar
DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
+5
Carol
Fenmarel
Yulia
druidadp
petrafrey
9 participantes
Página 1 de 1
DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Bom, to achando o fórum meio parado sabe...
Ta todo mundo participando das promoções do site, e eu aqui, nem tchum pra elas mas agora nessa fase em que estamos, nem tem mais jeito, fora que meu tempo, pra variar, está indo de mau a pior.
Então resolvi colocar alguma discussão pra galera, que esteja, lógico, relacionada com essa parte do fórum, então chega de enrrolação e bora ao oque interessa!
[...]
Eu me lembro como se tivesse sido ontem, o dia que um garoto estava começando a narrar e criticou um comportamento dos mestres.
Ele disse que esse negócio de preparar aventura era coisa de roteirista, que a graça do RPG estava na espontaniedade, que deixar tudo pronto previamente acabava com a graça do negócio, já que os jogadores não estavam criando uma história, e sim vivendo uma que havia sido criada pelo mestre com antecedência.
Mas então eu pensei...
"Pocha, mas como jogar 100% no improviso? É importante que a história tenha começo, meio e fim, mesmo com muitas ideias, como é que eu vou colocar os jogadores numa DG cheia de armadilhas sem calcular se eles são ou não capazes de sair de lá com vida. Ou pior, eu fasso coisas que não representam desafio verdadeiro e eles acabam por não sairem satisfeitos..."
Pois é...o dilema de sempre.
Mas antes de sair falando tudo oque eu acho/penso, eu quero saber da opinião de vcs.
Oque vcs acham? Preparar aventuras é escrever um roteiro??? Improvisar é coisa de mestre preguiçoso??? E ai gente, oque vcs acham?
[...]
Só pra concluir esse tópico eu gostaria de dizer que a minha intenção aqui, é criar e inovar no RPG.
Existem inúmeros fóruns internacionais só sobre designe de RPG, outros cujas discussões sobre inúmeras coisas relacionadas ao hoby acabam por influenciar o mercado como um todo, e por ai vai...
Foi assim que eu pensei, "Porque aqui no Brasil não fazemos o mesmo?"
Pois é...estou fazendo.
OBS: Não conheço muito bem o Paragons, mas todos falam muito bem, porém... O paragons, apesar de possuir essas discussões, é muito focado no D&D (muito focado é bondade minha, ele é só D&D) e vai além disso, eles são muito influenciados pelo exterior, e não persebem que a metalidade deles é diferente da nossa, e não da pra comparar aquilo que eles gostam, com oque nós gostamos.
Quero ver a opinião/mentalidade nacional!
Ta todo mundo participando das promoções do site, e eu aqui, nem tchum pra elas mas agora nessa fase em que estamos, nem tem mais jeito, fora que meu tempo, pra variar, está indo de mau a pior.
Então resolvi colocar alguma discussão pra galera, que esteja, lógico, relacionada com essa parte do fórum, então chega de enrrolação e bora ao oque interessa!
[...]
Eu me lembro como se tivesse sido ontem, o dia que um garoto estava começando a narrar e criticou um comportamento dos mestres.
Ele disse que esse negócio de preparar aventura era coisa de roteirista, que a graça do RPG estava na espontaniedade, que deixar tudo pronto previamente acabava com a graça do negócio, já que os jogadores não estavam criando uma história, e sim vivendo uma que havia sido criada pelo mestre com antecedência.
Mas então eu pensei...
"Pocha, mas como jogar 100% no improviso? É importante que a história tenha começo, meio e fim, mesmo com muitas ideias, como é que eu vou colocar os jogadores numa DG cheia de armadilhas sem calcular se eles são ou não capazes de sair de lá com vida. Ou pior, eu fasso coisas que não representam desafio verdadeiro e eles acabam por não sairem satisfeitos..."
Pois é...o dilema de sempre.
Mas antes de sair falando tudo oque eu acho/penso, eu quero saber da opinião de vcs.
Oque vcs acham? Preparar aventuras é escrever um roteiro??? Improvisar é coisa de mestre preguiçoso??? E ai gente, oque vcs acham?
[...]
Só pra concluir esse tópico eu gostaria de dizer que a minha intenção aqui, é criar e inovar no RPG.
Existem inúmeros fóruns internacionais só sobre designe de RPG, outros cujas discussões sobre inúmeras coisas relacionadas ao hoby acabam por influenciar o mercado como um todo, e por ai vai...
Foi assim que eu pensei, "Porque aqui no Brasil não fazemos o mesmo?"
Pois é...estou fazendo.
OBS: Não conheço muito bem o Paragons, mas todos falam muito bem, porém... O paragons, apesar de possuir essas discussões, é muito focado no D&D (muito focado é bondade minha, ele é só D&D) e vai além disso, eles são muito influenciados pelo exterior, e não persebem que a metalidade deles é diferente da nossa, e não da pra comparar aquilo que eles gostam, com oque nós gostamos.
Quero ver a opinião/mentalidade nacional!
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Olá Carol, como sempre trazendo ótimos assuntos a nosso fórum. Vou lhe dar uma carteirinha de sócia... risos.
Bem... vamos ao que EU ACHO, que de longe é o certo ou o errado, se é que existe certo ou errado nesta questão.
Eu particularmente sempre preparo as aventuras (como no outro topico, se não me engano RPG e Arte) eu preparo até d+. Gosto de desenhar mapas, escrever as cartas a mão com letras diferentes, os pergaminhos, desenhar os itens encontados, etc (pelo menos era assim quando eu tinha tempo pra mestrar)... mas no final a aventura acaba sendo uma base, porque é quase inpossível os jogadores seguirem 100% a linha que você criou, então acho que RPG é um misto das duas formas... roteiro + improviso. Você cria uma linha, conhece bem a história para poder saber improvisar e permitir que os personagens façam o que eles quizerem....
Não dá pra permitir que os personagens façam tudo que eles possam fazer sem ter um prévio conhecimento de tudo que se passa a sua volta... já vi mestres fazendo isso e digo... fica sem nexo, sem sentido, atificial. Também não podemos engessar os jogadores e obrigarem eles a seguirem uma linha específica, como um roteiro de filme.... desta forma acho que o meste deve sim se preparar.... escrever, reler antes da aventura, organizar tópicos para que ele tenha total controle de tudo a volta dos personagens e permita que eles façam o que quizerem sabendo as consequências disso, umas vez que está preparado para a aventura....
