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INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
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INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Bom, vamos do princípio.
Eu sugeri para a moderação deste fórum uma parte dedicada aos narradores como um todo, e não simplesmente coisas relacionadas a sistemas e/ou cenários.
Um lugar onde os narradores pudessem discutir tudo oque fosse possivel, criação de histórias, ambientação, condução de campanha, e todas aquelas coisas referêntes ao RPG.
Mas minha intenção com esse tópico não é apenas produzir artigos para narradores, porque esses existem aos montes por ai em outros Blogs/sites do gênero. Eu queria na verdade produzir coisas destinadas ao público RPGístico mais deixado de lado, os jogadores intermediarios e experientes.
Quem aqui já não se cansou de ler atigos sobre: "Como criar um vilão?" ou até mesmo "Como conduzir uma campanha com começo/meio/fim?"
Isso já está batido, são muitos os artigos falando sobre as mesmas coisas, coisas essas que podem ser encontradas nos próprios livros de RPG. A maioria das pessoas que escreve, não faz nada além de sintetizar tudo oque já leu, mas e aquilo que eles criaram? E aquilo que eles mesmo desenvolveram com base na sua experiência vivida ao longo de muitos jogos? Isso raramente aparece...
Talvez porque muitos jogadores/narradores possuem um certo ciúmes do seu sucesso, talvez porque eles não saibam se expressão e não consigam transmitir em palavras aquilo que aprenderam, ou qualquer coisa assim.
O importante é que já está na hora de mudar isso, e eu tenho certeza de que muita gente também estava a procura de coisas assim. Pra quem não sabe, lá fora (USA, Europa) fóruns do gênero existem aos montes. Poderiamos simplesmente importar tudo oque eles fazem lá como já estamos importando faz tempo, ou podemos criar um pouco de vergonha na cara e andar com as próprias pernas.
Então chega de enrolação, e vamos logo ao oque interessa!
[...]
Era uma vez um momento na história do RPG em que os jogadores estavam cada vez mais raros, as mesas estavam cada vez mais paradas, e tudo indicava que o RPG iria "morrer".
O principal evendo do gênero no pais foi "extinto", a grande massa dos jogadores cresceram, estavam na faculdade, e não tinham mais tempo para jogar e se dedicar ao seu hoby.
Como se não bastasse, a nova geração não estava sendo abastecida da maneira como deveria, alguma coisa estava acontecendo.
Era a era dos MMORPG's...
Hoje essa juventude mais "preguiçosa", se é que me permitem usar um termo tão ofencivo, não tem mais paciencia de pegar um livro pra ler. Porque eles fariam isso? Se eles podem ter tudo pronto no apertar de um botão.
Porque eles se dariam ao trabalho de imaginar um mundo completamente diferente, se alguém já fez isso pra eles, e com uma riquesa incrivel de detalhes?
Porque eles tentariam criar uma história se eles poderiam pegar uma pronta de qualquer lugar?
A situação piora mais ainda quando persebemos que estamos na era da interatividade. Consoles de video game que simulam da melhor forma possivel como é estar lá naquele ambiente, usando aqueles instrumentos etc.
É como se o RPG estivesse se tornando, digamos assim, ultrapassado...
Ainda há o bom e velho argumento da INTERPRETAÇÃO, no jogo você não interpreta.
Mais do que isso, no jogo você possui limitações, não é mesmo Carol? Mais ou menos, temos atualmente jogos on-line que recebem pacotes de atualização constante, é como se o jogo fosse infinito novamente.
Quem joga RPG desde a época em que ele era algo mágico (não me entendam mal, ele ainda é, mas não pra qualquer um) sabe que essa é uma experiência única.
Pera....para tudo por um instante...
EXPERIÊNCIA
Essa é a palavra chave do RPG.
Um belo dia me perguntaram oque eu mais gostava no RPG, e eu disse:
"É legal, porque jogando RPG vc imagina como é viver em outros lugares, em outros mundos, como é ser outra pessoa, vc vive uma experiencia..."
Outro dia perguntei para meu primo caçula:
"Ei, oque você mais gosta no RPG?"
E ele respondeu:
"É legal porque você vive uam experiência..."
Pois então, existe algo especial no RPG que vai além do que qualquer jogo computadorizado pode conseguir emular, que é a totalidade de experiências.
[...]
Vejamos uma forma mais didatica para tentar explicar oque é essa diversidade de experiencia.
Em matemática, estudamos na escola os conjuntos numéricos.
Oque é um conjunto numérico? (perdoen-me os matemáticos se eu falar alguma besteira ok?)
É uma dimenção, uma realidade.
Em cada conjunto, existe uma realidade/dimenção diferente.
No conjunto mais simples, existem os números inteiros, de 0 ao infinito.
E era assim a humanindade, apenas com numeros inteiros e simples.
Até o belo dia em que surgiram números diferentes, os negativos. Foi quando então criaram um novo conjunto, um que abrangesse não só os números antigos, como também essa nova dimenção. "- infinito a 0 a + infinito"
E assim por diante.
Até aqui conseguiram entender? (Calma, já já vocês entederão oque tudo isso tem haver com RPG).
Além das dimenções, existem um conceito fundamental em matemática, a diferença entre números contínuos e discretos.
Oque são números discretos?
São aqueles que se podem contar, contar até o fim.
Por exemplo: 5, 10000, 666.
Oque são números contínuos?
São aqueles que não se podem contar...Eles não chegam a um fim, são infinitos.
EX: 10:3 (Dez dividido por três), o resultado dessa conta é =3,333333333....33333....3333 ATÉ o infinito e além.
Ou seja, não da pra ser contado.
[...]
E é ai a parte onde eu relaciono com RPG.
De todas as formas existentes já criadas no mundo para se contar uma história, o RPG é a única continua. Como assim?
Cinema, é uma forma de se contar uma história, mas se você parar para pensar nos elementos que compoem o cinema, uma hora você chegará a um número final. Ex: Diretos, atores, fotografia, cenografia, trilha sonora...
Mas há um fim.
O memso vale para qualquer outra coisa, menos para o RPG, nele é sempre possivel acrescentar mais alguma coisa, e mais outra, e mais outra.
[...]
Já assimilaram tudo oque eu escrevi até agora?
Então vamos mais além.
[...]
Era uma vez a pintura.
O mundo era cheio de pintores e artístas.
Naquela época os pintores eram contratados para pintar retratos, paisagens, qualquer coisa existente no mundo.
Era tudo lindo, até que um belo dia, inventaram a fotografia.
Os artistas entraram em desespero, e agora? Oque fariam? Porque alguém compraria um quadro de uma pessoa, se ela poderia ter uma fotografia, linda, maravilhosa, e ultra realista?
Porque alguém compraria o retrato de uma paisagem se ela poderia ter uma foto da mesma?
Parecia o fim, e muitos artistas abandonaram a carreira justamente por causa disso. Mas alguns, foram mais além.
Esses alguns abriam suas mentes e perseberam que haviam coisas que a fotografia não possuia, e que jamais conseguiria.
Eles perseberam que a fotografia era ausente de movimento, que era possivel pintar coisas que a fotografia jamais seria capaz de reproduzir.
E então surgiram os primeiros movimentos artisticos abstratos. Como por exemplo o expressionismo.
Persebam o movimento na pintura.
Esses artistas visionários mostraram que era possivel, que a criação da fotografia lhes abriu uma porta em vez de fechar uma.
E novamente tudo foram flores...
Até o dia em que finalmente inventaram a câmera filmadora, e posteriormente o cinema.
A continuação dessa história todos vocês podem imaginar. Mais uma crise no mundo da pintura, e mais uma infinidade de movimentos artisticos para provar para o mundo que nada acaba por ai.
[...]
Tomemos então como exemplo oque esses pintores fizeram.
A existencia dos MMORPG's não é uma maldição, nem um problema, muito pelo contrário, ela é uma porta para a liberdade, agora estamos livres!!!
Podemos continuar com as histórias da maneira como sempre fizemos, mas também não temos mais a obrigação de faze-las ao modo antigo, ao modo ortodoxo. Somos livres para inovar.
Rez a lenda que o mesmo ideograma chines que significa crise, é o mesmo utilizado com o intuito de significar oportunidade.
E eis a oportunidade.
Mas pera lá Carol, como aplica-la?
[...]
Bom, agora chega o momento em que algumas pessoas, caso leiam isso que eu escrevi, queiram me matar.
Infelizmente muita gente tem ciúmes daquilo que cria, descobre, encontra e etc. Eu não sou uma delas. Mas sei que elas exstem, e podem me crucificar por isso que estou fazendo.
De qualquer forma, chegau a hora de mostrar pra vocês aquilo que foi (até então o momento) intitulado como mecânicas complexas.
A forma abstrada de narrar.
OFF: continua no proximo post, calma, escrevi demais já, e preciso fazer umas outras coisas agora, mas eu já já volto.
Eu sugeri para a moderação deste fórum uma parte dedicada aos narradores como um todo, e não simplesmente coisas relacionadas a sistemas e/ou cenários.
Um lugar onde os narradores pudessem discutir tudo oque fosse possivel, criação de histórias, ambientação, condução de campanha, e todas aquelas coisas referêntes ao RPG.
Mas minha intenção com esse tópico não é apenas produzir artigos para narradores, porque esses existem aos montes por ai em outros Blogs/sites do gênero. Eu queria na verdade produzir coisas destinadas ao público RPGístico mais deixado de lado, os jogadores intermediarios e experientes.
Quem aqui já não se cansou de ler atigos sobre: "Como criar um vilão?" ou até mesmo "Como conduzir uma campanha com começo/meio/fim?"
Isso já está batido, são muitos os artigos falando sobre as mesmas coisas, coisas essas que podem ser encontradas nos próprios livros de RPG. A maioria das pessoas que escreve, não faz nada além de sintetizar tudo oque já leu, mas e aquilo que eles criaram? E aquilo que eles mesmo desenvolveram com base na sua experiência vivida ao longo de muitos jogos? Isso raramente aparece...
Talvez porque muitos jogadores/narradores possuem um certo ciúmes do seu sucesso, talvez porque eles não saibam se expressão e não consigam transmitir em palavras aquilo que aprenderam, ou qualquer coisa assim.
O importante é que já está na hora de mudar isso, e eu tenho certeza de que muita gente também estava a procura de coisas assim. Pra quem não sabe, lá fora (USA, Europa) fóruns do gênero existem aos montes. Poderiamos simplesmente importar tudo oque eles fazem lá como já estamos importando faz tempo, ou podemos criar um pouco de vergonha na cara e andar com as próprias pernas.
Então chega de enrolação, e vamos logo ao oque interessa!
[...]
Era uma vez um momento na história do RPG em que os jogadores estavam cada vez mais raros, as mesas estavam cada vez mais paradas, e tudo indicava que o RPG iria "morrer".
O principal evendo do gênero no pais foi "extinto", a grande massa dos jogadores cresceram, estavam na faculdade, e não tinham mais tempo para jogar e se dedicar ao seu hoby.
Como se não bastasse, a nova geração não estava sendo abastecida da maneira como deveria, alguma coisa estava acontecendo.
Era a era dos MMORPG's...
Hoje essa juventude mais "preguiçosa", se é que me permitem usar um termo tão ofencivo, não tem mais paciencia de pegar um livro pra ler. Porque eles fariam isso? Se eles podem ter tudo pronto no apertar de um botão.
Porque eles se dariam ao trabalho de imaginar um mundo completamente diferente, se alguém já fez isso pra eles, e com uma riquesa incrivel de detalhes?
Porque eles tentariam criar uma história se eles poderiam pegar uma pronta de qualquer lugar?
A situação piora mais ainda quando persebemos que estamos na era da interatividade. Consoles de video game que simulam da melhor forma possivel como é estar lá naquele ambiente, usando aqueles instrumentos etc.
É como se o RPG estivesse se tornando, digamos assim, ultrapassado...
Ainda há o bom e velho argumento da INTERPRETAÇÃO, no jogo você não interpreta.