E digo.... já cheguei a perder até 3 aventuras préviamente preparadas porque os jogadores simplesmente mudaram totalmente o rumo... fiquei triste, de forma alguma.... porque foi a melhor saga que já mestrei.
Mestre tem que ser um misto de roterista, contador de história, ator, mímico e improvisador....
Bem... vamos ao que EU ACHO, que de longe é o certo ou o errado, se é que existe certo ou errado nesta questão.
Eu particularmente sempre preparo as aventuras (como no outro topico, se não me engano RPG e Arte) eu preparo até d+. Gosto de desenhar mapas, escrever as cartas a mão com letras diferentes, os pergaminhos, desenhar os itens encontados, etc (pelo menos era assim quando eu tinha tempo pra mestrar)... mas no final a aventura acaba sendo uma base, porque é quase inpossível os jogadores seguirem 100% a linha que você criou, então acho que RPG é um misto das duas formas... roteiro + improviso. Você cria uma linha, conhece bem a história para poder saber improvisar e permitir que os personagens façam o que eles quizerem....
Não dá pra permitir que os personagens façam tudo que eles possam fazer sem ter um prévio conhecimento de tudo que se passa a sua volta... já vi mestres fazendo isso e digo... fica sem nexo, sem sentido, atificial. Também não podemos engessar os jogadores e obrigarem eles a seguirem uma linha específica, como um roteiro de filme.... desta forma acho que o meste deve sim se preparar.... escrever, reler antes da aventura, organizar tópicos para que ele tenha total controle de tudo a volta dos personagens e permita que eles façam o que quizerem sabendo as consequências disso, umas vez que está preparado para a aventura....
E digo.... já cheguei a perder até 3 aventuras préviamente preparadas porque os jogadores simplesmente mudaram totalmente o rumo... fiquei triste, de forma alguma.... porque foi a melhor saga que já mestrei.
Mestre tem que ser um misto de roterista, contador de história, ator, mímico e improvisador....
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Eu concordo com o Druida nesse ponto =]
Eu geralmente não tenho muito tempo para preparar, mas sempre crio um abase que seria legal de ser seguida. Quests opicionais, desdobramentos, personagens.. eu geralmente penso nisso antes para não ser pega desprevenida.
Mas também gosto muito de dar liberdade aos jogadores, como o Druida disse
E gosto desse livre arbítrio deles porque como jogadora sempre sofri em casos onde éramso simplesmente "engessados".
Um exemplo?
Um amigo meu escreveu um roteiro para Vampiro. Ele tinha papéis prontos (uns 8 ou 9 personagens disponíveis), entre os quais tinhamos de escolher um. Eu particularmente achei que seria legal porque evoluiria em algo engraçado ou complexo... De uma forma que aprenderíamos a adaptar os personagens montados a nós mesmos.
Mas não. Toda e qualquer ação no jogo era simplesmente direcionada para você agir de tal e tal jeito. Falar com tais e tais pessoas. TUDO estava preparado. Um passo fora e a narração era estragada por umas emendas horrorosas para voltar ao rumo que ele queria.
Não sei sobre os outros jogadores, mas eu particularmente detestei a experiência. Não fui capaz de explorar minha personagem (uma vigarista que adorava a vida e o sol.. ela nunca que ia querer ser vampira, então eu queria que ela pelo menos tentasse resistir um pouco, mas não: está fugindo e tropeça, a arma que sempre carregava com ela some no unico momento em que precisa dela, é obrigada a ficar com um cara pelo qual ela NUNCA se interessaria, vai fugir e carro capota.. Os vilões são onipresentes, oniscientes, videntes e mega inteligentes... esse tipo de coisa.), também acabei não gostando dela e a história não me atraiu, mas eu não tinha escolha porque estávamos jogando uma história e não um jogo interativo...
Sou meio contra o totalmente oposto também.. Pura improvisação corre o risco de levar a nada ou parecer simplesmente aleatório, além do que um enredo principal é algo legal de se ter também...
Eu como Mestre sempre me imagino mestrando um cenário e não uma história. Eu ter preparado coisas não significa que elas precisam ser seguidas, e aliás adoro ideias originais dos players, tanto é que guardo numa boa um material não utilizado.. quem sabe apareça outra oportunidade para eles hehe
Eu geralmente não tenho muito tempo para preparar, mas sempre crio um abase que seria legal de ser seguida. Quests opicionais, desdobramentos, personagens.. eu geralmente penso nisso antes para não ser pega desprevenida.
Mas também gosto muito de dar liberdade aos jogadores, como o Druida disse
druidadp escreveu:(...) e permita que eles façam o que quizerem sabendo as consequências disso, umas vez que está preparado para a aventura.... (...)
E gosto desse livre arbítrio deles porque como jogadora sempre sofri em casos onde éramso simplesmente "engessados".
Um exemplo?
Um amigo meu escreveu um roteiro para Vampiro. Ele tinha papéis prontos (uns 8 ou 9 personagens disponíveis), entre os quais tinhamos de escolher um. Eu particularmente achei que seria legal porque evoluiria em algo engraçado ou complexo... De uma forma que aprenderíamos a adaptar os personagens montados a nós mesmos.
Mas não. Toda e qualquer ação no jogo era simplesmente direcionada para você agir de tal e tal jeito. Falar com tais e tais pessoas. TUDO estava preparado. Um passo fora e a narração era estragada por umas emendas horrorosas para voltar ao rumo que ele queria.
Não sei sobre os outros jogadores, mas eu particularmente detestei a experiência. Não fui capaz de explorar minha personagem (uma vigarista que adorava a vida e o sol.. ela nunca que ia querer ser vampira, então eu queria que ela pelo menos tentasse resistir um pouco, mas não: está fugindo e tropeça, a arma que sempre carregava com ela some no unico momento em que precisa dela, é obrigada a ficar com um cara pelo qual ela NUNCA se interessaria, vai fugir e carro capota.. Os vilões são onipresentes, oniscientes, videntes e mega inteligentes... esse tipo de coisa.), também acabei não gostando dela e a história não me atraiu, mas eu não tinha escolha porque estávamos jogando uma história e não um jogo interativo...
Sou meio contra o totalmente oposto também.. Pura improvisação corre o risco de levar a nada ou parecer simplesmente aleatório, além do que um enredo principal é algo legal de se ter também...
Eu como Mestre sempre me imagino mestrando um cenário e não uma história. Eu ter preparado coisas não significa que elas precisam ser seguidas, e aliás adoro ideias originais dos players, tanto é que guardo numa boa um material não utilizado.. quem sabe apareça outra oportunidade para eles hehe
petrafreyHeroi -
Número de Mensagens : 728
Idade : 32
Localização : São Carlos - SP
Desde quando você joga RPG? : 2009
Reputação : 12
Pontos : 5826
Data de inscrição : 13/01/2011
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
kkk de tudo oque vc escreveu, a parte que bateu em cheio com a minha intenção nessa discussão foi:
Justamente, porque não há nem certo, nem errado.
Mas não custa nada recolher informações antes de sairmos por ai discutindo acaloradamente e/ou arremeçando cadeiras nos outros.
Bem... vamos ao que EU ACHO, que de longe é o certo ou o errado, se é que existe certo ou errado nesta questão.
Justamente, porque não há nem certo, nem errado.
Mas não custa nada recolher informações antes de sairmos por ai discutindo acaloradamente e/ou arremeçando cadeiras nos outros.
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
petrafrey escreveu:Eu como Mestre sempre me imagino mestrando um cenário e não uma história. Eu ter preparado coisas não significa que elas precisam ser seguidas, e aliás adoro ideias originais dos players, tanto é que guardo numa boa um material não utilizado.. quem sabe apareça outra oportunidade para eles hehe
Eu também adoro.... acho que RPG é isso... mestre e jogadores tem de se interar para construirem uma história juntos. A diversão do mestre (meu ponto de vista) é ver os jogadores se divertirem e criarem personagem com base, ver estes personagens fazerem história e moldarem o cenário a sua volta....
"Mestres que obrigam os jogadores a seguirem a risca o que ele escreveu devem virar escritores e não mestres"
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Essa é diferença fundamental entre jogar e ler, histórias de aventura.Druida escreveu:Mestres que obrigam os jogadores a seguirem a risca o que ele escreveu devem virar escritores e não mestres
Se a história é estática e linear, é um livro lido em grupo, através de pseudo-participações.
Se a história é dinâmica e variada, então é um livro criado em grupo, através de verdadeiras participações.
Embora, ambos sejam RPGs, pois, raios, RPG é Interpretar Personagens.
OU seja, é tudo uma questão de estilo. EU uso (usava) este estilo, participação/escolhas acima do improviso.
Improviso é a liberdade total sendo assimilada pelo Mestre.
Participação é a liberdade sob o bom senso da integração dos jogadores no contexto e vibe da partida.
Mas isso depende dos jogadores... existem os Powergamers e os narrativistas, entre outros muitos...
Assim!
Existem duas variáveis: Como participar e o Quê participar.
Hmm, acho que ficou meio vago.
O que quero dizer, é que para saber como o Mestre deveria mestrar, devemos saber sobre como os jogadores querem jogar.
Existem jogadores que querem apenas interpretar de leve um personagem e lutar e ganhar XP e ganhar itens. Esses não ligam muito para a falta de participação no que acontece no cenário.
Existem jogadores que simplesmente parecem terem nascido no cenário, e querem viver com viveriam se o ambiente fosse de verdade. Esses gostam da liberdade, mas quase sempre a usam com bom senso.
Então sobram os jogadores-zueiros, que gostam de um pouco de tudo, mas o importante é a liberdade completa, inconsequente. Eles jogam RPG pois podem fazer o que quiserem. Estes são mais complicados, especialmente quando acompanhados dos outros dois tipos...
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Bom, eu como sempre, gosto de responder tudo em partes ^^
Então bora lá...
DRUIDA
Pois é...eu também acho isso.
Na realidade, assim como vc, eu também preparo a aventura, não como um roteiro propriamente dito, mas apenas como algo para eu ter pronto para usar. Assim como vc disse... Escrevo as cartas, eu desenho mapas, essas coisas.
Também planejo com cuidado quem eles vão enfrentar na aventura, se eu errar os calculos, ou fica um desafío difícil demais, ou fácil e sem graça. Além disso, como todos vcs devem saber, gosto de colocar desafíos "criativos" aos jogadores, como eu poderia planejar isso em instantes antes da mesa começar?
PETRAFREY
Gostei do termo...engessados
E foi exatamente isso que fez com que aquele garoto que eu citei no início do tópico, pegasse raiva de aventura pronta. Por causa do tal "roteiro".
Ele estava cansado de jogar com um mestre que não deixava eles fazerem nada, se algo saisse dos planos, era exatamente como vc disse, os vilões eram onipresentes, onipotentes, ele ia fugir o carro acabava a gasolina, e todas essas coisas.
Eu já joguei com um mestre assim. Ele apenas tinha as ideias como um geral, mas não preparava as coisas que deveria. Chegava na hora de narrar, era possivel observar que ele desenhava a masmorra de forma aleatória.
Que ele escolhia oque a gente ia enfrentar de forma mais aleatória ainda. Toda a sessão a gente quase morria, SEMPRE!
Chegamos no 3º nívei e minha personagem, uma barbara, gastou o resto do dinheiro que tinha comprando kit de 1º socorros e colocando perícia nisso. Porque eu sempre continuava viva e só eu pra impedir que a galera morresse. Pode uma coisa dessas?
Cinnunt
Opa...termos novos, oque eles significam?
Isso faz todo o sentido do mundo. Mas nesse caso, acho que "Como os jogadores não se importam de jogar" cairia melhor. Porque existem jogadores que não ligam de seguir roteiro. Da mesma forma que existem jogadores que adoram narradores que só improvisam sem parar.
Mas, é basicamente isso oque vc disse mesmo. Esse perfil de jogador existe claramente, qualquer um consegue observar isso.
Inclusive, o tipo de jogador que mais me irrita quando eu sou jogadora também, é o inconsequente que não quer nada com nada. Eles sempre tentam me matar, coisa impressionante, jogar com eles me perseguindo acaba com a minha diversão.
Mas...isso é outra história.
[...]
CONTINUANDO...
É engraçado dizer isso, mas um dos mestres mais "roteiristas" q eu já conheci, ensinava a gente a ser roteirista como ele. Ele dizia que a técnica era fazer com que os jogadores não persebessem que ele os estava forçando a ir pra onde ele queria, SEMPRE.