Mais do que isso, no jogo você possui limitações, não é mesmo Carol? Mais ou menos, temos atualmente jogos on-line que recebem pacotes de atualização constante, é como se o jogo fosse infinito novamente.
Quem joga RPG desde a época em que ele era algo mágico (não me entendam mal, ele ainda é, mas não pra qualquer um) sabe que essa é uma experiência única.
Pera....para tudo por um instante...
EXPERIÊNCIA
Essa é a palavra chave do RPG.
Um belo dia me perguntaram oque eu mais gostava no RPG, e eu disse:
"É legal, porque jogando RPG vc imagina como é viver em outros lugares, em outros mundos, como é ser outra pessoa, vc vive uma experiencia..."
Outro dia perguntei para meu primo caçula:
"Ei, oque você mais gosta no RPG?"
E ele respondeu:
"É legal porque você vive uam experiência..."
Pois então, existe algo especial no RPG que vai além do que qualquer jogo computadorizado pode conseguir emular, que é a totalidade de experiências.
[...]
Vejamos uma forma mais didatica para tentar explicar oque é essa diversidade de experiencia.
Em matemática, estudamos na escola os conjuntos numéricos.
Oque é um conjunto numérico? (perdoen-me os matemáticos se eu falar alguma besteira ok?)
É uma dimenção, uma realidade.
Em cada conjunto, existe uma realidade/dimenção diferente.
No conjunto mais simples, existem os números inteiros, de 0 ao infinito.
E era assim a humanindade, apenas com numeros inteiros e simples.
Até o belo dia em que surgiram números diferentes, os negativos. Foi quando então criaram um novo conjunto, um que abrangesse não só os números antigos, como também essa nova dimenção. "- infinito a 0 a + infinito"
E assim por diante.
Até aqui conseguiram entender? (Calma, já já vocês entederão oque tudo isso tem haver com RPG).
Além das dimenções, existem um conceito fundamental em matemática, a diferença entre números contínuos e discretos.
Oque são números discretos?
São aqueles que se podem contar, contar até o fim.
Por exemplo: 5, 10000, 666.
Oque são números contínuos?
São aqueles que não se podem contar...Eles não chegam a um fim, são infinitos.
EX: 10:3 (Dez dividido por três), o resultado dessa conta é =3,333333333....33333....3333 ATÉ o infinito e além.
Ou seja, não da pra ser contado.
[...]
E é ai a parte onde eu relaciono com RPG.
De todas as formas existentes já criadas no mundo para se contar uma história, o RPG é a única continua. Como assim?
Cinema, é uma forma de se contar uma história, mas se você parar para pensar nos elementos que compoem o cinema, uma hora você chegará a um número final. Ex: Diretos, atores, fotografia, cenografia, trilha sonora...
Mas há um fim.
O memso vale para qualquer outra coisa, menos para o RPG, nele é sempre possivel acrescentar mais alguma coisa, e mais outra, e mais outra.
[...]
Já assimilaram tudo oque eu escrevi até agora?
Então vamos mais além.
[...]
Era uma vez a pintura.
O mundo era cheio de pintores e artístas.
Naquela época os pintores eram contratados para pintar retratos, paisagens, qualquer coisa existente no mundo.
Era tudo lindo, até que um belo dia, inventaram a fotografia.
Os artistas entraram em desespero, e agora? Oque fariam? Porque alguém compraria um quadro de uma pessoa, se ela poderia ter uma fotografia, linda, maravilhosa, e ultra realista?
Porque alguém compraria o retrato de uma paisagem se ela poderia ter uma foto da mesma?
Parecia o fim, e muitos artistas abandonaram a carreira justamente por causa disso. Mas alguns, foram mais além.
Esses alguns abriam suas mentes e perseberam que haviam coisas que a fotografia não possuia, e que jamais conseguiria.
Eles perseberam que a fotografia era ausente de movimento, que era possivel pintar coisas que a fotografia jamais seria capaz de reproduzir.
E então surgiram os primeiros movimentos artisticos abstratos. Como por exemplo o expressionismo.
Persebam o movimento na pintura.
Esses artistas visionários mostraram que era possivel, que a criação da fotografia lhes abriu uma porta em vez de fechar uma.
E novamente tudo foram flores...
Até o dia em que finalmente inventaram a câmera filmadora, e posteriormente o cinema.
A continuação dessa história todos vocês podem imaginar. Mais uma crise no mundo da pintura, e mais uma infinidade de movimentos artisticos para provar para o mundo que nada acaba por ai.
[...]
Tomemos então como exemplo oque esses pintores fizeram.
A existencia dos MMORPG's não é uma maldição, nem um problema, muito pelo contrário, ela é uma porta para a liberdade, agora estamos livres!!!
Podemos continuar com as histórias da maneira como sempre fizemos, mas também não temos mais a obrigação de faze-las ao modo antigo, ao modo ortodoxo. Somos livres para inovar.
Rez a lenda que o mesmo ideograma chines que significa crise, é o mesmo utilizado com o intuito de significar oportunidade.
E eis a oportunidade.
Mas pera lá Carol, como aplica-la?
[...]
Bom, agora chega o momento em que algumas pessoas, caso leiam isso que eu escrevi, queiram me matar.
Infelizmente muita gente tem ciúmes daquilo que cria, descobre, encontra e etc. Eu não sou uma delas. Mas sei que elas exstem, e podem me crucificar por isso que estou fazendo.
De qualquer forma, chegau a hora de mostrar pra vocês aquilo que foi (até então o momento) intitulado como mecânicas complexas.
A forma abstrada de narrar.
OFF: continua no proximo post, calma, escrevi demais já, e preciso fazer umas outras coisas agora, mas eu já já volto.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Continuando...
obs: Eu pretendia editar o tópico, mas como ninguém postou não houve a necessidade.
[...]
Agora que eu já fiz a introdução básica, já falei sobre como é possivel revolucionar formas de expressão (como no caso da pintura) artística, vou mostrar agora como isso pode ser aplicado ao RPG.
[...]
Eu quero que você, leitor desse tópico imagine que possui um objeto.
Imagine que esse objeto é tão pesado, mas tão pesado, que você mal consegue carrega-lo. Mas ao mesmo tempo, ele é tão leve, mas tão leve, que é possivel leva-lo onde você quizer.
Imagine também, que esse objeto é tão grande, mas tão grande, que as pessoas mal conseguem se aproximar de você enquanto você o carrega. Mas ao mesmo tempo, ele é tão pequeno, mas tão pequeno, que cabe no seu bolso.
Agora imagine, que enquanto você anda com ele, ele é tão grande, mas tão grande, que as pessoas desviam de você enquanto anda na rua. Mas ao mesmo tempo, é tão pequeno, mas tão pequeno, que elas nem persebem que você está com ele.
Essas pessoas começam a cobiçar esse seu objeto, elas começam a correr atrás de você.
Você foge como pode, até que se persebe encurralado em um beco sem saída.
O objeto que carrega, é tão grande, mas tão grande, que as pessoas mal conseguem chegar perto de você. Mas ao mesmo tempo, ele é tão pequeno, mas tão pequeno, que elas nem persebem porque não conseguem se aproximar.
Conseguiu imaginar?
Sabe me dizer que objeto é esse?
Não...eu sei, ele não existe, ele é impossivel. Ele não faz sentido.
Mas não é isso oque importa, oque importa é...
VOCÊ CONSEGUIU VIVER A ESPERIÊNCIA DE PORTAR UM OBJETO COMO ESSE???
[...]
Se a sua resposta foi sim, você não consegue imaginar que objeto seria esse, mas consegue imaginar perfeitamente como é ter um, bem vindo as mecânicas complexas!
[...]
De forma geral, existem 3 explicações básicas para qualquer coisa no mundo. Ou melhor, existem 3 maneiras de se explicar alguma coisa no mundo.
A primeira é a física.
A física é capaz de explicar tudo que existe no universo ao nosso redor.
Aquilo que por um acaso não pode ser explicado pela física, ou seja, não pode ser reproduzido em experimentos, é então explicado pela Lógica.
A lógica não pode ser mostrada em experimentos, mas ela faz sentido, ela explica, de forma ou de outra.
Mas as coisas não param por ai, existem coisas que não fazem sentido nem para a lógica. Para essas coisas, a explicação é encontrada na metafísica.
E é exatamente ai que brincamos com as mecânicas complexas.
O objeto complexo que eu descrevi não faz sentido para a física, muito menos para a lógica, mas é perfeitamente explicavel pela metafísica.
[...]
Conceitos abstratos como as outras dimenções do univerço. (Como o tempo/espaço)
Ou a existencia de certas coisas. (Deus é um ótimo exemplo disso)
Não fazem sentido em muitas coisas, para muitas pessoas, etc e tal, porém... Eles são extremamente possiveis em nossa imaginação.
Portanto, sabendo que o RPG é uma forma de contar histórias ilimitada, e que usa como maquinário a nossa imaginação, porque não aproveitar que a plataforma de um jogo de video game é fixa e limitada, para narrar experiências que apenas a imaginação poderá emular?
[...]
Bom gente, por enquanto é só.
Essa é a introdução ao sistema de mecânicas complexas.
No futuro, digo, da aqui a um tempinho (darei um interva-lo postando sobre outras coisas). Eu farei uma 2º parte com algumas ideias práticas de mecânica complexa. Mas para isso, eu preciso testar pessoalmente algumas que eu criei. (Oque será em breve).
Então, até mais gente, espero que gostem dos proximos tópicos.
obs: Eu pretendia editar o tópico, mas como ninguém postou não houve a necessidade.
[...]
Agora que eu já fiz a introdução básica, já falei sobre como é possivel revolucionar formas de expressão (como no caso da pintura) artística, vou mostrar agora como isso pode ser aplicado ao RPG.
[...]
Eu quero que você, leitor desse tópico imagine que possui um objeto.
Imagine que esse objeto é tão pesado, mas tão pesado, que você mal consegue carrega-lo. Mas ao mesmo tempo, ele é tão leve, mas tão leve, que é possivel leva-lo onde você quizer.
Imagine também, que esse objeto é tão grande, mas tão grande, que as pessoas mal conseguem se aproximar de você enquanto você o carrega. Mas ao mesmo tempo, ele é tão pequeno, mas tão pequeno, que cabe no seu bolso.
Agora imagine, que enquanto você anda com ele, ele é tão grande, mas tão grande, que as pessoas desviam de você enquanto anda na rua. Mas ao mesmo tempo, é tão pequeno, mas tão pequeno, que elas nem persebem que você está com ele.
Essas pessoas começam a cobiçar esse seu objeto, elas começam a correr atrás de você.
Você foge como pode, até que se persebe encurralado em um beco sem saída.
O objeto que carrega, é tão grande, mas tão grande, que as pessoas mal conseguem chegar perto de você. Mas ao mesmo tempo, ele é tão pequeno, mas tão pequeno, que elas nem persebem porque não conseguem se aproximar.
Conseguiu imaginar?
Sabe me dizer que objeto é esse?
Não...eu sei, ele não existe, ele é impossivel. Ele não faz sentido.
Mas não é isso oque importa, oque importa é...
VOCÊ CONSEGUIU VIVER A ESPERIÊNCIA DE PORTAR UM OBJETO COMO ESSE???
[...]
Se a sua resposta foi sim, você não consegue imaginar que objeto seria esse, mas consegue imaginar perfeitamente como é ter um, bem vindo as mecânicas complexas!
[...]
De forma geral, existem 3 explicações básicas para qualquer coisa no mundo. Ou melhor, existem 3 maneiras de se explicar alguma coisa no mundo.
A primeira é a física.
A física é capaz de explicar tudo que existe no universo ao nosso redor.
Aquilo que por um acaso não pode ser explicado pela física, ou seja, não pode ser reproduzido em experimentos, é então explicado pela Lógica.
A lógica não pode ser mostrada em experimentos, mas ela faz sentido, ela explica, de forma ou de outra.