Mas...todos os jogadores persebiam, e não só persebiam como reclamavam desse comportamento sempre, e sempre. E pra completar o pacote especial, eles ainda adoravam jogar com ele, idolatravam e ainda chegavam em mim assim "Ah porque fulano é o melhor mestre, porque ele é o melhor...porque vc precisa jogar na mesa dele, sensacional"
Acho isso um saco, com todo o respeito. Engolir outras pessoas dizendo pra vc que suas experiências são melhores que a sua já me deixou saturada.
Mas a grande questão é... Devemos então, sempre preparar uma aventura, para que os jogadores não fiquem ao relento, porém, em compensação, deixar que ela abra espaço para eles serem livres?
Esse é o meio termo ideial? Capaz de agradar a gregos e troianos?
Então bora lá...
DRUIDA
Mestre tem que ser um misto de roterista, contador de história, ator, mímico e improvisador....
Pois é...eu também acho isso.
Na realidade, assim como vc, eu também preparo a aventura, não como um roteiro propriamente dito, mas apenas como algo para eu ter pronto para usar. Assim como vc disse... Escrevo as cartas, eu desenho mapas, essas coisas.
Também planejo com cuidado quem eles vão enfrentar na aventura, se eu errar os calculos, ou fica um desafío difícil demais, ou fácil e sem graça. Além disso, como todos vcs devem saber, gosto de colocar desafíos "criativos" aos jogadores, como eu poderia planejar isso em instantes antes da mesa começar?
PETRAFREY
E gosto desse livre arbítrio deles porque como jogadora sempre sofri em casos onde éramso simplesmente "engessados".
Gostei do termo...engessados
E foi exatamente isso que fez com que aquele garoto que eu citei no início do tópico, pegasse raiva de aventura pronta. Por causa do tal "roteiro".
Ele estava cansado de jogar com um mestre que não deixava eles fazerem nada, se algo saisse dos planos, era exatamente como vc disse, os vilões eram onipresentes, onipotentes, ele ia fugir o carro acabava a gasolina, e todas essas coisas.
Sou meio contra o totalmente oposto também.. Pura improvisação corre o risco de levar a nada ou parecer simplesmente aleatório, além do que um enredo principal é algo legal de se ter também...
Eu já joguei com um mestre assim. Ele apenas tinha as ideias como um geral, mas não preparava as coisas que deveria. Chegava na hora de narrar, era possivel observar que ele desenhava a masmorra de forma aleatória.
Que ele escolhia oque a gente ia enfrentar de forma mais aleatória ainda. Toda a sessão a gente quase morria, SEMPRE!
Chegamos no 3º nívei e minha personagem, uma barbara, gastou o resto do dinheiro que tinha comprando kit de 1º socorros e colocando perícia nisso. Porque eu sempre continuava viva e só eu pra impedir que a galera morresse. Pode uma coisa dessas?
Cinnunt
existem os Powergamers e os narrativistas, entre outros muitos...
Opa...termos novos, oque eles significam?
O que quero dizer, é que para saber como o Mestre deveria mestrar, devemos saber sobre como os jogadores querem jogar.
Isso faz todo o sentido do mundo. Mas nesse caso, acho que "Como os jogadores não se importam de jogar" cairia melhor. Porque existem jogadores que não ligam de seguir roteiro. Da mesma forma que existem jogadores que adoram narradores que só improvisam sem parar.
Mas, é basicamente isso oque vc disse mesmo. Esse perfil de jogador existe claramente, qualquer um consegue observar isso.
Inclusive, o tipo de jogador que mais me irrita quando eu sou jogadora também, é o inconsequente que não quer nada com nada. Eles sempre tentam me matar, coisa impressionante, jogar com eles me perseguindo acaba com a minha diversão.
Mas...isso é outra história.
[...]
CONTINUANDO...
É engraçado dizer isso, mas um dos mestres mais "roteiristas" q eu já conheci, ensinava a gente a ser roteirista como ele. Ele dizia que a técnica era fazer com que os jogadores não persebessem que ele os estava forçando a ir pra onde ele queria, SEMPRE.
Mas...todos os jogadores persebiam, e não só persebiam como reclamavam desse comportamento sempre, e sempre. E pra completar o pacote especial, eles ainda adoravam jogar com ele, idolatravam e ainda chegavam em mim assim "Ah porque fulano é o melhor mestre, porque ele é o melhor...porque vc precisa jogar na mesa dele, sensacional"
Acho isso um saco, com todo o respeito. Engolir outras pessoas dizendo pra vc que suas experiências são melhores que a sua já me deixou saturada.
Mas a grande questão é... Devemos então, sempre preparar uma aventura, para que os jogadores não fiquem ao relento, porém, em compensação, deixar que ela abra espaço para eles serem livres?
Esse é o meio termo ideial? Capaz de agradar a gregos e troianos?
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Carol escreveu:Cinnuntexistem os Powergamers e os narrativistas, entre outros muitos...
Opa...termos novos, oque eles significam?
Powergamers é o jogador que só quer acumular poder, quer ver seu personagem ser foda e matar o tarrasque.
narrativistas são jogadores que se preocupam com a história do personagem e com o envolvimento do mesmo com o cenário a sua volta e a aventura.
Correto Cinnunt?
Carol escreveu:Mas a grande questão é... Devemos então, sempre preparar uma aventura, para que os jogadores não fiquem ao relento, porém, em compensação, deixar que ela abra espaço para eles serem livres?
Esse é o meio termo ideial? Capaz de agradar a gregos e troianos?
Como eu disse no primeiro POST acho que não existe um certo e sim o que é divertido para mestre e jogadores. Eu particularmente gosto de criar a histórias mas porder alterá-la conforme o andar dos jogadores.... gosto que os jogadores sejam participativos e me ajudem a desenvolver a história.
O correto é aquilo que faz JOGADORES e MESTRES felizes.
Se o cara do seu exemplo fazia os jogadores deles felizes, perfeito, ele era um ótimo mestre para aquele tipo de jogador, mas não para você que tinha a opnião de jogo diferente da deles.
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Certinho!
Narrativistas são os jogadores que gostam de narração e interação positiva à história, não somente os que jogam Storyteller/Storytelling (embora muitos dos que conheci dessa classe, jogassem WoD... hehe)
Powergammers gostam de pontos altos, combos de talentos, equipamentos apelões e sanguinolência, e completar a "Libertação de Valkária"
---
É, realmente o negócio do Mestre é saber balancear isso.
Se bem que a questão de ter um estilo é o mesmo porém dos Sistemas.