Mas as coisas não param por ai, existem coisas que não fazem sentido nem para a lógica. Para essas coisas, a explicação é encontrada na metafísica.
E é exatamente ai que brincamos com as mecânicas complexas.
O objeto complexo que eu descrevi não faz sentido para a física, muito menos para a lógica, mas é perfeitamente explicavel pela metafísica.
[...]
Conceitos abstratos como as outras dimenções do univerço. (Como o tempo/espaço)
Ou a existencia de certas coisas. (Deus é um ótimo exemplo disso)
Não fazem sentido em muitas coisas, para muitas pessoas, etc e tal, porém... Eles são extremamente possiveis em nossa imaginação.
Portanto, sabendo que o RPG é uma forma de contar histórias ilimitada, e que usa como maquinário a nossa imaginação, porque não aproveitar que a plataforma de um jogo de video game é fixa e limitada, para narrar experiências que apenas a imaginação poderá emular?
[...]
Bom gente, por enquanto é só.
Essa é a introdução ao sistema de mecânicas complexas.
No futuro, digo, da aqui a um tempinho (darei um interva-lo postando sobre outras coisas). Eu farei uma 2º parte com algumas ideias práticas de mecânica complexa. Mas para isso, eu preciso testar pessoalmente algumas que eu criei. (Oque será em breve).
Então, até mais gente, espero que gostem dos proximos tópicos.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Carol, parabéns pelo seu texto
Realmente muito bom.... a relação que você faz com a pintura é perfeita...
Eu sempre achei o RPG como uma arte, uma forma literária, uma nova forma de se ver o mundo.... como na SEMANA DA ARTE MODERNA onde muita coisa se revolucionou, o RPG é uma revolução na forma de escrever e contar história... eu acredito que um dia os livros de RPG e suas aventuras acabarão sendo reconhecidos pela academia de letras como parte da litaratura e não como um jogo em si..... sabe porque. Porque como você disse, as crianças daquela época cresceram e hoje são adultos, formados e continuam amando o RPG....
Certa vez vi uma reportagem sobre video game que dizia:
"O video game de antigamente era coisa pra criança, mas as crianças que jogavam cresceram e decidiram montar seus próprios jogos.... hoje o video game é mais para adultos do que para crianças."
Bem.... acho que viajei d+, queria só expressar o quanto gostei de seu texto... parabéns.
Realmente muito bom.... a relação que você faz com a pintura é perfeita...
Eu sempre achei o RPG como uma arte, uma forma literária, uma nova forma de se ver o mundo.... como na SEMANA DA ARTE MODERNA onde muita coisa se revolucionou, o RPG é uma revolução na forma de escrever e contar história... eu acredito que um dia os livros de RPG e suas aventuras acabarão sendo reconhecidos pela academia de letras como parte da litaratura e não como um jogo em si..... sabe porque. Porque como você disse, as crianças daquela época cresceram e hoje são adultos, formados e continuam amando o RPG....
Certa vez vi uma reportagem sobre video game que dizia:
"O video game de antigamente era coisa pra criança, mas as crianças que jogavam cresceram e decidiram montar seus próprios jogos.... hoje o video game é mais para adultos do que para crianças."
Bem.... acho que viajei d+, queria só expressar o quanto gostei de seu texto... parabéns.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Bom, você leu a ultima parte que eu coloquei agora? XD, é que no momento em que eu postei vc deve ter postado também.
A parte que eu dou o exemplo prático é importante, eu acho...É a forma mais fácil de se visualizar como aplicar essa liberdade que os jogos nos oferecem.
[...]
Outra coisa importante a se destacar, é o fato de que, sim, os jogos antigamente eram mais infantis mesmo. Hoje existem jogos para adultos. A industria dos games é um excelente exemplo.
Um belo dia, a industria de games estava quase falindo. Ninguém comprava nada, o povo não tinha mais dinheiro, tudo ia pro buraco.
Então chamaram os melhores desenvolvedores de jogos conhecidos da época, lançaram tudo oque foi possivel, mas nada adiantava. Não conseguiam conquistar o público de forma alguma.
Então resolveram chamar um cara meio louco que trabalhava lá na empreza, um desses japoneses pirados.
Eles pediram uma ideia de jogo para ser lançado, aquela seria a ultima esperança...
Então o doidão sugeriu o seguinte:
"Aew galera, tenho uma ideia animal, vai dar muito certo.
Oque vocês acham de um protagonista que seja um bombeiro, italiano, que vive aventuras perigosas em um mundo maluco no puro estilo 'alice no país das maravilhas' com a missão de salvar uma princesa que foi rapitada por um terrivel dragão/dinossauro????"
Os caras olharam pasmos pra cara e só conseguiram fazer a seguinte pergunta...
"Ok...mas agora me explica uma coisa, como um bombeiro italiano conseguiria sobreviver nesse lugar e derrotar um dinossauro???"
E então ele disse de volta:
"Ora, não é obvil???
Com o uso de alcaloides e psicotrópicos!!!"
E então nasce a maior lenda dos games, super mário world, o jogo mais vendido da história. Quem diver duvida, pesquisa no google, ele é o mais vendido! Ganhou de THE SIMs!!!
"Pô Carol, alcaloide??? Psicotrópico, que isso?"
Cogumelos...lírios, casco de tartaruga...enfim. Nunca ouviu falar do chá de cogumelo??? Não tome! Péssima ideia.
[...]
O importante, foi que o Shijeru Miamoto não teve medo de inovar! Ele não se limitou.
A parte que eu dou o exemplo prático é importante, eu acho...É a forma mais fácil de se visualizar como aplicar essa liberdade que os jogos nos oferecem.
[...]
Outra coisa importante a se destacar, é o fato de que, sim, os jogos antigamente eram mais infantis mesmo. Hoje existem jogos para adultos. A industria dos games é um excelente exemplo.
Um belo dia, a industria de games estava quase falindo. Ninguém comprava nada, o povo não tinha mais dinheiro, tudo ia pro buraco.
Então chamaram os melhores desenvolvedores de jogos conhecidos da época, lançaram tudo oque foi possivel, mas nada adiantava. Não conseguiam conquistar o público de forma alguma.
Então resolveram chamar um cara meio louco que trabalhava lá na empreza, um desses japoneses pirados.
Eles pediram uma ideia de jogo para ser lançado, aquela seria a ultima esperança...
Então o doidão sugeriu o seguinte:
"Aew galera, tenho uma ideia animal, vai dar muito certo.
Oque vocês acham de um protagonista que seja um bombeiro, italiano, que vive aventuras perigosas em um mundo maluco no puro estilo 'alice no país das maravilhas' com a missão de salvar uma princesa que foi rapitada por um terrivel dragão/dinossauro????"
Os caras olharam pasmos pra cara e só conseguiram fazer a seguinte pergunta...
"Ok...mas agora me explica uma coisa, como um bombeiro italiano conseguiria sobreviver nesse lugar e derrotar um dinossauro???"
E então ele disse de volta:
"Ora, não é obvil???
Com o uso de alcaloides e psicotrópicos!!!"
E então nasce a maior lenda dos games, super mário world, o jogo mais vendido da história. Quem diver duvida, pesquisa no google, ele é o mais vendido! Ganhou de THE SIMs!!!
"Pô Carol, alcaloide??? Psicotrópico, que isso?"
Cogumelos...lírios, casco de tartaruga...enfim. Nunca ouviu falar do chá de cogumelo??? Não tome! Péssima ideia.
[...]
O importante, foi que o Shijeru Miamoto não teve medo de inovar! Ele não se limitou.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Esse texto deveria ser linkado como eixo central aqui no fórum.
Espetacular !
Parabéns Carol ! ( adoro esse nome, AUHEUH ), você traduziu algo que eu estou tentando dizer a tempos.
Espetacular !
Parabéns Carol ! ( adoro esse nome, AUHEUH ), você traduziu algo que eu estou tentando dizer a tempos.
ArtemisCamponês -
Número de Mensagens : 15
Idade : 31
Localização : Varginha - MG
Desde quando você joga RPG? : 2003
Reputação : 0
Pontos : 5074
Data de inscrição : 16/01/2011
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Muito Obrigado Artemis.
OBS: to indo lá no outro tópico comentar oque vc escreveu da ultima vez.
Eu sinto muita falta de textos assim, de verdade. A questão é, eu não sou a única que escreve, mas parece que o pessoal que faz isso, não deembucha tudo oque sabe, isso me incomoda, me irrita! Porque fazem isso? Pra que?
Ciúmes do seu desenvolvimento???
Pra se sentir especial e/ou melhor que os outros???
Não sei. Mas tenho péssimas experiências com isso, infelizmente...
OBS: to indo lá no outro tópico comentar oque vc escreveu da ultima vez.
Eu sinto muita falta de textos assim, de verdade. A questão é, eu não sou a única que escreve, mas parece que o pessoal que faz isso, não deembucha tudo oque sabe, isso me incomoda, me irrita! Porque fazem isso? Pra que?
Ciúmes do seu desenvolvimento???
Pra se sentir especial e/ou melhor que os outros???
Não sei. Mas tenho péssimas experiências com isso, infelizmente...
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Carol, vou te dizer: Você deve ter derretido o cérebro de alguns mortais com sua explanação acerca das mecânicas complexas...
Mas, é como você disse: Esse, de fato, é um tópico para Mestres/Narradores experientes e que compreendem o RPG como uma forma de arte e não apenas como jogo. Você acaba de se tornar minha revolucionária predileta! Hahaha.
Certamente não são todos os mestres de RPG que apreciam a Física e a Lógica em tal grau, mas achei incrivelmente interessante a possibilidade de observar o andamento desse tópico de discussão, em especial por permitir que analisemos afinidades com as ciências que movem o mundo... e o desenvolvimento da abstração.
Abstração é uma mecânica fundamental no desenvolvimento de uma história, aparecendo principalmente quando queremos dar a idéia de algo... mas não queremos dar precisão ao que quer que seja; quando desejamos causar uma sensação, mas queremos que ela seja mais "sentida" do que "expressa".
É diferente dizer a um jogador:
"A espada te acerta... você sofreu 10 de dano"
ou então:
"A espada rasga o ar e no caminho atinge sua perna, felizmente a armadura parece ter evitado um estrago maior, mas você sente que o ferimento vai precisar de uma atenção especial depois do combate..."
ou ainda:
"A lâmina da espada rasga armadura e carne em seu caminho. Você já conhece bem essa sensação, mas isso não a torna menor. Com não mais que um gemido, você se prepara para revidar..."
A terceira opção é a que mais abstrai, pois ela deixa em aberto diversas informações, para que as conclusões do próprio jogador possam entrar em ação. É uma técnica relativamente simples, mas que causa grande impacto durante os jogos, porém, é preciso treino para utilizá-la com eficiência e seu uso de forma incorreta pode passar sensações erradas ao jogador ou transmitir mensagens incompletas que não serão interpretadas, apenas atropeladas.
O método de abstração foi muito utilizado nas descrições de AD&D, em especial para quem foi adepto dos jogos "planares" que tinham como cenário Planescape, onde as sensações eram altamente valorizadas.
Espero ter contribuído de forma satisfatória a um tópico tão interessante.
Abraço a todos!
Mas, é como você disse: Esse, de fato, é um tópico para Mestres/Narradores experientes e que compreendem o RPG como uma forma de arte e não apenas como jogo. Você acaba de se tornar minha revolucionária predileta! Hahaha.
Certamente não são todos os mestres de RPG que apreciam a Física e a Lógica em tal grau, mas achei incrivelmente interessante a possibilidade de observar o andamento desse tópico de discussão, em especial por permitir que analisemos afinidades com as ciências que movem o mundo... e o desenvolvimento da abstração.
Abstração é uma mecânica fundamental no desenvolvimento de uma história, aparecendo principalmente quando queremos dar a idéia de algo... mas não queremos dar precisão ao que quer que seja; quando desejamos causar uma sensação, mas queremos que ela seja mais "sentida" do que "expressa".
É diferente dizer a um jogador:
"A espada te acerta... você sofreu 10 de dano"
ou então:
"A espada rasga o ar e no caminho atinge sua perna, felizmente a armadura parece ter evitado um estrago maior, mas você sente que o ferimento vai precisar de uma atenção especial depois do combate..."
ou ainda:
"A lâmina da espada rasga armadura e carne em seu caminho. Você já conhece bem essa sensação, mas isso não a torna menor. Com não mais que um gemido, você se prepara para revidar..."
A terceira opção é a que mais abstrai, pois ela deixa em aberto diversas informações, para que as conclusões do próprio jogador possam entrar em ação. É uma técnica relativamente simples, mas que causa grande impacto durante os jogos, porém, é preciso treino para utilizá-la com eficiência e seu uso de forma incorreta pode passar sensações erradas ao jogador ou transmitir mensagens incompletas que não serão interpretadas, apenas atropeladas.
O método de abstração foi muito utilizado nas descrições de AD&D, em especial para quem foi adepto dos jogos "planares" que tinham como cenário Planescape, onde as sensações eram altamente valorizadas.
Espero ter contribuído de forma satisfatória a um tópico tão interessante.
Abraço a todos!
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Nossa, achei muito incrível seu texto, Carol, realmente trasmite aquilo que, no fundo mesmo, sempre sentimos do diferencial do RPG, uma estrada sem limites, muros, calçamento, sem placas e sem lei da gravidade...
Só serei completamente sincera se admitir que não sou uma narradora expereiente - é... definitivamente não é um termo com o qual eu me definiria - já que minha experiência por trás do escudo se reduz ao tempo de aproximadamente um ano, mas já há um tempo nessa minha posição, quero poder mudar a experiência de jogo do pessoal da mesa.
Em nossas crônicas correntes - já que somos um grupo de amigos que compartilha de várias crônicas, desde nWoD e D&D até sistemas meio "próprios" - temos a questão principal de QUASE TODOS sermos iniciantes nesse meio, para dar uma ideia, iniciamos nossas vidas no RPG após uma proposta de um amigo no cursinho.
Porém, mesmo iniciantes, já começamos maduros, todos já com a cabeça lá na frente, faculdade e trabalho, e pra nós quase não houve aquela fase (que imagino que seja comum entre jogadores que iniciam bem novos) de bastar o comum, a pancadaria, a quest básica...
Começamos já exigentes. Nossos jogadores começaram já entrando com a expectativa de um livre arbítrio que nunca encontraram antes em nenhuma mecânica senão essa do RPG. Lógico que isso causou vários problemas, uma vez que os mestres também iniciavam naquele momento seu próprio trabalho de criar seu mundo, as vezes não suficiente para os jogadores.
Os jogadores seguiam exigindo seu livre arbítrio total que beirava o caos, querendo extrapolar as fronteiras físicas do universo criado, saindo do controle prévio que tínhamos gerado para a história, para as regras ou para o cenário. Por vezes eu chegava a me desesperar como narradora frente aos players que queriam ir viajar pelo mundo numa crônica local, ou rebelar-se contra todos e simplesmente ficar cuidando de sua fazenda enquanto o mundo explode ao redor, criar seres incompatíveis com as possibilidades (exemplos alegóricos e aleatórios).... Mas depois de um tempo percebi que eles estavam certos... Eles estavam elevando suas possibilidades de interpretação ao máximo, era eu que não tinha conseguido me abstrair ainda.
O que eu queria dizer (antes ter-me perdido nessa biografia da nossa mesa de RPG) é que desde que percebi a nova dimensão daquilo que jogávamos, passei a olhar lá pra frente, ansiando por novidades, possibilidades para renovar sempre o interesse daqueles da mesa, ampliar o desafio de interpretação, imaginação e vivência deles, sem o qual o jogo logo se tornaria desinteressante aos seus olhos...
O sistema de mecânicas complexas... Entendi seu exemplo e saberia citar algumas questões parecidas que me surgem, mas infelizmente falhei todas as vezes que tentei aplicá-las, espero poder alcançá-las em breve, tornando o RPG o que ele deveria sempre ser: um palco para o crescimento da experiência de jogo dos players e uma bancada de abstração da mecânica normal do mundo imaginável.
Só serei completamente sincera se admitir que não sou uma narradora expereiente - é... definitivamente não é um termo com o qual eu me definiria - já que minha experiência por trás do escudo se reduz ao tempo de aproximadamente um ano, mas já há um tempo nessa minha posição, quero poder mudar a experiência de jogo do pessoal da mesa.
Em nossas crônicas correntes - já que somos um grupo de amigos que compartilha de várias crônicas, desde nWoD e D&D até sistemas meio "próprios" - temos a questão principal de QUASE TODOS sermos iniciantes nesse meio, para dar uma ideia, iniciamos nossas vidas no RPG após uma proposta de um amigo no cursinho.
Porém, mesmo iniciantes, já começamos maduros, todos já com a cabeça lá na frente, faculdade e trabalho, e pra nós quase não houve aquela fase (que imagino que seja comum entre jogadores que iniciam bem novos) de bastar o comum, a pancadaria, a quest básica...
Começamos já exigentes. Nossos jogadores começaram já entrando com a expectativa de um livre arbítrio que nunca encontraram antes em nenhuma mecânica senão essa do RPG. Lógico que isso causou vários problemas, uma vez que os mestres também iniciavam naquele momento seu próprio trabalho de criar seu mundo, as vezes não suficiente para os jogadores.
Os jogadores seguiam exigindo seu livre arbítrio total que beirava o caos, querendo extrapolar as fronteiras físicas do universo criado, saindo do controle prévio que tínhamos gerado para a história, para as regras ou para o cenário. Por vezes eu chegava a me desesperar como narradora frente aos players que queriam ir viajar pelo mundo numa crônica local, ou rebelar-se contra todos e simplesmente ficar cuidando de sua fazenda enquanto o mundo explode ao redor, criar seres incompatíveis com as possibilidades (exemplos alegóricos e aleatórios).... Mas depois de um tempo percebi que eles estavam certos... Eles estavam elevando suas possibilidades de interpretação ao máximo, era eu que não tinha conseguido me abstrair ainda.
O que eu queria dizer (antes ter-me perdido nessa biografia da nossa mesa de RPG) é que desde que percebi a nova dimensão daquilo que jogávamos, passei a olhar lá pra frente, ansiando por novidades, possibilidades para renovar sempre o interesse daqueles da mesa, ampliar o desafio de interpretação, imaginação e vivência deles, sem o qual o jogo logo se tornaria desinteressante aos seus olhos...
O sistema de mecânicas complexas... Entendi seu exemplo e saberia citar algumas questões parecidas que me surgem, mas infelizmente falhei todas as vezes que tentei aplicá-las, espero poder alcançá-las em breve, tornando o RPG o que ele deveria sempre ser: um palco para o crescimento da experiência de jogo dos players e uma bancada de abstração da mecânica normal do mundo imaginável.
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Caramba.... as garotas aqui do fórum estão arrasando. Parabéns pelo tópico...
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Fenmarel escreveu:Carol, vou te dizer: Você deve ter derretido o cérebro de alguns mortais com sua explanação acerca das mecânicas complexas...
Esse é meu maior medo. É que eu simplesmente não consigo imaginar outra forma de explicar isso. A pior dificuldade não é pensar numa tecnica, ou até mesmo aplica-la, e sim explicar como fez para os outros. Esse é o mal dos artigos q eu leio na internet. EU vejo que quem escreve manja muito, só não sabe passar oque sabe.
Fenmarel escreveu:Abstração é uma mecânica fundamental no desenvolvimento de uma história, aparecendo principalmente quando queremos dar a idéia de algo... mas não queremos dar precisão ao que quer que seja; quando desejamos causar uma sensação, mas queremos que ela seja mais "sentida" do que "expressa".
Extamente, esse é o espirito da coisa! Não precisa ser um jogador experiente para durante a mesa de RPG sentir inúmeras coisas. Qualquer um que jogue sente.
petrafrey escreveu:Porém, mesmo iniciantes, já começamos maduros, todos já com a cabeça lá na frente, faculdade e trabalho, e pra nós quase não houve aquela fase (que imagino que seja comum entre jogadores que iniciam bem novos) de bastar o comum, a pancadaria, a quest básica...
Ta ai realmente um caso interessante, raro de se ver. Normalmente quem conhece nessa fase não parece se interessar muito. Não deseja comprar livros, ou não deseja começar a narrar.
Parabéns pra vcs!
E não se achem menos experiêntes por narrarem a pouco mais de um ano, isso é o de menos. Experiência não é determinada só por isso. Você pode jogar qualquer coisa durante anos, e ainda assim não ser experiente. Você o será quando o fizer refletindo sobre oque está acontecendo e querendo melhorar. Coisa que vc está fazendo. Aposto que vc é muito mais experiente que muita gente mala que eu conheci por ai.
petrafrey escreveu:Os jogadores seguiam exigindo seu livre arbítrio total que beirava o caos, querendo extrapolar as fronteiras físicas do universo criado, saindo do controle prévio que tínhamos gerado para a história, para as regras ou para o cenário. Por vezes eu chegava a me desesperar como narradora frente aos players que queriam ir viajar pelo mundo numa crônica local, ou rebelar-se contra todos e simplesmente ficar cuidando de sua fazenda enquanto o mundo explode ao redor, criar seres incompatíveis com as possibilidades (exemplos alegóricos e aleatórios).... Mas depois de um tempo percebi que eles estavam certos... Eles estavam elevando suas possibilidades de interpretação ao máximo, era eu que não tinha conseguido me abstrair ainda.
É bem possivel que esse seja o tema do próximo artigo que eu vou escrever. E eu concordo com vc, eles estão certíssimos em querer se expandir.
Sei que é complicado pro narrador ver sua história virar um caos, mas os jogadores é quem contam a história, e não vc! Você como mestre apenas conduz.
Enfim, deixe-mos isso pra próxima
[...]
Agora que já respondi, vamos ao primeiro exemplo prático.
Eu não tive oportunidade de testa-lo, mas um amigo os utilizou (são vários) e funcionaram brilhantemente.
[...]
A MASMORRA COMPLEXA:
Quando eu expliquei o conceito, aposto que muita gente ficou muito ligada a descrição das coisas, mas será que alguém pensou que isso pudesse se tornar a base para algo como uma DG??? Pois é...
E um colega meu fez isso, funcionando super bem.
Pequemos um conceito abstrato, o tempo. Oque poderiamos fazer com ele... que tal questionar? Que tal nos fazermos uma pergunta que não faz sentido no campo físico, nem no campo lógico, mas no metafísico é perfeitamente possivel?
"Como eram as coisas, quando não havia tempo?"
Oque vocês acham??? Como será que era o mundo/universo, quando o tempo ainda não existia?
Sabe oque eu acho? Acho que no momento do universo onde o tempo ainda não existia, TUDO EXISTIA.
Acho que não havia começo/meio/fim, HAVIA!
Acho que as coisas não aconteciam em sequência, ou antes, ou agora. ACONTECIA!
Pensando nisso, meu amigo desenvolveu uma masmorra onde não havia tempo na sala onde os personagens estavam!
E como foi que ele fez isso Carol???
Simples, olha só!
"Galera, vocês entram na sala, vocês todos avistam as seguintes coisas...
Um sino.
Uma chave, presa no sino.
Uma gárgula. Próxima ao sino.
Uma porta, do outro lado da sala."
Ok? Então ele dissi pro pessoal:
"Galera, agora anotem para mim 6 ações, as ações que vocÊs quizerem em um papel, não mostrem pra ninguém oque vocês estão escrevendo, nem pra mim.
Caso vocês queiram que essa ação aconteça duas vezes, escrevam ela 2x no papel ok?"
E o pessoal fez.
Entregaram os papeis pra ele, e ai a brincadeira começou!
[...]
Na sala sem tempo, tudo acontece ao mesmo tempo, simplesmente acontece.