Porquê existem tantos sistemas por aí? ainda mais agora com a Indie Wave
Porque eles representam os focos das regras para cada tipo de mestre, jogador e cenário.
Eu não gosto do GURPS por ele querer ser tão genérico, que não sobra espaço pra ter um cenário próprio, como o WoD tem o lado sombrio, o D&D tem as dungeons e aquele Cthulu tem o terror.
Ops, perdi o fio da meada com o ultimo cliente.
Mais tarde tento retomar meu raciocínio.
Narrativistas são os jogadores que gostam de narração e interação positiva à história, não somente os que jogam Storyteller/Storytelling (embora muitos dos que conheci dessa classe, jogassem WoD... hehe)
Powergammers gostam de pontos altos, combos de talentos, equipamentos apelões e sanguinolência, e completar a "Libertação de Valkária"
---
É, realmente o negócio do Mestre é saber balancear isso.
Se bem que a questão de ter um estilo é o mesmo porém dos Sistemas.
Porquê existem tantos sistemas por aí? ainda mais agora com a Indie Wave
Porque eles representam os focos das regras para cada tipo de mestre, jogador e cenário.
Eu não gosto do GURPS por ele querer ser tão genérico, que não sobra espaço pra ter um cenário próprio, como o WoD tem o lado sombrio, o D&D tem as dungeons e aquele Cthulu tem o terror.
Ops, perdi o fio da meada com o ultimo cliente.
Mais tarde tento retomar meu raciocínio.
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Nossa... muito boa a discussão, muito legal mesmo...
Acho que preciso mostrá-la para alguns jogadores e mestres que conheço hehehe
Acho que preciso mostrá-la para alguns jogadores e mestres que conheço hehehe
YuliaAventureiro N. 3 -
Número de Mensagens : 224
Idade : 27
Localização : SP
Desde quando você joga RPG? : 2010
Reputação : 2
Pontos : 5208
Data de inscrição : 03/04/2011
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Antes de mais nada: Não, não consegui retomar a idéia incrível que tinha, ao escrever o post anterior, mas tudo bem, uma hora ela volta...
Mas, como assunto extra, e quanto à criação de mapas/tabuleiros?
O Mestre prepara o mapa do castelo, andar por andar, só pra na hora do jogo, o esperto ladino conseguir 20 em Escalar/Infiltrar e entrar direto no quarto do príncipe-vilão e matar o coitado apenas com a tropa de defesa daquele andar e depois sair vazado pela janela.
Nunca criei mapas/dungeons nas minhas mestragens. Ou usava prontas ou deixava as coisas "in clouds".
Essa é uma coisa que acho ter uma boa facilidade.
Por exemplo, os jogadores estão numa clareira na floresta, quando rola um encontro de combate. Eu não bolo o ambiente, apenas vou levando, tenho apenas a noção de como seria uma clareira de 25x30metros, com uma rocha grande, com pouco musgo, no meio da floresta antiga.
EDIT: Vou aproveitar o EDIT pra adicionar umas coisinhas...
Agora que vi que neste tópico dá pra editar, não é uma Quest...
Me lembrei de quando jogava nesse fórum. Não havia um Mestre nem um Sistema. Apenas liberdade, mas ninguém aparecia narrando feitos maiores que a média pra ganhar coisas extras. O moderador eram os próprios jogadores.
Ganhei níveis (usados para aprender magias e usar armas melhores) e moedas, uma arma numa quest, onde havia a possibilidade de eu continuar usando (um estilingue ou bumerange, não lembro) depois de ter roubado um de um inimigo. E as coisas iam fluindo. Muito bacana.
Fiquei uns 2 meses, depois parei e então voltei para mais uns 4 meses, até que o evento do cenário, uma aliança que culminou numa guerra perdida, acabou e os donos anunciaram o fim do fórum, na verdade um Hiatus, mas nunca mais voltaram.
Vou pesquisar esse fórum denovo, acho que era Elements-alguma-coisa.
Mas isso se encaixa no nosso assunto, pois era tudo o completo Improviso, embora todos os participantes estivessem na mesma Vibe e eram todos Narrativistas (alguns Multiclasses... hehe). Assim, confirmo o que digo:
Mas, como assunto extra, e quanto à criação de mapas/tabuleiros?
O Mestre prepara o mapa do castelo, andar por andar, só pra na hora do jogo, o esperto ladino conseguir 20 em Escalar/Infiltrar e entrar direto no quarto do príncipe-vilão e matar o coitado apenas com a tropa de defesa daquele andar e depois sair vazado pela janela.
Nunca criei mapas/dungeons nas minhas mestragens. Ou usava prontas ou deixava as coisas "in clouds".
Essa é uma coisa que acho ter uma boa facilidade.
Por exemplo, os jogadores estão numa clareira na floresta, quando rola um encontro de combate. Eu não bolo o ambiente, apenas vou levando, tenho apenas a noção de como seria uma clareira de 25x30metros, com uma rocha grande, com pouco musgo, no meio da floresta antiga.
EDIT: Vou aproveitar o EDIT pra adicionar umas coisinhas...
Agora que vi que neste tópico dá pra editar, não é uma Quest...
Minha melhor experiência como Jogador foi num fórum de RPG (mas descrito apenas como Roleplaying), da série Zelda. Não havia sistema, nem pontos, nem Mestre, apenas o objetivo de ir criando a história. Alias, vou postar sobre isso noutro tópico, é.
Me lembrei de quando jogava nesse fórum. Não havia um Mestre nem um Sistema. Apenas liberdade, mas ninguém aparecia narrando feitos maiores que a média pra ganhar coisas extras. O moderador eram os próprios jogadores.
Ganhei níveis (usados para aprender magias e usar armas melhores) e moedas, uma arma numa quest, onde havia a possibilidade de eu continuar usando (um estilingue ou bumerange, não lembro) depois de ter roubado um de um inimigo. E as coisas iam fluindo. Muito bacana.
Fiquei uns 2 meses, depois parei e então voltei para mais uns 4 meses, até que o evento do cenário, uma aliança que culminou numa guerra perdida, acabou e os donos anunciaram o fim do fórum, na verdade um Hiatus, mas nunca mais voltaram.
Vou pesquisar esse fórum denovo, acho que era Elements-alguma-coisa.
Mas isso se encaixa no nosso assunto, pois era tudo o completo Improviso, embora todos os participantes estivessem na mesma Vibe e eram todos Narrativistas (alguns Multiclasses... hehe). Assim, confirmo o que digo:
O progresso e diversão de uma Campanha depende da Harmonia das Vibes dos jogadores, mestre e personagens.