O jogador 1 colocou a ação: "Eu saio pela porta"
Mas ele não pode sair pela porta se ela está fechada, mas o jogador 3 havia escrito "Eu abro a porta"
Ótimo, mas ela estava trancada, e a chave estava presa no sino, então como ele abriu?
O jogador 2 havia escrito "Eu pego a chave"
Então o jogador 5 escreveu: "Eu luto contra alguém"
Contra quem? A gárgula que estava guardando a porta.
E assim por diante. Até que todas as 6 ações foram encaixadas na cena!
Etenderam como foi feito?
Eu cheguei a perguntar para meu amigo: "Mas e se no final, a totalidade das 6 ações, não conseguisse tirar o povo da sala?"
Então ele me respondeu "Então eles ficariam presos lá pra sempre..."
Esse é o exemplo perfeito de masmorra complexa, onde o desafio a ser superado é completamente diferente do ortodoxo.
O bacana é a narrativa da cena, os jogadores devem imaginar tudo como um quadro gigantesco onde todos eles foram pintados fazendo tudo oque fizeram. Uma imagem parada, estática, com 6 imagens de cada jogador fazendo tudo oque anotaram em seus papeis. Toda vez que o narrador mostrava uma ação, uma parte do "quadro" era focada.
[...]
Enfim, espero que tenham entendido, e que tenham gostado também.
Experimentem a masmorra complexa na mesa de vocês, procurem brincar com outos conceitos. O tempo tem muitos outros, são possiveis muitas coisas.
Té mais gente.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Nossa, realmente gostei da ideia, é algo bem diferente de tudo de que já ouvi falar em mesas, creio que - se me permite a cópia - vou testar algo parecido em breve com os jogadores ^^
petrafreyHeroi -
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Permito e apoio o máximo que puder!
Teste mesmo e depois comente aqui oque você achou, oque os seus jogadores acharam!
Deixem suas mentes livres.
Podemos quem sabe elaborar mais tarde um tópico só pro pessoal expressar as coias que narrou usando as mecânicas complexas.
OBS: Eu pretendo narrar uma mesa agora nas férias, uma one-shot com algumas ideias, depois posto as experiências.
Teste mesmo e depois comente aqui oque você achou, oque os seus jogadores acharam!
Deixem suas mentes livres.
Podemos quem sabe elaborar mais tarde um tópico só pro pessoal expressar as coias que narrou usando as mecânicas complexas.
OBS: Eu pretendo narrar uma mesa agora nas férias, uma one-shot com algumas ideias, depois posto as experiências.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Será one-shot de que, Carol? Algum sistema ou cenário específico?
petrafreyHeroi -
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Oq seria um "one shot" ?
na minha epoca não tinha isso nao rs
na minha epoca não tinha isso nao rs
TukVice Rei -
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Tuk, one-shot é uma história de rpg que dura só uma sessão =]
petrafreyHeroi -
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Se me permitem uma propaganda de ERA, existe um local, conhecido como RUÍNAS DE MOSESLOW onde o tempo e espaço são irrelevantes, onde os paradoxos se unem...
Um resumo básico. Quem entre em MOSESLOW não pode usar magia e nada mágico funciona, apesar do lugar parecer ser regido por magia...
Quem entra nas ruínas, e sai com vida, ao entrar novamente verá que não é mais o mesmo lugar que entrou.
Outros efeitos que podem ocorrer são: ao sair das ruínas anos podem ter passado ou retrocedido... você pode sair em outro plano ou encontrar pessoas de outros planos vagando nas ruínas como você.
E é claro, existem as mais estranhas salas... essa do tempo seria legal de ser usado lá.
Um resumo básico. Quem entre em MOSESLOW não pode usar magia e nada mágico funciona, apesar do lugar parecer ser regido por magia...
Quem entra nas ruínas, e sai com vida, ao entrar novamente verá que não é mais o mesmo lugar que entrou.
Outros efeitos que podem ocorrer são: ao sair das ruínas anos podem ter passado ou retrocedido... você pode sair em outro plano ou encontrar pessoas de outros planos vagando nas ruínas como você.
E é claro, existem as mais estranhas salas... essa do tempo seria legal de ser usado lá.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
One-shot = Disparo único/Tomada única (terminologia muito usada em cinema)
Em RPG:
Jogo com início, meio e fim em uma única partida.
Em RPG:
Jogo com início, meio e fim em uma única partida.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
eu imaginei algo do tipo mesmo! vlw povo!
TukVice Rei -
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
petrafrey escreveu:Será one-shot de que, Carol? Algum sistema ou cenário específico?
Será onde-shot de D&D (porque o povo pediu)
E será cenário prórpio (porque acho mais simples de narrar, e tenho mais liberdade de inventar oque der na telha).
Mas se vcs quizerm eu posso narrar em ERA, posso dar uma rápida lida nas coisas esse fds pra deixar tudo esquematisado, o pessoal não vai se opor nem um pouco.
druidadp escreveu:Se me permitem uma propaganda de ERA, existe um local, conhecido como RUÍNAS DE MOSESLOW onde o tempo e espaço são irrelevantes, onde os paradoxos se unem...
oooopa, então será lá mesmo ^^, o pessoal vai se divertir demais.
Um resumo básico. Quem entre em MOSESLOW não pode usar magia e nada mágico funciona, apesar do lugar parecer ser regido por magia...
Quem entra nas ruínas, e sai com vida, ao entrar novamente verá que não é mais o mesmo lugar que entrou.
Hun...interessante!
Outros efeitos que podem ocorrer são: ao sair das ruínas anos podem ter passado ou retrocedido... você pode sair em outro plano ou encontrar pessoas de outros planos vagando nas ruínas como você.
E é claro, existem as mais estranhas salas... essa do tempo seria legal de ser usado lá.
Perfeito, eu tenho outras 2 ideias que pretendo aplicar ^^
Farei esses 3 desafios na DG e quem sabe outros...
Depois posto um tópico sobre a aplicação disso, meus amigos vão querer me matar XD, mas talvez possamos elaborar uma aventura que se passa nesse local pro pessoal.
OBS: mas é complexo de narrar, fácil de explicar e tudo mais, mas o narrador vai sair com o cérebro derretido.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Verdade, futuramente pretendo lançar um livro específico só falando sobre esse local.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Poxa.. na nossa crônica incorporamos algo parecido hehe
É D&D mesmo, mas o cenário foi criado pelo 1º Mestre e por mim...
E um dos locais que um dos grupos (já que os jogadores dividiram-se em 3 grupos) visitou (um local parecido com o cenário de Eberus de Age of Mithology, pra quem conhece o_o) acabou transportando os aventureiros para o mesmo continente que parece o deles (mas não é necessariamente o mesmo) e 75 anos no futuro... =]
É D&D mesmo, mas o cenário foi criado pelo 1º Mestre e por mim...
E um dos locais que um dos grupos (já que os jogadores dividiram-se em 3 grupos) visitou (um local parecido com o cenário de Eberus de Age of Mithology, pra quem conhece o_o) acabou transportando os aventureiros para o mesmo continente que parece o deles (mas não é necessariamente o mesmo) e 75 anos no futuro... =]
petrafreyHeroi -
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Aliás.. vou procurar o suporte desse local em ERA =]
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
ERA é um lugar tão vasto que pode-se jogar muitas e muitas aventuras sem precisar ir muito longe. Basta escolher uma ou duas cidades e você pode fazer diversas aventuras! Existem tramas políticas em andamento e das quais os personagens podem fazer parte... intrigas, regiões ermas, raças inusitadas.
Eu já li muito, mas ainda tenho muito o que aprender.
Mas, sobre as mecânicas complexas, que são o tema desse fórum (eu ía dizer categoria, mas fui pesquisar e descobri que os subtitulos se denominam fóruns), estou curioso pra ver onde isso tudo vai nos levar. A cada nova idéia lançada, surpreendo-me com a forma como essas idéias são passadas. Eu já utilizei, de uma forma diferente, a sala do tempo, embora não tenha utilizado esse nome. Gosto das mecânicas complexas sem saber que as utilizava.
Espero pelos próximos estudos!
Eu já li muito, mas ainda tenho muito o que aprender.
Mas, sobre as mecânicas complexas, que são o tema desse fórum (eu ía dizer categoria, mas fui pesquisar e descobri que os subtitulos se denominam fóruns), estou curioso pra ver onde isso tudo vai nos levar. A cada nova idéia lançada, surpreendo-me com a forma como essas idéias são passadas. Eu já utilizei, de uma forma diferente, a sala do tempo, embora não tenha utilizado esse nome. Gosto das mecânicas complexas sem saber que as utilizava.
Espero pelos próximos estudos!
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Não sei se isso chega a ser uma mecânica complexa, mas foi divertido (e usei isso muito, mas muito antes de Harry Potter Existir).
Os personagens entram em uma sala quadriculada, a sala é na verdade um tabuleiro de Xadrêz, um deles é indicado como rei é deve indicar a posição dos outros....
Os jogadores jogam contra o mestre... porém com uma pressão muito maior, pois algumas peças são personagens e se estas peças forem comidas, os personagens morrem. Foi bem divertido....
Outra vez usei uma sala quer era o seguinte:
Separei 2 grupos em cada cômodo, porque eles se dividiram.... quando se encontraram, cada grupo via aos outros do outro grupo como mosntros.
Ele começaram a lutar, porém perceberam algo estranho... e no final descobriram que estavam lutando entre si, foi divertido também.... tirei isso se não me engano de um desenho do Street Figther... risos
Os personagens entram em uma sala quadriculada, a sala é na verdade um tabuleiro de Xadrêz, um deles é indicado como rei é deve indicar a posição dos outros....
Os jogadores jogam contra o mestre... porém com uma pressão muito maior, pois algumas peças são personagens e se estas peças forem comidas, os personagens morrem. Foi bem divertido....
Outra vez usei uma sala quer era o seguinte:
Separei 2 grupos em cada cômodo, porque eles se dividiram.... quando se encontraram, cada grupo via aos outros do outro grupo como mosntros.
Ele começaram a lutar, porém perceberam algo estranho... e no final descobriram que estavam lutando entre si, foi divertido também.... tirei isso se não me engano de um desenho do Street Figther... risos
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
druidadp escreveu:Ele começaram a lutar, porém perceberam algo estranho... e no final descobriram que estavam lutando entre si, foi divertido também.... tirei isso se não me engano de um desenho do Street Figther... risos
Isso é exatamente mecânicas complexas.
O intuito é sempre fazer o jogador viver uma exeperiência impossivel de ser vivida na vida real, e também impossivel de ser reproduzida de outras formas que não na imaginação.
Outro fator importante do RPG, é que vc tem a liberdade de narrar a mesma cena de diversas formas. Em livros isso já não acontece, uma vez escrita a narrativa, é aquela, e ponto final!
Se por um acaso alguém não entender oque vc quiz dizer, já era... Mas no RPG não, se alguém não entender, vc explica novamente de uma forma diferente, se mesmo assim não entender, vc explica mais diferente ainda. De uma forma ou de outra o RPG é dinâmico, e não estático.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Acho que as Mecânicas Complexas envolvem fugir de regras pré-estabelecidas e criar novas possibilidades.
-Sair dos 'Mísseis Mágicos' e da 'Bola de Fogo' para um sistema onde você decide o que sua magia faz e qual a forma que ela assume, a exemplo de Mago ou Dragonlance 5th Age.
-Deixar de lado aquela história de que 'isso é simplesmente impossível' para tentar descobrir (mas não exatamente entender) de que maneira aquilo pode ser possível.
-Montar diagramas que abrem uma porta através de lógica ou então envolver um código matemático que não pode ser resolvido através de perícias, mas sim por meio dos conhecimentos dos jogadores.
Esse tipo de coisas.
Uma vez eu utilizem um diagrama de cores em uma sala onde as cores deveriam ser postas na ordem de decomposição da luz. Apenas um dos jogadores foi capaz de desvendar o enigma, após 3 horas... Até hoje ele se lembra do evento!
Acredito que outra mecânica complexa seja a do 'prisioneiro livre'. Alguém conhece?
No desenho Caverna do Dragão houve algo similar, se não me falha a memória chamava-se "a prisão sem muros".
-Sair dos 'Mísseis Mágicos' e da 'Bola de Fogo' para um sistema onde você decide o que sua magia faz e qual a forma que ela assume, a exemplo de Mago ou Dragonlance 5th Age.
-Deixar de lado aquela história de que 'isso é simplesmente impossível' para tentar descobrir (mas não exatamente entender) de que maneira aquilo pode ser possível.
-Montar diagramas que abrem uma porta através de lógica ou então envolver um código matemático que não pode ser resolvido através de perícias, mas sim por meio dos conhecimentos dos jogadores.
Esse tipo de coisas.
Uma vez eu utilizem um diagrama de cores em uma sala onde as cores deveriam ser postas na ordem de decomposição da luz. Apenas um dos jogadores foi capaz de desvendar o enigma, após 3 horas... Até hoje ele se lembra do evento!
Acredito que outra mecânica complexa seja a do 'prisioneiro livre'. Alguém conhece?
No desenho Caverna do Dragão houve algo similar, se não me falha a memória chamava-se "a prisão sem muros".
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Perfeito... lembrou muito bem deste episódio e já usei algo parecido em minhas campanhas....
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Nossa, cada coisa interessante ^^
A estratégia de fazer os jogadores verem aliados como monstros eu já havia visto numa crônica de um amigo meu, achei muito legal =]
A estratégia de fazer os jogadores verem aliados como monstros eu já havia visto numa crônica de um amigo meu, achei muito legal =]
petrafreyHeroi -
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Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Uma vez eu utilizem um diagrama de cores em uma sala onde as cores deveriam ser postas na ordem de decomposição da luz. Apenas um dos jogadores foi capaz de desvendar o enigma, após 3 horas... Até hoje ele se lembra do evento!
Acredito que outra mecânica complexa seja a do 'prisioneiro livre'. Alguém conhece?
No desenho Caverna do Dragão houve algo similar, se não me falha a memória chamava-se "a prisão sem muros".
É isso mesmo!
A parte mais legal de tudo, é aquilo que eu sempre digo. Os narradores fazem isso direto, mas não persebem...
Acho que a parte mais complicada é saber sintetizar as tecnicas utilizadas para explicar aos outros e também reproduzi-las sempre.
De qualquer forma os jogadores adoram! Sejam experientes, sejam iniciantes, esse tipo de tecnica deixa qualquer um maravilhado.
A propósito, curti a ideia do puzzle do espectro de luz, bacana! (Vou ver se uso tb )
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Mais exemplos? Bom, eu também já fiz um desafio onde um dos jogadores teria que jogar Xadrez contra mim. Eu não sou um bom jogador de Xadrez, mas na época eu era muito ruim mesmo... apesar disso eu tive a infelicidade de descobrir que eu jogava melhor do que os meus amigos e em determinado momento, ele acabou virando a mesa de propósito, e o jogo parou por ali, por que o estresse da situação foi tão alto que ele ficou tremendo.
Quando forem fazer algo muito difícil, lembrem-se, mestres, que os jogadores podem não compreender se for uma situação muito além dos seus conhecimentos gerais, ou podem até se enfurecer se a situação fugir do controle deles. Trate de conhecer bem seus jogadores para avaliar se eles estão prontos para as mecânicas complexas, pois caso contrários eles acabarão tombando sob o peso do conhecimento... e ele pesa mais que o manual do Unix (será que alguém aí é do tempo do IRC e conhece essa piadinha infame?)!
Quando forem fazer algo muito difícil, lembrem-se, mestres, que os jogadores podem não compreender se for uma situação muito além dos seus conhecimentos gerais, ou podem até se enfurecer se a situação fugir do controle deles. Trate de conhecer bem seus jogadores para avaliar se eles estão prontos para as mecânicas complexas, pois caso contrários eles acabarão tombando sob o peso do conhecimento... e ele pesa mais que o manual do Unix (será que alguém aí é do tempo do IRC e conhece essa piadinha infame?)!
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Hahahahaha..... eu conheço....
Verdade Fenmarel... isso pode acontecer e fácil, ou ao invés de se enfurecer, os jogadores podem simplesmente perder o interesse e começar a conversar sobre filmes, futebol, games, animes ou quadrinhos. kakakakakaka e abandonar o mestre com suas charadas (mecânicas complexas) impossíveis......
Verdade Fenmarel... isso pode acontecer e fácil, ou ao invés de se enfurecer, os jogadores podem simplesmente perder o interesse e começar a conversar sobre filmes, futebol, games, animes ou quadrinhos. kakakakakaka e abandonar o mestre com suas charadas (mecânicas complexas) impossíveis......
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Fenmarel escreveu:Trate de conhecer bem seus jogadores para avaliar se eles estão prontos para as mecânicas complexas, pois caso contrários eles acabarão tombando sob o peso do conhecimento...
Hun..na verdade na verdade, não.
As mecânicas complexas só o são para os narradores e não para os jogadores.
As mecânicas complexas estão relacionadas com viver a experiência, uma experiência que só é possivel no mundo da sua imaginação. (Aquele mundo onde o RPG se deselvolve).
As tecnicas utilizadas é que podem confundir a cabeça do jogador, não a teoria da mecânica em si.
Como assim Carol?
O tabuleiro de xadrez pode ser muito difícil para os jogadores, ou muito fácil, depende do mestre. É uma ideia bacana, é uma ideia bacana, mas não chega a ser pura e simples mecânica complexa. Vc usou o tabuleiro na vida real.
Pra ser mecânica complexa mesmo, só faz sentido na imaginação.
Quer ver um exemplo que eu pensei agora mesmo!
Andar na velocidade da luz. Nunca em toda a existencia da raça humana nós seremos capazes de conseguir atingir essa velocidade, mas na ficção como em cavaleiros do zodiaco, os cavaleiros de ouro são capazes de se movimentar nessa velocidade não? Ou até mesmo o Goku no auge de seu poder super saiajin.
Como narrar isso através da visão da pessoa que está se movimentando nessa velocidade? Como ela encherga o mundo enquanto se move numa velocidade tão grande???
Pois é, isso é um exemplo perfeito de mecânica complexa, seja criativo senhor narrador e arrume uma maneira de ilustrar isso para o jogador, ilustração tamanha que ele jamais será capaz de viver na realidade, nem muito menos observar num filme, ou jogo, ou seja lá oque for. Só na sua imaginação.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Galera,,,,, perdi a linhada do tópico, rsrs...
vcs tbm se impolgaram aqui,,
mas nao pude deixar de passar pra te parabenizar carol ^^
Muito bom seu artigo ( posso chamar asim? XD)
to acompanhano.... e descobri que vc é boa desenhista,, vi seu desenho no artmaker ^^ parabens tbm,, posta seus desenho aqui pra gente,, temos uma area para os artistas do forum ^^
abraxxx
vcs tbm se impolgaram aqui,,
mas nao pude deixar de passar pra te parabenizar carol ^^
Muito bom seu artigo ( posso chamar asim? XD)
to acompanhano.... e descobri que vc é boa desenhista,, vi seu desenho no artmaker ^^ parabens tbm,, posta seus desenho aqui pra gente,, temos uma area para os artistas do forum ^^
abraxxx
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
pera pera pera pera pera...aquele desenho ão é meu não!!!
Eu adimiro aquela desenhista, é a rebecca guay calma! Ela é proficional, desenha para livros de RPG cartas de magic, etc. Meus desenhos são altamente inspirados nela, mas não sou daquela qualidade nunca!!!!
Enfim...ufa, já pensou ganhar o crédito sem ser eu que isso...
[...]
Ah e é sim um artigo ^^, putz ler tudo nele é tenso mesmo, post gigante.
Eu adimiro aquela desenhista, é a rebecca guay calma! Ela é proficional, desenha para livros de RPG cartas de magic, etc. Meus desenhos são altamente inspirados nela, mas não sou daquela qualidade nunca!!!!
Enfim...ufa, já pensou ganhar o crédito sem ser eu que isso...
[...]
Ah e é sim um artigo ^^, putz ler tudo nele é tenso mesmo, post gigante.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Verdade, Post gigante mesmo... e só de ler imaginei a visão de alguém movendo a velocidade da Luz.
Na verdade jogo uma sessão de GURPS SUPER onde meu personagem move-se a 62x a velocidade do som... é rápido d+ e altamente perigoso (ou impossível) atingir tal velocidade dentro da atmosfera terrestre e é isso que me deixa interessando por esse personagem....
Lembra da cena do homem aranha, onde ele vê tudo em câmera lenta quando seu sentido aranha ativa pela primeira vez..... então, é muito legal.... (em filmes dá pra criar mecânicas complexas sim com a tecnologia de hoje).....
Mas na imaginação é d+.....
Na verdade jogo uma sessão de GURPS SUPER onde meu personagem move-se a 62x a velocidade do som... é rápido d+ e altamente perigoso (ou impossível) atingir tal velocidade dentro da atmosfera terrestre e é isso que me deixa interessando por esse personagem....
Lembra da cena do homem aranha, onde ele vê tudo em câmera lenta quando seu sentido aranha ativa pela primeira vez..... então, é muito legal.... (em filmes dá pra criar mecânicas complexas sim com a tecnologia de hoje).....
Mas na imaginação é d+.....
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Er...é ai que entra o problema, uma coisa é ver tudo em câmera lenta, outra coisa é ver tudo na visão da velocidade da luz.
Vcs fazem ideia do quanto isso é rapido??? O cinema poderia reproduzir com tecnologia ok, mas definitivamente não é em câmera lenta. A velocidade é tão rápida que as coisas simplesmente parecem estar paradas, mas nãos eria exatamente igual é retratado no filme "os sem floresta", pois quando vc está em alta velocidade, persebe que as coisas ao seu redor parecem borradas.
E aew?? Então como seria? entenderam agora?
Vcs fazem ideia do quanto isso é rapido??? O cinema poderia reproduzir com tecnologia ok, mas definitivamente não é em câmera lenta. A velocidade é tão rápida que as coisas simplesmente parecem estar paradas, mas nãos eria exatamente igual é retratado no filme "os sem floresta", pois quando vc está em alta velocidade, persebe que as coisas ao seu redor parecem borradas.
E aew?? Então como seria? entenderam agora?
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Verdade.... eu dei o exemplo do Homem Aranha, mas aquilo não é velocidade da LUZ.... (olha a gente mudando o foco do tópico, kakak, mas é divertido) e sim uma percepção apurada do que está a sua volta....
Acredito que ao mover na velocidade da LUZ, você nem enxerga mais as coisas a sua volta, você mudou para um padrão de energia e moléculas.... seu corpo e matérias não se mantem como você os vê... e sua percepção também não... você iria além do mundo material....
Realmente, isso é Mecânica Complexa
Acredito que ao mover na velocidade da LUZ, você nem enxerga mais as coisas a sua volta, você mudou para um padrão de energia e moléculas.... seu corpo e matérias não se mantem como você os vê... e sua percepção também não... você iria além do mundo material....
Realmente, isso é Mecânica Complexa
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Carol escreveu:pera pera pera pera pera...aquele desenho ão é meu não!!!
Eu adimiro aquela desenhista, é a rebecca guay calma! Ela é proficional, desenha para livros de RPG cartas de magic, etc. Meus desenhos são altamente inspirados nela, mas não sou daquela qualidade nunca!!!!
Enfim...ufa, já pensou ganhar o crédito sem ser eu que isso...
[...]
Ah e é sim um artigo ^^, putz ler tudo nele é tenso mesmo, post gigante.
opa,,, me desculpe,, pensei mesmo que fosse sua,, pq geralmente os tópicos la é trabalho da galera,, rsrs
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Sim eu sei, é só que eu falei que estava sem forma de scanear nem tirar foto das coisas que eu fasso, não tenho câmera.