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Boa noite amigos caóticos (vou começar igual faço no meu blog)! Então, estamos em uma discussão a respeito de formas narrativas? Que interessante!
Carol, você sempre tem umas idéias que movimentam o forum, parabéns!
Pra começar acho que devemos fazer distinção entre as formas de "dirigir" um jogo. Mas por que raios alguém usa o termo "dirigir" para um jogo de RPG??? Simples. Se o mestre tem um objetivo, uma direção, para o qual os personagens colaborarão, então ele os está dirigindo ou direcionando.
Forma Narrativa: O mestre narra os eventos, os personagens descrevem suas impressões e reações, e o mestre descreve a cena com as ações dos personagens e seus resultados.
Deixem opiniões e depois eu prossigo com a discussão (por que agora preciso ir dormir que daqui a pouco tenho que dar aula [acordo 5h hoje]).
Abração.
Carol, você sempre tem umas idéias que movimentam o forum, parabéns!
Pra começar acho que devemos fazer distinção entre as formas de "dirigir" um jogo. Mas por que raios alguém usa o termo "dirigir" para um jogo de RPG??? Simples. Se o mestre tem um objetivo, uma direção, para o qual os personagens colaborarão, então ele os está dirigindo ou direcionando.
Forma Narrativa: O mestre narra os eventos, os personagens descrevem suas impressões e reações, e o mestre descreve a cena com as ações dos personagens e seus resultados.
Forma Interpretativa: O mestre descreve a situação e interpreta eventuais personagens na cena, os jogadores descrevem as ações de seus personagens e impressões, o mestre atua junto aos jogadores para criar o ambiente.Exemplo:
O jogador 1 interpreta John, um vendedor, o jogador 2 interpreta Caius, um segurança do shopping, e o jogador 3 interpreta Alexia, que é guia em uma agência de viagens.
GM - "A cidade parece especialmente agitada nessa manhã. Carros cruzam as avenidas em alta velocidade, pessoas chamam taxis e reclamam da vida por todos os lados. Em meio ao caos urbano, vocês caminham entre a multidão, aquecendo seus dedos esfregando-os contra seus casacos. Os três estão indo para o trabalho com o horário apertado, como de costume, quando se deparam com um mendigo maltrapilho. Ele aparenta por volta dos 60 anos, sua barba é longa e a pele queimada pelo sol. Faltam-lhe alguns dentes e sua expressão é de uma dor agonizante. Ele tem nas mãos uma pequena caixa de sapatos, na qual é possível ver algumas moedas de um quarto de dólar. Com uma voz grave e enrolada, ele implora por ajuda, uns centavos, qualquer coisa para saciar sua fome. E põe as mãos sobre a barriga (faz um gesto para os jogadores, indicando que é a vez deles)."
John - "Eu procuro em meu bolso por alguma moeda ou uma nota de um dólar."
Caius - "Enquanto ele procura eu vou olhar em volta para averiguar se não há alguém de olho em John, esperando para roubá-lo. Não é bom mexer em valores nesse horário."
Alexia - "Eu ignoro o homem e continuo. Quando estiver um pouco a frente me viro e pergunto se vão ficar ali... Já estamos em cima da hora."
GM - "Caius, teste sua Percepção."
Caius - (rolando o dado e obtendo um 19)
GM - "Caius percebe que há muitas pessoas, e uma delas parece observar John muito atentamente. É um garoto, por volta dos 16 anos e esta a cerca de 5 metros. Ele se inclina, como se estivesse prestes a correr, em direção ao John..."
Forma Analítica: Cada jogador questiona o Mestre sobre suas impressões a cada momento e este se limita a descrever quando é questionado. Cada um atua com seu personagem quando se faz necessário e o Mestre atua com monstros e personagens sem necessariamente descrevê-los, apenas quando solicitado.Exemplo:
O jogador 1 interpreta John, um vendedor, o jogador 2 interpreta Caius, um segurança do shopping, e o jogador 3 interpreta Alexia, que é guia em uma agência de viagens.
GM - "A cidade está agitada agitada esta manhã. Tem carros em alta velocidade por todos os lados e vocês ouvem pessoas reclamando. Está frio e vocês caminham entre a multidão, esfregando os dedos em seus casacos para se esquentarem. Os três estão indo para o trabalho com o horário apertado, como de costume, quando...
(GM fazendo uma cara de dor e pegando uma caixa de sapatos com algumas moedas dentro) - Pufavô amigos, ajude eu, ajude... me dá uma moeda, um pãozinho, qualqué coisa!
É um mendigo maltrapilho, deve ter por volta dos 60 anos, com uma barba longa e a pele queimada pelo sol. Faltam-lhe alguns dentes.
(O GM faz uma expressão de dor e põe as mãos sobre a barriga) - Pufavô..."
John - "Eu procuro em meu bolso por alguma moeda ou uma nota de um dólar."
GM - "Certo, você encontra um dólar e uma moeda de 50 centavos."
Caius - "Vou olhar em volta para averiguar se não há alguém de olho em John, esperando para roubá-lo. Não é bom mexer em valores nesse horário."
GM - "Faça um teste de percepção, Caius."
Caius - (rolando o dado e obtendo um 19)
GM - "Você percebe que há muitas pessoas, mas uma delas parece observar John muito atentamente. É um garoto, está bem próximo, e parece prestes a correr em direção ao John!"
Alexia - "Eu ignoro o homem e continuo. Quando estiver um pouco a frente me viro e pergunto se vão ficar ali... Já estamos em cima da hora."
Outro ponto importante é o questionamento: Qual o foco narrativo? São os personagens ou é a história?Exemplo:
O jogador 1 interpreta John, um vendedor, o jogador 2 interpreta Caius, um segurança do shopping, e o jogador 3 interpreta Alexia, que é guia em uma agência de viagens.
GM - "São 6 horas da manhã e está frio. Vocês estão indo para o trabalho, juntos, como de costume. Há muito movimento e pessoas reclamado de todos os lados."
John - "Como estou vestido?"
GM - "Todos vocês usam roupas de inverno, o que inclui um casaco e calças grossas."
John - "Ah! Ainda bem que estou com meu casaco."
Alexia - "É mesmo. Vou colocar as mãos nos bolsos pra me aquecer."
Caius - "Eu fico de olho nas pessoas. Esse movimento todo é normal?"