Ai perguntaram como era mais ou menos, e eu mostrei "eu desenho tipo assim óh...tipo assim XD"
Ai perguntaram como era mais ou menos, e eu mostrei "eu desenho tipo assim óh...tipo assim XD"
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Na verdade...
Acho que, se você se mover na velocidade da luz, a luz não terá tempo de rebater em nada para que você seja capaz de ver, então... você ficaria primeiro em uma pintura! Tudo perfeitamente estático, imóvel, eterno... então, à medida que você se move, tudo se tornaria um borrão e esse borrão iria aumentando gradualmente à medida que você passa pelas coisas. Todos os espaços cobertos pelo seu movimento deixariam de ter luz, pois você arrastaria essas partículas consigo! Portanto deixaria para trás de si um rastro de escuridão! Na sua frente, no entanto, veria cada vez mais luz, graças à aglomeração das mesmas partículas! E como os quanta possuem massa, isso começaria a te desacelerar assim que você acumulasse uma quantidade significativa de quanta (o que poderia levar anos para você).
Por fim, à medida que você começasse a desacelerar, finalmente começaria a ver os efeitos que causou, enquanto estava com seu "tempo deslocado" tomando forma, ou seja, você faria tudo... mas não faria nada. E quando parasse, tudo aconteceria de uma só vez, em um lampejo quântico!
1-Uma partida de xadrez em quatro dimensões (semelhante ao seu exemplo da sala onde o tempo não existe).
2-A partida poderia ocorrer em um campo de batalha, onde monstros enfrentam seres humanos conhecidos pelos personagens, porém suas almas estão trocadas e os personagens devem evitar a morte dos monstros ao mesmo tempo que precisam vencer o jogo lutando contra seus conhecidos por meio do tabuleiro. Só com a vitória dos monstros as almas serão devolvidas a seus legítimos donos.
3-Um jogo de xadrez realizado através da movimentação de espelhos dentro de uma sala octagonal. A partida deve ser concluída antes que o sol se ponha, ou não haverá luz para continuar a partida e os jogadores serão considerados derrotados...
Obrigado por botar meu cérebro pra funcionar!
Acho que, se você se mover na velocidade da luz, a luz não terá tempo de rebater em nada para que você seja capaz de ver, então... você ficaria primeiro em uma pintura! Tudo perfeitamente estático, imóvel, eterno... então, à medida que você se move, tudo se tornaria um borrão e esse borrão iria aumentando gradualmente à medida que você passa pelas coisas. Todos os espaços cobertos pelo seu movimento deixariam de ter luz, pois você arrastaria essas partículas consigo! Portanto deixaria para trás de si um rastro de escuridão! Na sua frente, no entanto, veria cada vez mais luz, graças à aglomeração das mesmas partículas! E como os quanta possuem massa, isso começaria a te desacelerar assim que você acumulasse uma quantidade significativa de quanta (o que poderia levar anos para você).
Por fim, à medida que você começasse a desacelerar, finalmente começaria a ver os efeitos que causou, enquanto estava com seu "tempo deslocado" tomando forma, ou seja, você faria tudo... mas não faria nada. E quando parasse, tudo aconteceria de uma só vez, em um lampejo quântico!
Carol, você tem razão, meu tabuleiro de xadrez era apenas mundano... mas já tive algumas idéias sobre o que poderia ser feito para consertar isso:CAROL escreveu:É uma ideia bacana, é uma ideia bacana, mas não chega a ser pura e simples mecânica complexa. Vc usou o tabuleiro na vida real.
1-Uma partida de xadrez em quatro dimensões (semelhante ao seu exemplo da sala onde o tempo não existe).
2-A partida poderia ocorrer em um campo de batalha, onde monstros enfrentam seres humanos conhecidos pelos personagens, porém suas almas estão trocadas e os personagens devem evitar a morte dos monstros ao mesmo tempo que precisam vencer o jogo lutando contra seus conhecidos por meio do tabuleiro. Só com a vitória dos monstros as almas serão devolvidas a seus legítimos donos.
3-Um jogo de xadrez realizado através da movimentação de espelhos dentro de uma sala octagonal. A partida deve ser concluída antes que o sol se ponha, ou não haverá luz para continuar a partida e os jogadores serão considerados derrotados...
Obrigado por botar meu cérebro pra funcionar!
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
/\
/\
/\
/\
/\ aaaaaaaaaah que legal sua narrativa cara XD
CURTI! Hehe vc pegou o espirito da coisa *.*, eu realmente me imaginei andando na velocidade da luz.
Rapaz, vc fez um pacto com satanás pra saber de tantas coisas? Usou até o nome da partícula subatômica para acrescentar na sua descrição, c manja de física tb, carai...
Mas entendeu perfeitamente como as coisas funcionam, como vc reproduziria num filme a descrição narrou agora? Eu não sei, só sei que eu imaginei e curti!
E suas ideias para o tabuleiro de xadrez ficaram muito massa também, aque eu mais gostei foi a da sala, ficou muito legal!
Enfim, as ideias são muitas, o complicado é a descrição...
Agora pra brincar, lanço a vocês um desafio, como vcs narrariam algumas cenas de niveis épicos?
Acho que certas coisas vão além das minhas habilidades, mas uma que eu gostei muito de tentar narrar foi a Fuga CD 80, que é "vc é capaz de fugir pelo buraco de uma fechadura"
Galera...como se passa pelo buraco de uma fechadura???? O.O, sem magia hen! é só pericia...
Narrem isso XD
OBS: eu tenho uma forma de narrar é pura mecânica complexa.
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/\ aaaaaaaaaah que legal sua narrativa cara XD
CURTI! Hehe vc pegou o espirito da coisa *.*, eu realmente me imaginei andando na velocidade da luz.
Rapaz, vc fez um pacto com satanás pra saber de tantas coisas? Usou até o nome da partícula subatômica para acrescentar na sua descrição, c manja de física tb, carai...
Mas entendeu perfeitamente como as coisas funcionam, como vc reproduziria num filme a descrição narrou agora? Eu não sei, só sei que eu imaginei e curti!
E suas ideias para o tabuleiro de xadrez ficaram muito massa também, aque eu mais gostei foi a da sala, ficou muito legal!
Enfim, as ideias são muitas, o complicado é a descrição...
Agora pra brincar, lanço a vocês um desafio, como vcs narrariam algumas cenas de niveis épicos?
Acho que certas coisas vão além das minhas habilidades, mas uma que eu gostei muito de tentar narrar foi a Fuga CD 80, que é "vc é capaz de fugir pelo buraco de uma fechadura"
Galera...como se passa pelo buraco de uma fechadura???? O.O, sem magia hen! é só pericia...
Narrem isso XD
OBS: eu tenho uma forma de narrar é pura mecânica complexa.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Hahaha! Fiz pacto não Carol.CAROL escreveu:Rapaz, vc fez um pacto com satanás pra saber de tantas coisas? Usou até o nome da partícula subatômica para acrescentar na sua descrição, c manja de física tb, carai...
Eu sempre fui bom aluno no colégio (na verdade, para os padrões do meu colégio eu era mediano, mas o fato é que a média era 70 de 100) e sempre gostei de física (média 95). Daí a me interessar pelas teorias físicas foi um passo.
Existe um documentário muito bom sobre a teoria das membranas (ou Teoria-M), vou postar lá nos vídeos sem noção, já que tem legenda.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Nossa....medo do colégio onde vc estudou.
Eu sempre fui uma aluna ruim, e ainda era mediana em alguns colégios que estudei. Encontrei muita gente preguiçosa na minha vida...gente que ganhava de mim. Pra falar a verdade nem sei como fui parar numa faculdade boa O.o, isso as vezes me espanta.
Eu sempre fui uma aluna ruim, e ainda era mediana em alguns colégios que estudei. Encontrei muita gente preguiçosa na minha vida...gente que ganhava de mim. Pra falar a verdade nem sei como fui parar numa faculdade boa O.o, isso as vezes me espanta.
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Peraí... a MINHA média em física era 95, não a do colégio... mas eu só tive física no segundo grau tá (já era outro colégio, a média desse era 50). Acho que eu deveria ter explicado melhor.CAROL escreveu:Nossa....medo do colégio onde vc estudou.
Essa do buraco da fechadura tu se puxou Carol... ninguém se atreveu a sequer tentar descrever isso! Hahaha
Sinceramente, eu não creio que exista uma forma de fazer isso com simples perícia... até por que seria necessário ter ossos de borracha para tal feito (no mínimo). Agora, acho que seria perfeitamente válido, para um personagem épico, combinar efeitos de perícias para conseguir um resultado como esse...
Eu sei que isso passa bem a idéia de um "mestre das fugas" (título atribuído ao ilusionista Houdini), mas eu só consigo conceber a idéia acompanhada de alguma forma de magia... e creio que a própria descrição do livro épico de D&D passa essa idéia (ele diz que são consideradas "habilidades sobrenaturais").
Mas... vou topar o desafio.
Última edição por Fenmarel em Sex Jan 28, 2011 3:56 am, editado 1 vez(es)
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Torturada, molestada, cativa. Grimel passara quarenta dias aguardando a chegada de seus companheiros, colhendo informações sobre as verdadeiras intenções do príncipe infernal. Evidente que as habilidades de Grimel haviam sido fundamentais em muitas ocasiões, entre elas a possibidade de caminhar livremente através da fortaleza sombria...
Em uma câmara minúscula, acorrentada ao teto por grilhões de ferro sangrento, Grimel encontrava-se na sala mais profunda da masmorra de Rrmaz't. À sua frente havia apenas uma pesada porta do mesmo ferro sangrento de seus grilhões e provavelmente muito mais resistente... Mas Rramaz't nunca suspeitara da estranha aparição de Grimel, presa por seus capangas a poucos quilômetros de seu reino. Uma fêmea desprotegida, sem poderes ou ítens especiais... mas sem um único arranhão.
Rramaz't também nunca conseguiu entender quando um de seus generais enviou-lhe uma mensagem selada, onde constavam apenas três palavras:
[...]
Grimel desdenhava de tudo aquilo, era apenas uma pequena prova do quanto suas capacidades haviam evoluído ao longo de todos estes anos. Quantos haviam sido mesmo? 150? 170? Ela já nem comemorava seus aniversários. Os últimos anos haviam passado como raios por um céu tempestuoso. Ela treinara muito até atingir tamanha perfeição e poderia ir além, se fosse necessário. A prova de hoje era apenas mais uma prova de como qualquer um pode ser enganado. Agora Grimel estava sozinha na masmorra enquanto todos os guardas devoravam o jantar, ávidamente, ruidosamente. Ela podia ouví-los bem, mesmo estando a quase duzentos metros de distância. Pobres coitados. Agora era hora de agir... ela sabia exatamente o tempo que eles levariam até terminarem o jantar. Era mais do que o suficiente.
Um estalo baixo. Outro estalo. As correntes se movem lentamente, de um lado para o outro. Os braços de Grimel se esticaram como se fossem feitos de borracha e um som de metal sendo desembainhado foi o que se ouviu quando o primeiro antebraço se libertou. Rapidamente os outros membros foram soltos da mesma forma. Estalos... e o som metálico, levemente agudo. Por fim, restava a porta.
Grimel encostou a ponta do dedo na fechadura. O espaço era um pouco maior que o espaço de seu dedo, então ele passou até o ponto em que seus metacarpos encostaram-se no metal frio. Ela empurrou novamente. Um estalo e os dedos se voltaram para trás, como se sua mão fosse um pássaro de olhar meio torto. Grimel sentiu um lampejo de dor, era compreensível, ela não conhecia mais ninguém cujo corpo pudesse suportar tamanha provação. Ajeitou os ossos do segundo dedo torcendo-os e enfiando-os atrás do primeiro dedo, como se tudo fosse uma coisa só. O terceiro e o quarto dedo foram um pouco mais difíceis. Os ossos da palma da mão se realinham e o tecido se estica... o sangue parece não fluir ali e a mão agora parece com uma lâmina pálida e fria do outro lado da porta, onde tudo começa a retomar sua forma original.