GM - (olhando para Caius) "Há mais pessoas que de costume nas ruas, talvez tenha algum evento hoje. (dirigindo-se a todos) Vocês cruzam mais algumas ruas e vêem um mendigo maltrapilho com um caixa na mão. Ele olha para vocês enquanto se aproximam e diz: Pufavô amigos, ajude eu, ajude... me dá uma moeda, um pãozinho, qualqué coisa!"
John - "Ele deve tá com frio..."
Alexia - "Tem mendigos por toda cidade, eu é que não vou parar. Vou olhar meu relógio. Que horas a gente entra no trabalho?"
GM - "Boa idéia Alexia, você percebe que já estão em cima da hora."
Alexia - "Eu sigo reto! Depois eu me viro pra eles... Ô pessoal, (apontando o relógio de pulso) olha a hora, vamos chegar tarde hein!"
John - "Eu vou ver se tenho umas moedas."
Caius - "Esses mendigos de cidade grande não me passam confiança, deve ter algum plano aí. Vou ficar de olho em volta, meu papel é proteger vocês, hehehe."
GM - "John, você tem uma nota de 1 dólar e uma moeda de 50 centavos no bolso. Caius, faça um teste de Percepção."
Caius - (rolando os dados e obtendo um 19)
GM - "Parece que você tinha razão. Tem um garoto que não para de olhar pro John e pelo jeito está prestes a correr na direção dele..."
Deixem opiniões e depois eu prossigo com a discussão (por que agora preciso ir dormir que daqui a pouco tenho que dar aula [acordo 5h hoje]).
Abração.
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Gente, oque eu fasso com essas respostas colossais se não abrir duas páginas no tópico? Uma pra ir lendo, a outra pra ir escrevendo as respostas
CINNUNT
Bom...um comentário particular.
Mesmo existindo de fato, narrativistas, e powergamers, é possivel uma mistura dos dois, certo?
Admito que apesar de ser narrativista em essência, sou powergamer, uso e abuso do sistema para o meu favor, e adoro ver o personagem dar lv up... Ou é o contrário? minha essência é powergamer e... Enfim, deu pra entender né gente?
[...]
FENMAREL
hun...deixe-me ver se eu entendi bem...
São as opções:
Forma narrativa
Forma interpretativa
Forma analítica
São bons padrões...gostei!
Pois é...
Essa é uma discussão excelente, qual é o foco? Boa pergunta...
Eu vou dizer oque eu sou como narradora, ok?
Sou muito mista, eu revezo muito essas 3 características, mas como um todo, sou sem dúvida interpretativa! Quase sempre.
Quanto ao foco ser a história ou os jogadores, eu sempre achei que mesclava tudo, até perseber que na verdade, meu foco são sempre os jogadores. Pelo menos o meu. Eu valorizo 100% a opinião deles, e sempre fasso de tudo para sua diversão. Então, focar nos personagens é, pelo menos pra mim, uma ótima alternativa de deixa-los contentes.
Eu foco tanto nos jogadores, que crio o mundo baseado nas ideias que eles me dão.
Como assim?
Eu deixo eles livres para fazerem (ou até mesmo deixarem de fazer) seus prelúdios, como o mundo não tivesse limites, e baseado nesses prelúdios crio o mundo.
Dessa forma, é possivel que os personagens criem raças novas na sua imaginação, criem eles mesmos os nomes das cidades, das pessoas, e até mesmo oque eles são para esse lugar.
[...]
Bom, minha opinião foi dada, basta saber a do pessoal.
CINNUNT
Bom...um comentário particular.
Mesmo existindo de fato, narrativistas, e powergamers, é possivel uma mistura dos dois, certo?
Admito que apesar de ser narrativista em essência, sou powergamer, uso e abuso do sistema para o meu favor, e adoro ver o personagem dar lv up... Ou é o contrário? minha essência é powergamer e... Enfim, deu pra entender né gente?
[...]
FENMAREL
hun...deixe-me ver se eu entendi bem...
São as opções:
Forma narrativa
Forma interpretativa
Forma analítica
São bons padrões...gostei!
Outro ponto importante é o questionamento: Qual o foco narrativo? São os personagens ou é a história?
Pois é...
Essa é uma discussão excelente, qual é o foco? Boa pergunta...
Eu vou dizer oque eu sou como narradora, ok?
Sou muito mista, eu revezo muito essas 3 características, mas como um todo, sou sem dúvida interpretativa! Quase sempre.
Quanto ao foco ser a história ou os jogadores, eu sempre achei que mesclava tudo, até perseber que na verdade, meu foco são sempre os jogadores. Pelo menos o meu. Eu valorizo 100% a opinião deles, e sempre fasso de tudo para sua diversão. Então, focar nos personagens é, pelo menos pra mim, uma ótima alternativa de deixa-los contentes.
Eu foco tanto nos jogadores, que crio o mundo baseado nas ideias que eles me dão.
Como assim?
Eu deixo eles livres para fazerem (ou até mesmo deixarem de fazer) seus prelúdios, como o mundo não tivesse limites, e baseado nesses prelúdios crio o mundo.
Dessa forma, é possivel que os personagens criem raças novas na sua imaginação, criem eles mesmos os nomes das cidades, das pessoas, e até mesmo oque eles são para esse lugar.
[...]
Bom, minha opinião foi dada, basta saber a do pessoal.
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Creio que um bom roteiro gera uma boa história porém não é possível segui-lo 100%(mesmo que fosse possível,isto tornaria o jogo linear),pois durante uma seção ocorrem coisas inesperadas.Alguns Mestres tem tanta criatividade e genialidade que conseguem criar maravilhosas aventuras do nada e não podemos nos esquecer que o foco principal do jogo é a diversão dos jogadores.
ArautoSoturnoCamponês -
Número de Mensagens : 26
Idade : 41
Localização : Mauá-SP
Humor : Oscilante
Desde quando você joga RPG? : Desde 1999
Reputação : 0
Pontos : 5069
Data de inscrição : 16/02/2011
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Bom...já faz um tempo desde que eu postei aqui pela ultima vez, e eu meio que estava esperando a resposta do Fenmarel, mas acho que ele também devia estar esperando mais pessoas do fórum responderem a questão que a gente fez...
Para quem não imagina, eu pretendo discutir bastante no fórum, para só depois, utilizar tudo oque eu aprendi aqui para escrever mais artigos. Pelo menos é assim que alguns foruns internacionais funcionam, e isso tem dado muito certo e produzido muito bem.
O jeito é esperar mais um pouquinho... Mais tarde eu considero "tópico fechado", adiciono ao meu HD interno pessoal as informações daqui, e vejo oque posso fazer com elas.
Para quem não imagina, eu pretendo discutir bastante no fórum, para só depois, utilizar tudo oque eu aprendi aqui para escrever mais artigos. Pelo menos é assim que alguns foruns internacionais funcionam, e isso tem dado muito certo e produzido muito bem.
O jeito é esperar mais um pouquinho... Mais tarde eu considero "tópico fechado", adiciono ao meu HD interno pessoal as informações daqui, e vejo oque posso fazer com elas.
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Carol escreveu:Mesmo existindo de fato, narrativistas, e powergamers, é possivel uma mistura dos dois, certo?
Admito que apesar de ser narrativista em essência, sou powergamer, uso e abuso do sistema para o meu favor, e adoro ver o personagem dar lv up... Ou é o contrário? minha essência é powergamer e... Enfim, deu pra entender né gente?
É sim, existem as variantes híbridas!
Eu mesmo sou um tipo estranho: gosto da narração e interpretação, tanto a certo ponto que começo a ver como meu personagem veria a situação de sua própria evolução:
"ok, aprendi muitas coisas depois dessa masmorra (1000XP) e agora, o que devo fazer? Será que só porque sou um Guerreiro devo manusear melhor minha arma (Maestria em Arma) depois disso? Não, acho que aprendi a amedrontar os oponentes (Aura de Terror), pois não é qualquer um que desmaia um Ogre com concentração mental/espiritual (Acerto Crítico)"
Tipo assim.
Tinha visto sobre os tipos de jogadores num livro do D&D, acho que do famigerado 4ed... Da quarta edição, gosto das tabelinhas, são bonitas...
[[Topic Necromancer]]
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Quando escreve um poema, o poeta primeiro sente a inspiração, e esta desencandeia toda a serie de imagens, palavras, emoções que o leva a passar para o papel seus sentimentos em relação a algo. No inicio, a composiçao,frequentemente, e pobre e necessita de adendos. No entanto, como subita fagulha em um vulcão, que expele o seu conteudo com furia, assim, no mais das vezes, é o narrador habilidoso, num misto de prosa exaltada e inspiraçao geniosa. imaginem se, na epoca em que fora narrada, a Ilíada tivesse de ser escrita e reinventada! Nossa! que trabalhão. Portanto a arte de contar estorias, esta, repito, nobre oficio, deve haver a mistura de ambos, a saber: improviso e planejamento. Numa estoria ja conhecida, não faz sentido improvisar (ela perde o encanto). Se os jogadores nao conhecem a estoria, a surpresa em cada cena -planejada ou nao- independe da criatividade do narrador
MilkShakespareSoldado -
Número de Mensagens : 336
Idade : 37
Localização : Aqui mesmo.
Humor : Líquido
Desde quando você joga RPG? : Desde o primeiro dia.
Reputação : 9
Pontos : 5117
Data de inscrição : 01/12/2011
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Nusssssss
Não sei se peguei o que vc disse, mas parece bem profundo!
Dig deeeeeeeeper!
Não sei se peguei o que vc disse, mas parece bem profundo!
Dig deeeeeeeeper!
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
E que eu discorro assim mesmo cara. Sou um exclusivista-idealista. o planejamento é um improviso. e enquanto improvisa sua mente ja planeja o passo seguinte, nao é?
MilkShakespareSoldado -
Número de Mensagens : 336
Idade : 37
Localização : Aqui mesmo.
Humor : Líquido
Desde quando você joga RPG? : Desde o primeiro dia.
Reputação : 9
Pontos : 5117
Data de inscrição : 01/12/2011
Re: DISCUSSÃO: Roteiro vs improviso
Acho q o mestre deve saber lidar com as duas situações, pois um jogo focado em uma história é chato pois não sai daquilo, mas se for totalmente improvisado, as vezes perde a chance de se preparar um grande evento para apimentar a história. O essencial acho q é vc fazer não uma história, mas separar em pontos principais e na sequencia q devem ocorrer. Vc instrui seus personagens a como chegar lá, mas como eles vão chegar, deixa eles decidirem. E se quiserem mudar alguma coisa, cabe ao mestre decidir se pretende ou não, pois quem manda afinal é o mestre, mas os personagens também devem ter importância nas decisões de seu personagem, essa é a graça do RPG. Não deixe os PCs se desviarem de mais da histórias, mas deixe eles se sentirem livres também, para que a própria sessão renda mais e fique mais divertida.
MurdherousCamponês -
Número de Mensagens : 5
Idade : 28
Localização : Salto
Desde quando você joga RPG? : Faz uns 3 anos já, desde 2009, entre 2009 e 2010
Reputação : 0
Pontos : 4532
Data de inscrição : 03/07/2012
Tópicos semelhantes
» Discussão:: Projeto novo sistema.
» Biocyberdrama roteiro de Edgar Franco ilustrado por Mozart Couto
» Biocyberdrama roteiro de Edgar Franco ilustrado por Mozart Couto
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Ter Set 21, 2021 9:33 pm por draculino
» ANÕES DA SUPERFICIE
Qui maio 06, 2021 10:08 pm por druidadp
» Armadura de Combate - Golias z36
Qui Fev 18, 2021 3:48 pm por druidadp
» AVENTURA 04 - Eu, Golem - Parte 2
Seg Fev 08, 2021 9:26 pm por druidadp
» Sou novo no Fórum
Sex Jan 08, 2021 8:12 pm por druidadp
» Pontos de ação em Magia - Machados e Martelos
Sex Jan 08, 2021 8:11 pm por druidadp
» MESA DE ARTISTAS
Sáb Jan 02, 2021 6:30 pm por druidadp
» MESAS DE JOGOS
Sáb Jan 02, 2021 6:04 pm por druidadp
» PODCAST
Sáb Jan 02, 2021 5:21 pm por druidadp
» MESA DE ARTISTAS
Sáb Jan 02, 2021 5:01 pm por druidadp
» JOGOS INDIE
Sáb Jan 02, 2021 4:35 pm por druidadp
» AVENTURA 04 - Eu, Golem - Parte 1
Dom Dez 20, 2020 7:24 pm por druidadp
» Criaturas Planares
Sex Dez 11, 2020 10:29 am por druidadp