O antebraço se afina enquanto Grimel puxa uma parte dele em direção ao seu braço... mais um estalo, dessa vez alto e seguido de um gemido. Grimel sente sua visão escurecer levemente enquanto interrompe o fluxo de sangue por seu braço e o empurra em direção à porta, girando os ossos para que se curvem, empurrando, gemendo. Uma batida leve indica que o osso chegou ao fim. Músculos se esticam, ossos se deslocam, veias se contorcem, nervos se entrelaçam... Na última sala da profunda masmorra, um braço surge do outro lado da porta.
A fechadura é apertada, mas Grimel é hábil, seu coração passa ecoando suas fracas batidas masmorra acima. Pulmões, rins, intestino... tudo é empurrado em direção ao que um dia foi seu braço. Grimel fica irreconhecível. Agora prepara-se para separar as articulações dos ossos de seu tórax. O processo é consideravelmente demorado. Dez minutos já se haviam passado. Com um movimento de trezentos e sessenta graus, seu corpo esticou e enrijeceu, a cabeça ficou apoiada sobre uma pele amolecida que antes fazia parte de seu braço direito. Os músculos do outro lado da porta agora trabalhavam para puxá-la através da fenda, pouco a pouco, centímetro a centímetro, vértebra após vértebra... sons gorgolejantes ecoaram dentro da sala enquanto as pernas passavam e logo a seguir as costelas, tudo alinhado como se Grimel nunca tivesse sido humana, mas uma serpente imensa e descolorida. No outro lado, um braço vacilante erguia e reposicionava as partes que íam aparecendo, até que só faltasse a cabeça. Até agora tinham sido vinte e dois minutos.
No princípio o rosto de Grimel se tornou algo ovalado e logo os olhos saltaram das órbitas, os dentes se angularam formando um "V" e logo houveram estalos, diversos deles, enaquanto a coisa toda se misturava, se torcia e retorcia, produzindo sons terríveis que deixariam um rastejador matraqueante assustado. Com um sonoro "ploc" a última parte emergiu do outro lado. Organizou seu rosto com cuidado, para certificar-se de que tudo estaria em ordem. Por fim, puxou suas roupas por debaixo da porta e o fino papel com as informações que coletara ao longo de todo este tempo. Calma e silenciosamente, Grimel subiu as escadarias em direção à superfície. Os guardas só despertariam dali a meia hora...
Em uma câmara minúscula, acorrentada ao teto por grilhões de ferro sangrento, Grimel encontrava-se na sala mais profunda da masmorra de Rrmaz't. À sua frente havia apenas uma pesada porta do mesmo ferro sangrento de seus grilhões e provavelmente muito mais resistente... Mas Rramaz't nunca suspeitara da estranha aparição de Grimel, presa por seus capangas a poucos quilômetros de seu reino. Uma fêmea desprotegida, sem poderes ou ítens especiais... mas sem um único arranhão.
Rramaz't também nunca conseguiu entender quando um de seus generais enviou-lhe uma mensagem selada, onde constavam apenas três palavras:
A garota escapou.
[...]
Grimel desdenhava de tudo aquilo, era apenas uma pequena prova do quanto suas capacidades haviam evoluído ao longo de todos estes anos. Quantos haviam sido mesmo? 150? 170? Ela já nem comemorava seus aniversários. Os últimos anos haviam passado como raios por um céu tempestuoso. Ela treinara muito até atingir tamanha perfeição e poderia ir além, se fosse necessário. A prova de hoje era apenas mais uma prova de como qualquer um pode ser enganado. Agora Grimel estava sozinha na masmorra enquanto todos os guardas devoravam o jantar, ávidamente, ruidosamente. Ela podia ouví-los bem, mesmo estando a quase duzentos metros de distância. Pobres coitados. Agora era hora de agir... ela sabia exatamente o tempo que eles levariam até terminarem o jantar. Era mais do que o suficiente.
Um estalo baixo. Outro estalo. As correntes se movem lentamente, de um lado para o outro. Os braços de Grimel se esticaram como se fossem feitos de borracha e um som de metal sendo desembainhado foi o que se ouviu quando o primeiro antebraço se libertou. Rapidamente os outros membros foram soltos da mesma forma. Estalos... e o som metálico, levemente agudo. Por fim, restava a porta.
Grimel encostou a ponta do dedo na fechadura. O espaço era um pouco maior que o espaço de seu dedo, então ele passou até o ponto em que seus metacarpos encostaram-se no metal frio. Ela empurrou novamente. Um estalo e os dedos se voltaram para trás, como se sua mão fosse um pássaro de olhar meio torto. Grimel sentiu um lampejo de dor, era compreensível, ela não conhecia mais ninguém cujo corpo pudesse suportar tamanha provação. Ajeitou os ossos do segundo dedo torcendo-os e enfiando-os atrás do primeiro dedo, como se tudo fosse uma coisa só. O terceiro e o quarto dedo foram um pouco mais difíceis. Os ossos da palma da mão se realinham e o tecido se estica... o sangue parece não fluir ali e a mão agora parece com uma lâmina pálida e fria do outro lado da porta, onde tudo começa a retomar sua forma original.
O antebraço se afina enquanto Grimel puxa uma parte dele em direção ao seu braço... mais um estalo, dessa vez alto e seguido de um gemido. Grimel sente sua visão escurecer levemente enquanto interrompe o fluxo de sangue por seu braço e o empurra em direção à porta, girando os ossos para que se curvem, empurrando, gemendo. Uma batida leve indica que o osso chegou ao fim. Músculos se esticam, ossos se deslocam, veias se contorcem, nervos se entrelaçam... Na última sala da profunda masmorra, um braço surge do outro lado da porta.
A fechadura é apertada, mas Grimel é hábil, seu coração passa ecoando suas fracas batidas masmorra acima. Pulmões, rins, intestino... tudo é empurrado em direção ao que um dia foi seu braço. Grimel fica irreconhecível. Agora prepara-se para separar as articulações dos ossos de seu tórax. O processo é consideravelmente demorado. Dez minutos já se haviam passado. Com um movimento de trezentos e sessenta graus, seu corpo esticou e enrijeceu, a cabeça ficou apoiada sobre uma pele amolecida que antes fazia parte de seu braço direito. Os músculos do outro lado da porta agora trabalhavam para puxá-la através da fenda, pouco a pouco, centímetro a centímetro, vértebra após vértebra... sons gorgolejantes ecoaram dentro da sala enquanto as pernas passavam e logo a seguir as costelas, tudo alinhado como se Grimel nunca tivesse sido humana, mas uma serpente imensa e descolorida. No outro lado, um braço vacilante erguia e reposicionava as partes que íam aparecendo, até que só faltasse a cabeça. Até agora tinham sido vinte e dois minutos.
No princípio o rosto de Grimel se tornou algo ovalado e logo os olhos saltaram das órbitas, os dentes se angularam formando um "V" e logo houveram estalos, diversos deles, enaquanto a coisa toda se misturava, se torcia e retorcia, produzindo sons terríveis que deixariam um rastejador matraqueante assustado. Com um sonoro "ploc" a última parte emergiu do outro lado. Organizou seu rosto com cuidado, para certificar-se de que tudo estaria em ordem. Por fim, puxou suas roupas por debaixo da porta e o fino papel com as informações que coletara ao longo de todo este tempo. Calma e silenciosamente, Grimel subiu as escadarias em direção à superfície. Os guardas só despertariam dali a meia hora...
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Muito bom Fenmarel.... realmente muito bom. Merece uma história sobre Grimel. Parabéns por tamanha criatividade
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Essa do buraco da fechadura tu se puxou Carol... ninguém se atreveu a sequer tentar descrever isso! Hahaha
Meu grande amigo ninguém XD!
kkk Brincadeira, ficou muito boa mesmo a sua descrição. É interessante eu perseber como os estilos de narrativa mudam! Veja só, vc deu uma explicação para tudo, vc visualisou a cena de uma maneira, digamos assim, panorâmica. Eu já prefiro utilizar de....mecânicas complexas pra isso.
Então, vamos tentar descrever em letras oque eu costumo descrever em palavras ao vivo aqui nesse posto.
[...]
Você está preso.
Não como um prisioneiro trancado numa daquelas salas sujas, sem janela, cheia de correntes cujos tijolos de pedra são tão lisos que se torna completamente impossivel qualquer tentativa de escalar até o teto que, aparentemente é sa única saida.
Não.
Você está fugindo, correndo com todas as suas forças, e achvaa que possuia uma ótima chance de escapar até perseber que estava em um beco sem saída.
Na sua frente uma porta imensa de ferro super reforçada.
Abri-la? Péssia ideia, requer tempo, tempo que você não tem!
Arromba-la? Ideia pior ainda, requer muita força, força que você não tem!
Você escuta os passos logo atrás, eles estão chegando, não tem mais jeito...
Pense...
Pense...
Pense...
Então num ultimo momento de desespero vc olha para aquele buraco de fechadura, se concentra.
Suor escorrendo pela sua testa, você está correndo contra o tempo.
[...]
Essa é a parte complicada de descrever, vou fazer do jeito que deu kkkk
[...]
A câmera foca no seu rosto, e vai chegando lentamente cada vez mais perto.
De fundo como trilha sonora apenas os passos apressados de quem o está perseguindo, além de muitos gritos.
A câmera vai chegando cada vez mais perto, e mais perto. É possivel ver o brilho do suor em seu rosto, as imperfeições da sua pele, de tão proxima que ela está.
Então você acelera a sua respiração, e de repente para...
Abre seus olhos e a câmera se afasta rapidamente revelando a você, que já está na outra sala.
Você escapou...
[...]
Bom, ao vivo e a cores a descrição leva bem menos palavras muito mais gestos, prefiro assim. ^^
Além disso, gosto das coisas de forma abstrata, ninguém sabe como a pessoa escapou, mas ela escapou XD
Re: INTRODUÇÃO AS MECÂNICAS COMPLEXAS
Era essa a parte em que eu caio?
(apenas relembrando Johnny Cage em Mortal Kombat...)
Entendo...
Sabe que eu já percebi que tenho uma certa relutância inconsciente em aderir às mecânicas complexas. Creio que eu tenha um apego muito grande ao realismo, hahaha.
Depois de ler a sua descrição eu compreendi o que deveria ter sido a descrição e o quanto ela é importante em diversos aspectos... ela libera a mente do jogador para assumir sua própria perspectiva, dando a ele apenas pistas, indícios... Você entende que ACONTECEU, muito embora seja impossível explicar DE QUE MANEIRA.
Acho que vou me recolher à minha prisão de energia... de onde ninguém jamais escapou.
A Carol sempre consegue me deixar de queixo caído... parabéns garota!
[e agora, de volta à prisão e tal...]
(apenas relembrando Johnny Cage em Mortal Kombat...)
Entendo...
Sabe que eu já percebi que tenho uma certa relutância inconsciente em aderir às mecânicas complexas. Creio que eu tenha um apego muito grande ao realismo, hahaha.
Depois de ler a sua descrição eu compreendi o que deveria ter sido a descrição e o quanto ela é importante em diversos aspectos... ela libera a mente do jogador para assumir sua própria perspectiva, dando a ele apenas pistas, indícios... Você entende que ACONTECEU, muito embora seja impossível explicar DE QUE MANEIRA.
Acho que vou me recolher à minha prisão de energia... de onde ninguém jamais escapou.
Puxa, obrigado! Pelas aptidões de Grimel, eu a imagino como uma Ladina de 38º nível... Pensei um bocado pra criar essa situação, já que meu personagem de mais alto nível está atualmente no 25º (e é um clérigo/guerreiro). Além disso, nunca joguei de Ladino. Mas foi interessante observar que isso tudo não era necessário de forma alguma!DRUIDA escreveu:Muito bom Fenmarel.... realmente muito bom. Merece uma história sobre Grimel. Parabéns por tamanha criatividade
A Carol sempre consegue me deixar de queixo caído... parabéns garota!
[e agora, de volta à prisão e tal...]
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